Otto e Julieta Venegas - Saudade

Saudade (Otto)

Saudade quero ver pra crer
Saudade de te procurar
Na vida tudo pode acontecer
Partir e nunca mais voltar
Como um bom barco no mar
Eu vou, eu vou

(Julieta Venegas)
No tengo medo es la verdad
Y lo que sucederá
Podría perderme en esta felicidad
Cuando estás comigo
La distancia y el silencio
Son solo un instante que ya terminó

Saudade quero ver pra crer
Saudade de te procurar
Na vida tudo pode acontecer
Partir e nunca mais voltar
Como um bom barco no mar
Eu vou, eu vou



Ouvi a música vindo para casa hoje.
Avenida Paulista iluminada tanto quanto minha alma depois de encontrar pessoas tão queridas e especiais em minha vida.
Brindamos lá à amizade e eu brindo aqui aos encontros, todos, sem exceção.
Um viva lisonjeado às pessoas que estão aqui me acompanhando, obrigada pela companhia.

Meu desejo para você

Desejo a você que sendo só, possa encontrar companhia, primeiro dentro de si, para que sinta-se feliz o bastante para poder dividir esta alegria com alguém novo. Que você possa ser leve, que possa ser um enfeite, um perfume, uma beleza a mais em uma nova paisagem.
Que você estando com alguém, possa apreciar o que ele tem de melhor, não forçar a barra no que não for tão bom e que possam, juntos, melhorar como pessoas e como casal.
Que tendo amigos possa estar com eles de coração aberto, puro e leal.
Que não tendo amigos, possa aprender a cultivá-los, pois são a maior riqueza que se pode ter.
Que possa ser grato por tudo que conseguiu neste ano, sem se amargurar ou menosprezar o que não conseguiu, seja grato, apenas agradeça!
Que deseje o melhor sem desdenhar daquilo que já conseguiu. Que possa olhar para suas mãos e perceber que conseguiu o melhor até agora. Mas que saiba que sempre há sonhos para sonhar, para construir, para realizar, então, que os tenha e aja para concretiza-los!
Que possa perdoar aqueles que o magoaram, que o decepcionaram. Toda vez que eu me decepcionei com alguém foi porque depositei uma projeção minha, uma expectativa irreal, como toda expectativa é.
Que possa ter saúde para batalhar pelos seus sonhos.
Que consiga lucidez para ver a verdade sem se machucar.
Que reconheça o amor quando ele chegar.
Que mantenha sua mente sã, seu corpo em movimento e sua alma sorrindo.
Felicidade é um estado, que ela possa ser aproveitada em seu potencial máximo toda vez que aparecer em sua vida.
Que você possa ser feliz com o que a vida lhe proporcionar, sem estagnar, apenas sendo feliz e refazendo forças para buscar o que deseja.
Que tenha amor em seu coração, não somente por alguém em especial, mas que possa ver que tudo e todos podem ser especiais e  merecem receber amor. Ame a vida e desfrute dela com o coração puro.
Que a luz esteja presente em sua vida, em sua mente, em seu coração. Que o equilíbrio seja real e não ilusório.
Que você encontre sempre a resposta mais sábia, o conselho mais amoroso e o cuidado necessário em momentos difíceis.
Que o desejo de aceitação e o medo de rejeição não te corrompam o espírito livre, que possa sempre encontrar forças para expor seus pensamentos, seus sentimentos, sua crença e seu caráter com honestidade e sem medo.
Que você possa enxergar a si mesmo, aceitar suas limitações e amar suas potencialidades com humildade e compaixão. E que possa transformar, em si mesmo, o que o impede de caminhar mais leve e livremente.
Que esteja VIVO! É o meu desejo para você.

Coisas da vida

Não consigo dormir, vinho.

Há um silêncio perturbador a me rondar pelas esquinas. Estou caminhando e percebo a espreita um olhar.
É o silêncio me vigiando.
Olhar parado. Caminho. Não há brisa.
Há uma beleza misteriosa entre o medo e a ousadia.
Procuro o vento.

Ninguém vê. Ninguém ouve.
Há um silêncio insistente quebrando tudo.

Não consigo dormir, vinho.

Há uma curva na garganta.
Nenhuma brisa.

Procuro o vento que dissipa as nuves.
O sol se foi já faz tempo.

Por trás desse mistério um grito de saudade.
Saudade do que não tive e nem conheci.
Beleza triste. Caminho.

Ao meu lado o desassossego  .
Há um silêncio insistente quebrando tudo.
Há uma beleza triste neste caminho.
Seu Arcano Pessoal é:
14 - A TEMPERANÇA
Palavras-Chave:
Alquimia e Auto-Transformação



Acontecimento marcante a nível psicológico aos 14 anos;
Moderação e ponderação;
Espírito indagador;
Ciência e tecnologia podem atrair vc;
Motivação pessoal;
Precisa trabalhar sua parte emocional conflitos;
Sempre precisa esperar;
Natureza íntima elétrica;
Deseja ver coisas diferentes;
Poder de cura pelas mãos ( Reiki, Cristais, Passes Magnéticos, etc);
Inconformismo;
Transforma os ambientes por onde passa;
Mente aguçada;
Deseja clareza por parte dos outros;
Sintonizado com as tendências mundiais;
Amigo(a) e participativo(a);
Relações afetivas tem sucesso se baseadas na amizade mútua;
Luta pela liberdade;
Quer alçar vôo e atingir o alto;
Comportamento às vezes utópico;
Telepatia;
Quer experimentar coisas novas;
Precisa estipular metas;
A saúde pode ser muito testada;
Princípios firmes;
Sensibilidade a sons;
Apreciador de uma boa música;
Quer agradar a todos;
Observação;
Não pode estar preso a dogmas ou doutrinas;
Funcionalidade;
Inventividade;
Cooperativismo;
Pode cuidar ou assumir a responsabilidade de alguém doente na família;
Confronto de idéias;
Teimosia em relação às suas idéias;
Deseja superar-se nas tarefas;
Incondicionalidade;
Atenção à área neurológica, muscular, glândulas, próstata, cabeça e pressão;
Apartidário;
Segue sua cabeça e é seu líder;
Cuidado com a intolerância.

http://www.taroterapia.com.br/arcano/cap.html?nome

Algumas coisas que venho aprendendo

Eu já tinha dito que aniversário chegando aliado ao final do ano insinua algum balanço a se fazer.
Então não diga que eu não avisei.
São só algumas coisas que venho aprendendo sobre o amor, errando, acertando, mudando de opinião, sentindo como a vida me afina e me faz dançar, mesmo que, as vezes, eu saia do ritmo, tropece ou pise no pé de alguém.
Aos 13 anos eu descobri a paixão, nos olhos de alguém que se apaixonou por mim loucamente. Alguém que me fez sentir a garota mais linda do mundo, a musa inspiradora de poemas escondidos, letras de canções e pixações pela cidade.
Aos 13 anos também descobri que paixão passa, com a mesma rapidez e intensidade com que nasceu. Aos 13 anos chorei e sofri como gente grande, mas tive coragem. Entendi o Che, perfeitamente: "Hay Que Endurecer, Pero Sin Perder La Ternura Jamás"
Aos 15 anos fui lentamente conquistada e cuidada, descobri que o amor é mais leve e nasce onde menos se espera.
Aos 19 escolhi viver este amor, o primeiro, e único, eu então achava.
Aos 24 anos senti a derrota no céu da minha boca, meu mundo não era perfeito, tão pouco eu era. Descobri que as pessoas que você mais ama são as que mais podem te ferir, e ferem, muitas vezes sem ao menos se darem conta do estrago total que provocaram, o fim.
Aos 24 também me descobri. Ainda uma menina. Cheia de vida, de vontades, desejos e muito perdão para se dar. Descobri que precisa demais me conhecer, dentro de mim, uma estranha me espreitava, cheia de surpresas.
Aos 25 me joguei no mundo, comecei a construir meu  universo, fui plantando meu jardim.
Aos 27 o amor se transformou em amizade e eu pude constatar que alguém tão especial a ponto de ser seu namorado, pode e deve se tornar seu amigo, entre os melhores, aquele que te conhece a ponto de te lembrar quem você é quando você mesma esquece.
Aos 28 conheci o amor por uma criança, este carrego comigo até hoje.
Aos 32 percebi o quanto a ilusão e o conforto fazem com que os anos passem sem que você se dê conta. Me desiludi comigo mesma, por projeções e expectativas que eu mesma criei e que foram se dissipando e levando com elas todo o encantamento por uma pessoa que nunca existiu. Dentro de mim uma voz me dizia, eu já sabia no que isso iria dar, mas você não me escutou. Reaprendi a ouvir minha intuição, meu instinto, minhas percepções.
Minha mais recente lição foi desapego, amar por amar e desfrutar sem apegar.
De lá até aqui, posso dizer, que os ultimos dez anos foram os melhores da minha vida, até este ponto, porque eu acredito que o melhor sempre está por vir.
O amor se revelou o melhor e mais ardiloso exercício de auto conhecimento. O amor e suas variantes são ferramentas da vida para lapidar seu relacionar.
Os anos se passaram. E eu estou cada vez mais atenta, talvez um tanto mais arisca também. Estou longe de ser uma pessoa traumatizada, casei, separei, juntei as escovas de dente, depois devolvi a outra escova.
Ainda penso em dividir o banheiro, apesar de achar que tê-lo só pra mim é muito bom, sei que dividir é bom demais!
Me encanto com o conhecer e desvendar o outro, me alegra perceber que o outro me toca, me emociona, me motiva a fazê-lo feliz.
Amar é bom demais! Amor maduro, resolvido, limpo é que eu adoraria viver agora. E, não é idealização não, é a unica forma possível mesmo. Já passei da fase de achar que paixão e tormento são aceitáveis. Amor é para trazer bem estar, conhecimento de si e do outro, mas principalmente conhecimento das relações, conhecimento de vida.
O que acontece com uma mocinha de 35 anos que já amou e foi muito amada, é que ela sabe que o amor é a melhor coisa do mundo, mas sabe, melhor ainda, o que não é amor.

Não é justificativa, nem desculpa esfarrapada, é só assim mesmo!

Eu não consigo responder a todos os e-mails pessoais.
Não consigo retornar a todas as ligações.
Não me lembro dos aniversários (agradeço as redes sociais por me lembrarem).
Não cosigo visitar todos os amigos que gostaria.
Não tenho paciência nem disposição para conversas por telefone.
Não tenho dinheiro para presentear a todos que amo.
Não posso me dividir em muitas para atender e comparecer a todos os eventos.
Não há tempo suficiente para que eu leia todos os blogs que sigo, os livros que compro e as indicações que me passam.
Simplesmente não dá. Eu me esforço, até que faço o possível, mas não dá.
Meu computador está lento, meus olhos cansados, meu corpo precisando do silêncio da montanha.
Não desista de mim, eu não desisto de você.
Vamos seguindo e tentando e uma hora conseguimos.
Saber que você está ai me deixa contente, então saiba que também estou por aqui.

Estou pensando em você



Como esta noite findará


E o sol então rebrilhará

Estou pensando em você...

Onde estará o meu amor ?

Será que vela como eu ?

Será que chama como eu ?

Será que pergunta por mim ?

Onde estará o meu amor ?

Se a voz da noite responder

Onde estou eu, onde está você

Estamos cá dentro de nós

Sós...

Se a voz da noite silenciar

Raio de sol vai me levar

Raio de sol vai lhe trazer

Onde estará o meu amor ?

Despedida

Me perdoe, eu quis tanto que você ficasse aqui e agora simplesmente não sei o que fazer com isso.
Me perdoe, eu achei que era paixão.
Me perdoe, o frio na barriga passou...
Me perdoe, eu não sinto que possa dar certo;
Me perdoe, eu não tenho mais espaço para sua vida.
Sua presença já não me faz saltitar o coração.
Para onde foi aquela euforia?
Para o limbo das minhas ilusões, projeções, passado.
Me perdoe, dessa vez, o adeus não será o seu, nem a lágrima, nem o fim.
Me perdoe por não permitir a hora das suas desculpas;
Para onde vamos?
Eu sigo daqui, e você ...
Você já sabe, a partida é sua inseparável companheira.
E o sorriso é de nós dois.
Boa viagem!

A felicidade é simples

Eu não penso muito no futuro, planejar a vida parece tão surreal para mim quanto pensar na faculdade é para uma criança de 6 anos de idade.
Prova disso é minha total indisposição para pensar no que farei na virada do ano. Simplesmente não pensei sobre isso. Quando alguém me pergunta eu digo duas ou três possibilidades e esqueço disso no minuto seguinte.
Não tenho a menor habilidade para planejar a um prazo maior do que uma semana.
Mas pensando que neste final de semana fiz duas coisas deliciosas sem o menor planejamento, não posso acreditar que essa minha inabilidade seja tão ruim assim.
Coisas simples me fazem muito feliz. Um passeio a uma cidade vizinha ou uma ida a praia, ambas com volta para o mesmo dia, preencheram meu final de semana de alegria e prazer.
Sinto que a vida é muito boa quando estou com pessoas especiais em belas paisagens.São momentos como estes que fazem daqueles problemas que pareciam tão grandes, coisas tão sem sentido maior.
A vida é muito mais fácil e muito mais leve quando você se permite desfrutar a sua essencia simples.
E a felicidade pode estar numa praça cercada de arte, saindo da boca de um músico cantando Chico Buarque, ou ainda, na brisa do mar quando alcança sua pele quente num fim de tarde na praia.
Ser feliz é tão simples, por que será que a gente esquece?

Humanidade

Liberdade significa a capacidade de agir guiado pela alma, e não compelido por desejos e hábitos. Obedecer ao ego leva à escravidão; obedecer à alma traz a libertação.
Paramahansa Yogananda

Nestes ultímos dias eu tenho me deparado com atitudes que tem colocado em prova minha fé na humanidade e, confesso, conseguiram.
Foram dias difíceis.
Hoje, conversando com um amigo querido (ainda bem que ele existe!), ouvi a seguinte frase: "Por que você acha que todo velho é mal humorado? A medida que se vive você vai perdendo um tiquinho dessa fé. Quando se chega na velhice fica difícil de manter a fé depois de ter visto tanto."
Eu não sei se ele está certo, mas estar com ele me fez tão bem!

Que bom receber um carinho, um colinho, um chocolate e uma cervejinha, acompanhados de palavras inteligentes. Cheguei triste e fui embora sorrindo.
A minha conclusão: A decepção com alguns, ainda que grande, encontra equilíbrio na amizade de outros.
E, assim, a balança recebeu o contrapeso que precisava.

Eu busco agir de acordo com a minha prece "E assim, como se vai o sol ao fim do dia, que eu possa chegar a ti, com mãos limpas o olhos leais, sem envergonhar-me."
Eu posso escolher hoje, fazer ou não, coisas no presente, que não me envergonhem no futuro. A escolha é de cada um.

Cada um semeia e colhe aquilo que escolhe.
O presente nada mais é do que este semear.

Eu não posso mudar o que já está feito, não posso fazer um novo começo, mas sei que posso sempre fazer um novo final. Está possibilidade é infinita.

Eu estive bem triste estes dias, mas amanhã tudo isso terá passado. Sabe-se lá o que terá ido com isso.
Eu não posso querer que me ofereçam aquilo que não tem, no fim, é isso que desilude. E como disse ainda, meu nobre amigo, "desilusão é só um despertar."

Cada um sabe de si. E o equilíbrio se restabelece por si só.


con.fi.an.ça

sf (de confiar) 1 Ação de confiar. 2 Segurança íntima com que se procede. 3 Crédito, fé. 4 Boa fama. 5 Segurança e bom conceito. 6 Esperança firme. 7 Familiaridade. 8 pop Atrevimento, insolência, malcriação. 9 Ato libidinoso; licença. sm Reg (Rio Grande do Sul) Empregado (ou animal) de confiança, com que se pode contar em qualquer situação. Antôn (acepções 1, 2, 3 e 6): desconfiança. Com confiança: cheio de confiança. Dar confiança (a alguém): permitir ser tratado com familiaridade ou com menos respeito que o devido. De confiança: em quem se pode confiar. Tomar confiança: tornar-se confiado; perder o respeito.
 
Confiança
Significado
Confiança é o ato de deixar de analisar se um fato é ou não verdadeiro, entregando essa análise à fonte de onde provém a informação e simplesmente considerando-a. Se refere a dar crédito, considerar que uma expectativa sobre algo ou alguém será concretizada no futuro. Aceitar a priori a decisão de outra pessoa. Confiar em outro é muitas vezes considerado ato de amizade ou amor entre os humanos, que costumam dar provas dessa confiança. Sem essas provas, o indivíduo tende a basear-se apenas na informação dada (ou a falta dela) acabando por seguir provavelmente uma linha de pensamento longe da verdade.

Confiança é o resultado do conhecimento sobre alguém. Quanto mais informações sobre quem necessitamos confiar, melhor formamos um conceito positivo da pessoa.

 Surgimento
O grau de confiança entre duas pessoas é determinado pela capacidade que elas têm de prever o comportamento uma da outra. Tem como base experiências passadas que corroboram um padrão esperado, valores compartilhados percebidos como compatíveis. Também é "a expectativa que nasce no seio de uma comunidade de comportamento estável, honesto e cooperativo, baseado em normas compartilhadas pelos membros dessa comunidade". Quando isso ocorre, tenho condições de prever o comportamento do outro em uma dada circunstância. Confiança é previsibilidade do comportamento. Ao observar o comportamento de alguém, somos capazes de identificar os valores que determinam por que as pessoas se comportam de uma determinada maneira. Portanto, quando digo que confio em alguém, estou querendo dizer que: a) pertencemos à mesma comunidade de valores, e b) sei que ele estará tão orientado para atender a meus/nossos interesses quanto eu próprio estaria se estivesse no lugar dele. Quando isso acontece, as pessoas não negociam: elas são capazes de entregar um cheque em branco e assinado. Assim, a quantidade e a freqüência das negociações podem ser indicadores de que nem tudo vai bem. Se a oportunidade de negociar pode ser um indício de relações democráticas e igualitárias, o excesso de negociações é um indicador seguro de falta de confiança porque, no limite, quando eu confio totalmente, não negocio. Assim, quanto maior o número de negociações, menor a abertura entre os interlocutores.


Fontes: Dicionário Michaelis e  Wikipédia
Sem ar, sem mar, sem chão.
Sem ter o que dizer;
Sem palavras para dizer;
Sem história para contar;
Sem cenário, sem platéia, sem ator, só um palco vazio e escuro.
Sem, ar, sem mar, sem chão.
Sem coração para sentir;
Só o sangue a escorrer seus cacos.

Boas novas se aproximando

Boas novas se aproximando, sendo anunciadas pelas palavras não tão novas assim...

O que é bom é leve. Todo divino se move com pés delicados. (Nietzsche)

Sinto cheiro de coisa boa chegando!

Caminhando e cantando

"Tentei não fazer nada na vida que envergonhasse a criança que fui." (Saramago)

Amigo, não posso dizer o mesmo. Nem sempre consigo me orgulhar ...

"Pra que buscar recaída,
Reviver o drama
Mexer na ferida?
Por onde se engana o coração
Se encontra a saída pra vida
Tempo de ver que é maldade
Martelar as horas no chão da saudade
Embora agora contradição,
O tempo que pôs essa dor nessa conta
É quem desconta
Passa a te aponta o ponto de
Sorrir mais
Soltar gargalhadas
Deixar pra trás
O que te entristece
Tece teus ais
Rir mais
Soltar gargalhadas
Deixar pra trás
O que te entristece
Tece teus ais"


"Cheguei a tempo de te ver acordar
Eu vim correndo à frente do sol
Abri a porta e, antes de entrar,
Revi a vida inteira.
Pensei em tudo que é possível falar
Que sirva apenas para nós dois,
Sinais de bem, desejos de cais
Pequenos fragmentos de luz
Falar de cor dos temporais
do céu azul, das flores de abril
Pensar além do bem, do mal
Lembrar de coisas que ninguém viu
O mundo lá, sempre a rodar
Em cima dele, tudo vale
Quem sabe isso quer dizer amor
Estrada de fazer um sonho acontecer
Pensei no tempo, e era tempo demais
Você olhou sorrindo pra mim
Me acenou um beijo de paz
Virou minha cabeça
Eu simplesmente não consigo parar
Lá fora, o dia já clareou...
Mas se você quiser transformar
O ribeirão em braço de mar
Você vai ter que encontrar
Aonde nasce a fonte do ser
E perceber meu coração
Bater mais forte só por você
O mundo lá, sempre a rodar
Em cima dele, tudo vale
Quem sabe isso quer dizer amor
Estrada de fazer o sonho acontecer"

O beija-flor e a coruja

Enquanto um é beija-flor, o outro se regojiza em ser uma coruja.
Não possui beleza para seduzi-lo, tão pouco disposição de sobra, diante de tantas coisas para conhecer e entender, sua volatitidade não a encanta.
Estão, um a voar na noite, enquanto o outro repousa seu cansaço do prazer diurno.
Um a colher nas flores, enquanto o outro a comer ratos.
Não há saída para este impasse da natureza e as vezes é somente assim.

Atena, deusa da guerra e da sabedoria, tinha uma coruja como mascote. Os gregos consideravam a noite como o momento do pensamento filosófico e da revelação intelectual e a coruja, por ser uma ave noturna, acabou representando essa busca pelo saber. Há ainda uma outra explicação para tal relação, da qual, certamente, o animal não se orgulharia tanto. Com seus olhos grandes e desproporcionais, a coruja se tornou também símbolo da feiúra. Numa língua nórdica antiga, ela era chamada de ugla, palavra que imitava o som emitido pela ave e que daria origem ao termo ugly, "feio" em inglês. "Assim, a coruja segue o estereótipo do sábio, que geralmente é tido como alguém mais preocupado com as divagações interiores que com a aparência externa".


Beija-flor - Mensageiro da cura, amor romântico, claridade, graça, sorte, suavidade. O beija-flor se lança no mundo espalhando graça e beleza nos ensinando a apreciar as maravilhas e magias de nossa existência diária. Um dos maiores presentes que podemos obter seguindo seus ensinamentos, é o de entender os enigmas e os mistérios que envolvem as dualidades e contradições. É só observar o comportamento desse Animal em relação as plantas e flores para percebemos como a sua presença está relacionada a reprodução.
O BEIJA-FLOR pode voar em qualquer direção: para cima, para baixo, para esquerda, para a direita e também paralisar no ar, como se estivesse observando e preparando seu próximo passo. Sua presença é pura alegria e sempre provoca reações de admiração.
As pessoas que tem o BEIJA-FLOR como Animal de Poder, geralmente são pessoas agradáveis, alegres e que vivem rodeadas de amigos. Elas conseguem contagiar o ambiente com sua alegria e encontram sempre uma forma, uma maneira de fazer quem estiver ao seu redor se sentir renovado e feliz , pelo simples fato de estar vivo. Usando a astúcia, a inteligência, a graça e não só a força física, estão sempre procurando uma maneira para embarcar numa nova aventura e jornada.

Uma dose de romance para fechar a noite

O fim de semana passado me brindou com dois filmes românticos.
Eu não sou do tipo que aprecia muito um filme romântico, mas entendo porque eles cruzaram meu destino neste momento.
Eu sou prática e realista demais as vezes, esqueço que uma dose de romantismo não causa um estrago tão irremediável.
Existem pessoas que nos tocam assim também, como um filme que nos lembra um lado que havíamos deixado esquecido. Pessoas que de tão delicadas nos despertam delicadeza, pessoas que de tão meigas e amáveis nos contagiam com sua ternura. Ainda bem que é assim, ainda bem que podemos ser tocados e lembrados de sentimentos, sensações, aspectos que dormem dentro de nós e que fazem falta. Como uma cor que faltava na tela para deixá-la mais bela e harmoniosa.
O filme romântico sem final feliz foi coerente, realista. Com ele pude ver como é belo o encontro entre duas pessoas que, perfeitamente se encaixam uma na outra, sem que precisem, necessiariamente, permanecerem juntas para sempre, que se desencontram pelo capricho do tempo, das oportunidades e do momento que vivem. O desencontro também possui sua beleza, apesar da dor.
O filme, veja, tem Romeu e Julieta como pano de fundo, não poderia ser mais romântico!
O final feliz do outro filme, foi clichê, chavão, docemente romântico e carinhoso com minhas lembranças.
O amor é a coisa mais deliciosa que pode acontecer entre duas pessoas. Duas pessoas se amando ao mesmo tempo, é o maior milagre, este encontro de tempo, oportunidade e momento é especial e raro.
Encontrar alguém que você ama no mesmo momento que ele também ama você. Não há prova mais concreta de que o universo presenteia alguns privilegiados, com a melhor sorte que pode haver.
É, hoje eu estou bem esquisita...

Pensando sobre filhos aos 35 anos, ter ou não ter eis a questão

A proximidade do meu aniversário me fez pensar em filhos. Eu estou a completar o meu 35o. ciclo de vida daqui a mais ou menos, um mês e meio, meu aniversário é na véspera de Natal.
Apesar de ter sido casada oficialmente por 5 anos e ter vivido com esta pessoa uma relação completa de 10 anos, entre namoro, casamento e fim, não me vi mãe naquela época. Depois vivi mais 4 anos com outra pessoa, que, já tinha um filho e pude ser para ele uma mãe reserva, papel que exercitei com muito amor e prazer, ainda assim não me motivou a ter meu próprio filho.
Meu pai me cobrava em todos os Natais, ele queria um neto de mim, ainda assim, não me senti pronta para isso.
Minha personalidade é do tipo que age sobre as coisas, então parece até uma contradição essa inércia em relação ao desejo ou não de ser mãe. Eu adoro crianças, não me entenda mal, adoro mesmo. Sempre tive um desejo latente de ser mãe, mas nunca me senti pronta para assumir esta responsabilidade.
E ultimamente, beirando meu aniversário, me vejo questionando isso tudo.
O tempo biológico para uma mulher que quer ser mãe, é um tanto cruel, muito mais do que o é com os homens. Isso passa pela minha cabeça. Passa também, por aqui, que não senti em nenhum dos meus ex companheiros o pai que gostaria para meus filhos, por isso, não me arrependo de não tê-los tido naquelas épocas. Eu sinto que possa ser uma boa mãe, mas sinto que talvez esse não seja o curso que a minha vida possa tomar. E se não for realmente? Isso não é o fim do mundo, disso eu também tenho certeza.
Meu sábio, fiel e confidente amigo, me deixou em paz sobre isso ao me dizer que eu não preciso fazer nada sobre isso. Me tranquilizou a personalidade de ação (a minha) que me atormenta ao me dizer: "É honesto admitir que você pensa sobre isso, que não passa batido pelo fato de ter 35 anos e não ter filhos, mas você não precisa fazer nada sobre isso, pode apenas perceber o que acontece com você, sem julgar ou tentar resolver, apenas deixe isso passar por você e se perceba."
Então eu resolvi escrever sobre isso para esvaziar de mim o que sinto.
Eu sempre quis ser mãe, é um desejo natural, mas vendo tantas crianças por ai mal criadas, no sentido de falta de criação, de cuidado, de amor, que não me sinto culpada em não satisfazer este desejo de gerar um filho.
Ser mãe vai além daqueles nove meses carregando um novo ser em seu corpo.
Ser mãe é um compromisso, um voto de fé, sua fé no ser humano, a fé da vida em você.
Pode acontecer, pode não acontecer de encontrar alguém, me envolver e ver nesta pessoa um pai para meus filhos, isso pode ou não acontecer, é a vida quem sabe.
Mas ser mãe, isso eu posso decidir, como fez a Drica Moraes e tantas outras, que optaram por adotar uma criança, atitude que eu admiro demais.
Existem milhares de crianças precisando de uma mãe, um lar, um pouco de carinho.
Não é uma decisão tomada, é uma possibilidade que passa pela minha cabeça.
Eu sei que talvez seja cedo para pensar nisso, eu ainda nem viajei o mundo, 35 anos é uma idade deliciosa e jovem, eu tenho esta consciência.
Mas aniversários são para isso mesmo, para refletirmos sobre tempo, sobre vida, sobre oportunidades e possibilidades e eu já comecei meu processo.
E, é só o primeiro dos 50 dias que ainda faltam para 24 de dezembro. Senta que lá vem conversa! Rssss
Gostaria de agradecer imensamente as visitas que recebo aqui, teem crescido.
E espero que esvaziando minha mente e meu coração, a minha alma possa ficar tranquila. E, se com isso, compartilhando meus pensamentos, puder encontrar pessoas que se sentem em situações parecidas ou emoções sinônimas ou próximas, ou ainda, pessoas que possam trocar alguma coisa positiva comigo, ou com os que leem, tudo isso aqui terá mais do que valido a pena!
Obrigada aos seguidores, mesmo aqueles que nunca comentam, obrigada pela companhia!
Um grande abraço carinhoso!
Namastê

Consideração e responsabilidade

Consideração alheia é quando outra pessoa respeita aquilo que é importante para você, tem o cuidado de não te magoar e não age leviamente com coisas que podem te magoar.
Consideração própria é quando, ao encontrar pela frente alguém que age leviamente com aquilo que é lhe é valioso, não se importanto com seus sentimentos, você não se deixa envolver pela ignorância alheia.
A emoção  negativa provoca reação. E a reação não é a resposta real, é apenas uma defesa, ou ainda, um contra-ataque àquilo que pode te ferir.

O meu exercício já foi o de me controlar, no entanto, percebi que isso é repressão e não me fazia bem. Hoje o meu exercício é o de perceber o que me emociona negativamente e trabalhar esta sensação antes que ela chegue.
Se isso pode me deixar irritada, qual a razão real desta irritação?
Buscar os meus nós, este é meu exercício.
Eu não tenho a menor pretenção de saber tudo, nem de conseguir discípulos. A minha responsabilidade é comigo mesma, a minha busca é por me conhecer, é o meu aprendizado.
 A grande sabedoria é saber de si mesmo.

Comer Rezar e Amar - Eu amo tudo isso!

"Estava lendo um texto antigo sobre yoga quando encontrei uma descrição de antigos discípulos espirituais. Uma palavra em sânscrito aparecia no parágrafo: ANTEVASIN.
Significa "aquele que mora na fronteira". Antigamente, essa era uma descrição literal. Significava alguém que havia abandonado o centro agitado da vida mundana para ir morar no limite da floresta, onde viviam os mestres espirituais. O antevasin deixava de ser um aldeão - não era uma pessoa com uma vida convencional. Mas ele também não era um transcendente - não era um daqueles sábios que vivem bem lá no fundo das matas intocadas, plenamente realizados. O antevasin era alguém que vivia no meio. Era um habitante da fronteira. Vivia em um lugar onde podia ver os dois mundos, mas olhava rumo ao desconhecido. E era um estudioso.
Quando li essa descrição do antevasin, fiquei tão entusiasmada que soltei um pequeno grunhido de reconhecimento. Essa é a minha palavra, cara! Na época moderna, é claro, essa floresta virgem teria de ser em sentido figurado, e a fronteira também. Mas ainda é possível viver aí. Ainda é possível viver nessa linha tremeluzente entre seus velhos pensamentos e sua nova compreensão, em um eterno estado de aprendizagem. No sentido figurado, trata-se de uma fronteira que está sempre em movimento - conforme você avança em seus estudos e em suas realizações, essa floresta misteriosa do desconhecido está sempre alguns metros à sua frente, de modo que você precisa viajar com pouca bagagem para conseguir acompanhá-la. Precisa manter-se móvel, maleável, flexível. Escorregadio, até."
Trecho do livro Comer Rezar e Amar de Elizabeth Gilbert.

Quando eu li este trecho também encontrei a minha palavra.
A minha fronteira é ali entre o mundano e os ensinamentos rumo à felicidade mais plena, profunda e resistente.

Tenho ouvido algumas coisas sobre isso. Mas, apesar de respeitar a opinião de quem está nesta busca a mais tempo do que eu, ainda prefiro encontrar minhas próprias verdades. Não por falta de humildade, como ouvi a dias atrás, é por falta de experiência. Eu só acredito naquilo que eu mesma experimento, naquilo eu vivo, que eu sinto. Com todo respeito aos livros sagrados e as pessoas mais vividas, eu quero ter as minhas próprias vivências.
Uma amiga muito querida me disse uma coisa que fez muito sentido pra mim: "O problema não é ter e gostar dos prazeres mundanos, o problema é ter apego por eles e acabar sentindo que sem eles não seria feliz."
Isso tem mais a ver com o que penso. Eu acredito que esteja na fronteira entre o mundano e o sagrado, podendo olhar para ambos como uma busca por auto conhecimento. Eu quero aprender sobre mim, quero me conhecer profundamente, e, se com isso eu também aprender sobre o sentido da vida, sobre a natureza do universo e sobre esta felicidade plena, será maravilhoso.
Não pretendo ser monja, nem guru, nem ter uma vida restritiva, para isso eu iria para a Índia de uma vez. Eu quero conhecer, eu tenho sede de saber!
E a felicidade que se enraíza no mais profundo de mim mesma está cada dia mais sorridente. Não que eu não passe por problemas, eu passo sim, como qualquer pessoa, mas a sensação de que algo mais forte está crescendo e me fortalecendo, fica mais evidente.
Então, a minha palavra é ANTEVASIN. Eu estou muito feliz com ela. Aquela que vive na fronteira!

A viagem

Imagine conhecer uma cidade por dia, um país, uma nova cultura, novas formas de se relacionar com o outro, referências que você nunca poderia imaginar, por serem tão diferentes das suas.
Paisagens que você nunca viu, arquitetura que você poderia imaginar, mas não conceber...
Assim é conhecer o outro. Pessoas que possuem universos diferentes do seu, que, propiciados pelas história de suas vidas, produzem atitudes e reações completamente fora do seu normal.
Conhecer o outro é se abrir a esta viagem.
Eu adoro pessoas.
Adoro ouvi-las em seus universos seguros e confortáveis. Adoro saber o que as toca. Adoro sentir seu pulsar tão diferente do meu. É como uma cidade nova, sua arquitetura, sua história, suas ruas e becos sem saídas, sua comida e seus habitantes... Cada pessoa é um universo infinito de novas possibilidades.
Cada um absorve e deixa passar de acordo com suas experiências.
Aquilo que é bom para você é totalmente dispensável para o outro, aquilo que é fútil para você pode ser imprescendível para ele. Isso é que é a grande viagem!
Interessante como as pessoas podem gastar tempo e dinheiro buscando uma nova viagem terrestre, ou se frustrando por não ter recursos para fazê-las,  sem perceber que muitas viagens estão ali bem embaixo do seu nariz.
O óbvio parece inimaginável e o impossível, a coisa mais simples do mundo.
Pessoas são reflexo de sua história, experiências,  tropeços e vitórias, conhecer suas referências e saborear seu viver pode ser uma viagem das mais interessantes!
Viver ainda é a melhor viagem de todas!

Eu e o Taoismo - idéias que eu gosto

Uma estrutura similar à da “árvore” formada pelas Três Obras do Mistério da Tradição Taoísta: Yi Jing (I Ching) (raízes), Tao Te Ching (tronco) e Nan Hua Ching (copa).
A manifestação do homem no mundo, vivendo e percorrendo o espaço que lhe cabe Entre o Céu e a Terra. Nem tanto ao céu, nem tanto à terra, nosso caminho é limitado por estes dois grandes da natureza. Assim, quanto mais nossa conduta se aproxima dos extremos, mais restrita fica a nossa margem de atuação. E quanto mais próximos do centro nos colocamos, mais fluido e desimpedido torna-se o nosso caminho no mundo. Assim, o equilíbrio torna-se o eixo principal para uma vida plena e íntegra.

Significado do nome Paula

Este foi um amigo que me enviou, bateu direitinho...

Significado: Você busca a paz a qualquer preço, nem que seja... brigando!


E nem de longe imagina viver ao lado de pessoas que se relacionam à base de tapas e berros, sejam elas sua mãe, seu pai ou o grande amor da sua vida.

Além de paz, seu coração  precisa muito de amor. E você está sempre namorando.

Mas que ninguém tente prendê-la ou proibi-la disso ou daquilo, porque, aí, é adeus na certa
Eu estou aberta a todas as coisas, não me fecho, embora escolha com critério o que deixo entrar.
É preciso estar aberto para enxergar o que se apresenta e escolher com consciência.
Consciência de todas as coisas que me compõem: meu coração, minha razão, intuição, percepção, sensação e alma. Há que se ter alguma conexão, senão, não faz sentido.

Jacques Brel - Ne Me Quitte Pas



Ne me quitte pas
Il faut oublier
Tout peut s'oublier
Qui s'enfuit déjà
Oublier le temps
Des malentendus
Et le temps perdu
À savoir comment
Oublier ces heures
Qui tuaient parfois
À coups de pourquoi
Le coeur du bonheure
Ne me quitte pas
Moi je t'offrirai
Des perles de pluie
Venues de pays
Où il ne pleut pas
Je creuserai la terre
Jusqu'après ma mort
Pour couvrir ton corps
D'or et de lumière
Je ferai un domaine
Où l'amour sera roi
Où l'amour sera loi
Où tu seras reine
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Je t'inventerai
Des mots insensés
Que tu comprendras
Je te parlerai
De ces amants là
Qui ont vu deux fois
Leurs coeurs s'embrasser
Je te raconterai
L'histoire de ce roi
Mort de n'avoir pas
Pu te rencontrer
Ne me quitte pas (x4)
On a vu souvent
Rejaillir le feu
De l'ancien volcan
Qu'on croyait trop vieux
Il est paraît-il
Des terres brûlées
Donnant plus de blé
Qu'un meilleur avril
Et quand vient le soir
Pour qu'un ciel flamboie
Le rouge et le noir
Ne s'épousent-ils pas
Ne me quite pas
Ne me quite pas
Je ne veux plus pleurer
Je ne veux plus parler
Je me cacherai là
À te regarder
Danser et sourire
Et à t'écouter
Chanter et puis rire
Laisse-moi devenir
L'ombre de ton ombre
L'ombre de ta main
L'ombre de ton chien
Ne me quitte pas

Não me deixes,

Não me deixes,
É preciso esquecer,
Tudo se pode esquecer
Que já para trás ficou.
Esquecer o tempo dos mal-entendidos
E o tempo perdido a querer saber como
Esquecer essas horas,
Que de tantos porquês,
Por vezes matavam a última felicidade.
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes.
Te oferecerei
Pérolas de chuva
Vindas de países
Onde nunca chove;
Escavarei a terra
Até depois da morte,
Para cobrir teu corpo
Com ouro, com luzes.
Criarei um país
Onde o amor será rei,
Onde o amor será lei
E você a rainha.
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes.
Te Inventarei
Palavras absurdas
Que você compreenderá;
Te falarei
Daqueles amantes
Que viram de novo
Seus corações ateados;
Te contarei
A história daquele rei,
Que morreu por não ter
Podido te conhecer.
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes.
Quantas vezes não se reacendeu o fogo
Do antigo vulcão
Que julgávamos velho?
Até há quem fale
De terras queimadas
A produzir mais trigo;
Que a melhor primavera
É quando a tarde cai,
Vê como o vermelho e o negro
Se casam
Para que o céu se inflame.
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes.
Não vou chorar mais,
Não vou falar mais,
Escondo-me aqui
Para te ver
Dançar e sorrir,
Para te ouvir
Cantar e rir.
Deixa-me ser a sombra da tua sombra,
A sombra da tua mão,
A sombra do teu cão.
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes.

E fui surpreendida novamente

O que importa não é o que se faz, mas sim, como se faz.
A nobreza de caráter me toca mais do que a mais perfeita cantada, assim acontece com a gentileza, a delicadeza, o cuidado. E o mais interessante ainda pode ocorrer quando o agente nem está preocupado em acariciar seu ego, ou ainda, seu corpo.
Há pessoas que entram em sua vida sem muita pretensão e euforia, mas a sua presença refresca a alma, e só neste passar de brisa é que você consegue entender qual a verdadeira razão daquela chegada. A sensação de brisa fresca é encantadora!
É, parece que a vida resolveu me presentear com mais uma jóia rara.
O que eu posso fazer diante de tanta confiança? Colocar esta jóia muito bem guardada e protegida, assim como a vida confiou que seria...
Vida, vida, que danada de confiança é esta? Quando eu acho que é uma coisa e é outra ainda melhor?
Vida, vida, que faceira é você!
Eu aceito e me lisonjeio com tanta confiança!
Na história de todas as coisas, a vida sempre sabe o que faz, e, como faz.

Pensamentos desconexos de um domingo friorento

Eu estou meio desorganizada ultimamente. (Ultimamente?)
O fato é que muitas coisas fervilham dentro de mim ao mesmo tempo e com tanta intensidade que não tenho tido espaço para organizar palavras e produzir alguma coisa lúcida e compreensível.
Então, me perdoem os seguidores e leitores casuais que passam por aqui. É o momento da colheita desordenada.
Estive lendo hoje sobre Teosofia e fiquei tão extasiada que o ar deixou de circular no meu corpo, eu fiquei em estado de apnéia.
Depois, ouvi Simonal, dancei um pouco pela sala, fumei um cigarro e pensei em beber um vinho, mas desisti porque desejo meditar. Veja a confusão!
Pensamentos revoltos e soltos formam verdadeiro vendável na minha mente. Por isso a meditação é essencial. Preciso organizar e absorver o fluxo e não me deixar tomar por isso.
Acontece que eu sou humana, tão humana e mundana como qualquer ser que transita por este solo.
Quero conhecer os mistérios, desvendar meu interior mais profundo. Quero saber o que transita, o que move, o que me emociona, quero a paixão pelo sagrado, pelo profundo de todas as coisas.
Então, as coisas do homem também me encantam e descobri uma palestra fantástica do Marco Aurélio Bilibio que me apaixonou por dias, me tocou, conversou comigo, me fez flutuar em estado de graça. Tudo bem, você pode pensar que eu me apaixono assim, tão fácil, e você tem razão. Eu não ligo, contanto que o objeto dessa paixão flutuante e fugaz, seja ao mesmo tempo repleta de informação nova, de renovação, de apnéias. Eu aceito, satisfeita, a intervenção que me leve às estrelas, mesmo que seja por algum momento!
E as nossas relações mundanas e ordinárias, aquelas que servem apenas para a descarga de dopamina e serotonina, além de hormonios provocativos da libido? Ahhh, estas eu também aceito, porém com mais critério seletivo. Há que se ter alguma coisa que me intrigue, me instigue e que me provoque. É só um homem, querendo um pouco de atenção e sexo prazeroso... Ok, mas eu quero a minha parte!
E hoje é domingo, está um friozinho daqueles bem gostosos de se fazer vadiagem até o fim do dia, da noite, do gáz...
Um pouco de música, luz de velas para deixar o ambiente propício, não tem nada a ver com romance, tem a ver com um pouco de cuidado e pertinência para não deixar um domingo de vadiagem cair na oportunidade perdida.
Veja até onde vai a minha mente sã e lúcida, hahahahahaha.
De Helena de Blavatsky e os mistérios do oculto até meus desejos carnais e emocionais mais mundanos!
Eu sou humana, por que não? E é uma delícia!

Quando a comunicação de um, não conversa com o outro

A dificuldade de se comunicar com o outro tem o tamanho da distância que você criou para não ser tocado por ele, pode ser um passo ou um abismo, no fundo, é a sua escolha.

Essas coisas de homem e mulher

Algumas coisas que ouvi:

Take one
Eles se conheceram e o interesse foi mútuo, trocaram telefones, se viram várias vezes durante dois meses. Cinema, jantares, passeios diversos, sorrisos, charme e chamego.
Uma noite, algumas taças de vinho e foram para a cama.
Alguns dias depois ele disse a ela que não queria se envolver, que namorar não fazia parte de seus planos.

A versão dela: Ele poderia ter me dito isso antes, me fez perder meu tempo, me conquistou para somente me seduzir e me levar para a cama.

A versão dele: Eu queria leva-la para a cama e percebi que ela não era o tipo que vai para cama com um desconhecido na primeira noite, então, eu me fiz conhecido para poder chegar até a cama dela. Foi uma delícia, ela é muito legal, gostosa. Ela é muito gente boa, eu vou logo avisar que eu não quero nada sério para não ser sacana.

Take Two
Ele se encantou por ela assim que se conheceram. Convidou-a para almoçar e a conversa se desenvolveu como se conhecessem a muito tempo. Ele ficou mais encantado ainda e percebia que ela correspondia. Logo mais já estavam num motel, se amaram loucamente por três horas interruptas. No descanso do êxtase, ela disse que precisava lhe contar algo e disse que era casada.
O que ele pensou: Vou curtir com ela até onde der sem me envolver.
O que ela pensou: O mesmo.

Take three
A mesma história acima, mas o homem é que é casado.
O que ela pensa: Se ele está comigo é porque o casamento dele não é bom, eu posso tira-lo desta mulher facilmente.
Ou ainda: Que canalha! Ele me enganou só para me levar a cama!
O que ele pensa: Ela é uma gostosa, divertida, inteligente, ótima companhia, vou curtir com ela.

O que eu percebo com grande frequencia é que há um desencontro de desejos.
As mulheres, pelo menos a maioria delas, quer um homem para chamar de seu. Os homens não querem, a princípio, alguém que o chame de meu.
Não há quem esteja errado no seu desejo, há um erro na forma como as coisas se apresentam.
Eles, ( a maioria) para conseguirem levar uma mulher para a cama fazem a novelinha padrão de pretendente a namorado, quando na verdade, querem uma curtição sem compromisso, muitas vezes numa unica noite.

O grande problema é que existe falta de franqueza e pouca tolerância para ouvir a verdade quando o outro se utiliza de franqueza.
A mulher quer ser conquistada, seduzida e cortejada, isso a deixa excitada e o homem para chegar ao seu objetivo, faz o que manda o script. Elas se iludem e se decepcionam depois.
Eu queria entender porque complicam tanto uma coisa tão simples?
Qual o problema de se divertirem juntos sem uma promessa velada de que amanhã ele será seu príncipe encantado?
Sinceramente não sei. 
Eu admiro a franqueza. Admiro a coragem de ser franco e admiro ainda mais uma mulher que seja bem resolvida o suficiente para aceitar essa franqueza. Coisa que não vejo com frequência.
Franqueza para ambos os lados, parece coisa rara de se encontrar. Quanto medo!
Uma mulher que sabe o que quer, e deixa isso bem claro, sem se sentir mal em ser o que é.
Um homem que esteja pronto para ouvir, um não, obrigada, hoje eu não quero sexo casual.
Eu já escrevi muito por aqui o que eu acho sobre sexo, sexo casual, sexo bom, relacionamento e afins.
Sexo bom, fica excepcional com intimidade. E intimidade precisa de alguns encontros para fluir. Isso não quer dizer que não possa ser bom se não ocorrer.
E também não quer dizer que seja o fim do mundo se você não quiser.
O que eu pretendo com este post é dizer:
Seja feliz! Se conheça, saiba seu limites, o que você gosta e o quais são seus desejos.
Saiba quem é de verdade, é o unico jeito de ser feliz.
Se liberte de tantas amarras impostas pelo mundo exterior. Se liberte do que você ouviu de sua mãe, de suas amigas, das revistas, das novelas, enfim, ouça o que está no seu mundo interior.
Os homens somente dançam conforme a música que as mulheres tocam. E se o mundo hoje está meio maluco é porque elas também estão um tanto perdidas com tanta liberdade, igualdade e direitos.
O post ficou grande e poderia ficar ainda mais porque é um tema que fervilha em mim.Eu não entendo porque as pessoas sofrem tanto, juro, não entendo!
Eu tenho certeza que pouquissimas pessoas lerão até o final, mas se chegarem até aqui, eu gostaria muito de saber o que pensam.

Sejamos felizes, sem pesar no outro, sem encanação, sem complicar mais do que já é! Viva fluindo com a vida! 

Uma rapidinha

"As vezes eu só queria não ser tão espertinha...
Fica quase impossível depois de viver um pouco mais e ser observadora compulsiva do ser humano.
Por favor, alguém me surpreenda!"

Achei isso escrito no meu caderninho de bolsa, já escrito a algum tempinho atrás.
A gente deve tomar cuidado com aquilo que pede aos quatro ventos...

Um olhar de leitura fácil, um suspiro, um gesto de corpo, quantas coisas falam comigo sem palavras, realmente muitas.

No final das contas, está tudo certo, tuuudo certo.

Não há nada que se possa fazer para mudar o encontro ou desencontro, eles se armam e se desarmam o tempo todo, independente de nossa vontade.

Uma coisa é certa: Ninguém surge sem precisar, ninguém que vai, deveria ter permanecido. É o movimento da vida!

É a vida, eu fluo com ela.

Mas as coisas, eu sinto, eu sei. Elas acontecem e eu estou acontecendo com elas, observando, deixando chegar. Vendo o que chega e o que está indo. Eu simplesmente sei.

Dormindo com Nietzche

Assim como às vezes nos relacionamos de maneira neurótica com parceiros que nada nos acrescentam, nossa relação com nós mesmos também pode ser completamente falsa. Talvez até sejamos capazes de vislumbrar esse, mas não conseguimos sair do lugar.
"É preciso aprender a amar", nos aconselha Nietzche. Aprender a amar a si mesmo. E também aprender a amar o outro, o estranho em nós. Da mesma forma que gradualmente nos familiarizamos com um novo tipo de música, ainda desconhecido.

Eis que sucede conosco quando escutamos música: primeiro temos que aprender a ouvir uma melodia, a detectá-la, distinguila, isolando-a e demarcando-a como uma vida em si; então é necessário empenho e boa vontade para suportá-la, apesar de sua estranheza. Enfim chega o momento em que nos habituamos a ela, em que a esperamos; e ela continua a exercer sua coação e sua magia, incessantemente, até que nos tornamos seus humildes e extasiados amantes e nada mais queremos no mundo a não ser ouvi-la novamente. Mas isso não acontece apenas na música: foi exatamente assim que aprendemos a amar todas as coisas que agora amamos. Afinal sempre somos recompensados pela nossa boa vontade, nossa paciência, equidade, ternura para com o que é estranho, na medida em que a estranheza tira lentamente o véu e se apresenta  como uma nova e indizível beleza: é a sua gratidão por nossa hospitalidade. Também quem ama a si mesmo aprendeu-o por esse caminho: não há outro.
Também o amor há que ser aprendido.

Nós não admitimos com facilidade o fato de que cada um de nós "é único no mundo, que nenhum raro acaso misturará pela segunda vez uma diversidade tão estranhamente eclética num ser singular".
Nós temos medo de ser essa coisa única. Por que? Por medo do nosso vizinho, que exige que sigamos as regras e se encobre com elas. O que nos obriga a pensar em bando? "Os homens ainda são preguiçosos e medrozos e temem principalmente as exigências que lhes possam ser impostas pela sinceridade e clareza incondicionais."
O medo e a preguiça, para Nietzche, escondem a arte de amar. O receio de se expor faz com que as pessoas usem dissimulação para esconder sua própria singularidade. Esse medo de nós mesmos é um obstáculo. O homem deve ser sempre único e original.

Hoje eu estou indo dormir com Nietzche para respirar nesta brecha que se abriu de realidade.
Um pouco de filosofia numa segunda-feira ressaquenta, que demorou a passar.
Esse tema, o medo, bateu duas vezes na minha porta hoje, e, se bateu a segunda vez era porque precisava entrar.
Estamos agora a tomar um chá e encontramos Nietzche, ninguém poderia ter sido melhor que ele, para nos encantar com sua sabedoria singular.
Nietzche queria aprender a amar, e quem não quer? Ele sabia que o homem precisava aprender a amar para ser feliz.

Eis que eu me pego em devaneios... Eu gosto da palavra amante e penso que amante é aquele que ama e é amado, amante já é a solução.
E ainda divagando sem rumo me veio algo mais devaneio ainda. Um certo amigo me diria, pensamentos desconexos com nexos.
Um casal conversava sobre ir ao não para cama juntos naquela primeira noite.
Ele insiste, ela resiste.
Por fim:
Ela: Você daria a chave do seu carro para um estranho dar uma voltinha no quarteirão?
Ele: Lógico que não.
Ela: Eu também não.

Boa noite! Nietzche me espera.

**Trecho de Vitaminas filosóficas ( a arte de bem viver de Theo Roos)

Noite fria com lua de sorriso triste

O vento estava cortando seu caminhar lento e bagunçando seus cabelos e pensamentos.
Um ruido rasteiro começou a lhe acompanhar os passos. Não ficou curiosa, nem ansiosa, nem aumentou os passos. Era só um ruido naquela rua vazia e fria.
A noite estava silenciosa e a lua sorria um sorriso triste.
O vento era forte e o ruido aumentava, se aproximava.
De repente, o toque, e tudo se abriu como uma cortina ao começo de um espetáculo.
Era tudo mentira! Tudo uma grande mentira!
A luz se fez no palco e os truques se revelaram tão cabisbaixos quanto um réu confesso.
A verdade é do tamanho do infinito, não é possível abraçá-la de uma só vez, em um único enlace. Mais esperto mesmo, é descobrir as mentiras, aquelas que contamos para nós mesmos. As mentiras pequeninas que se escondem ou se vestem para parecerem gigantes, como um boneco de Olinda. A mentira se esconde embaixo de conforto, distração, diversão e medo.
É mais fácil viver e crer nela do que despí-la.
Ver a mentira é o primeiro passo para encontrar a realidade. É preciso coragem.
Revestimos o feio de beleza para encaixá-lo em nossa projeção ilusionista e nos convencemos que é daquilo exatamente que precisamos para sermos felizes.
Aceitar o conforto é bem mais fácil do que buscar a mentira escondida embaixo de tantas coisas.
A cortina se abriu e não era o começo do espetáculo. O palhaço estava nú.
Era o fim daquele show, neste dia.
A cortina estava aberta, a luz acesa, no palco um palhaço nú, perdido sem sua máscara.
Na platéia, ela sorri, diante da mentira que se dissolve.
Era só uma sacolinha plástica, embalada pelo vento, que a perseguia.
Ela não parou, não olhou para trás, não se arrependeu, não chorou, não culpou.
A noite estava fria e a lua, sorria triste, diante de mais uma ilusão despida.
O palhaço estava nú.

**Nota da autora, eu mesma.
Este post nasceu de parto prematuro. Insight da madrugada, a primeira insone do mês de setembro.


Paulinha Costa

Significados que eu gosto - Ganesh ou Ganesha

Ganesh ou Ganesha é o Deus do sucesso e da superação de obstáculos. É também associado à visão, aprendizado, prudência e força.
Como Deus do sucesso, seu nome está presente no início de um evento importante.
Ganesh traz sorte e prosperidade para a casa e o trabalho.
Como removedor de obstáculos, ele é invocado ao começo de qualquer jornada, casamento, ritos religiosos, construção de casas, a escrita de um livro ou mesmo de uma carta.

Ganesha é o primeiro Deus a ser reverenciado em todos os rituais Hindus. Está nas portas dos templos e casas protegendo as suas entradas. Ganesha é o Deus que remove todos os obstáculos, ele é o protetor de todos os seres. Ele também é o Deus do conhecimento. Ganesha representa o sábio, o homem em plenitude, e os meios de realização. Sua figura revela um significado profundo e necessita ser desdobrada.
Ganesha é filho de Shiva e Parvati. Shiva é o Deus criador do Yoga, vivia nas montanhas dos Himalayas e raramente visitava sua esposa Parvati. Shiva e Parvati abraçados são a representação do Tantra. Os Puranas dizem que a relação sexual durava milênios mas Shiva não ejaculava, tinha completo domínio (Vama Tantra), assim Shiva não tinha filhos. Parvati gostava de se preparar para receber Shiva, mas todos os guardiões falhavam quando se tratava de Shiva, assim Parvati resolveu ter o seu próprio filho e guardião; retirou de si o material e deu vida a criança, Ganesha aprendeu a lutar bravamente e se tornou o guardião de seus aposentos. Um dia Shiva chegou e quis entrar, Ganesha bloqueou sua entrada. Shiva não aceitou de ser impedido de entrar e ordenou que seus guardas lutassem, Ganesha venceu todo o seu exército então Shiva lutou até decaptar Ganesha. Parvati chorou muito e reinvidicou que Shiva devolvesse a vida a seu filho, Shiva disse que ele não podia ser seu filho, realmente ele era somente filho de Parvati - a matéria mortal, assim Shiva ordenou aos homens de seu exército que fossem para o norte e que trouxessem a primeira cabeça de um ser vivo que encontrassem; encontraram um elefante. Shiva colocou a cabeça de elefante sobre o corpo do menino e deu vida a ele. Parvati exigiu que Ganesha fosse o primeiro a ser reverenciado em todos os rituais. Ganesha passou a ser filho também de Shiva e se tornou um Deus.
Como todas as lendas encerram dentro de si um significado maior, vamos desdobrar a simbologia da história de Ganesha. Primeiro conta os Puranas que Ganesha tem um corpo físico “criado” por Parvati, símbolo da matéria perecível, ou seja que é humano. Mostra que ele não conhece o pai - Shiva, a realidade Suprema. Quando Parvati solicita sua proteção ele a obedece incondicionalmente (cuida da matéria, é apegado a ela). Quando seu pai chega, luta com ele (não quer perder a individualidade) não o reconhece, mas luta com bravura, quer cumprir o seu dever. O pai admira sua coragem, mas não podendo deixá-lo vencer, corta a sua cabeça (ego, mente, arrogância) e ele morre. Parvati zangada com a morte do filho mostra a matéria não querendo perder seu “nome e forma”. Shiva coloca uma nova cabeça no filho que renasce pelas mãos de Shiva, nasce do supremo. Parvati ficando contente com as promessas de Shiva de que seu filho será reverenciado no início de todos os rituais e cerimônias e, antes de qualquer empreendimento mostra que a perda da individualidade é o ganho do absoluto, da plenitude. O sábio vence todos os desafios, luta com bravura, remove todos os obstáculos e depois morre, perde a cabeça para ganhar uma nova dada por Shiva, o absoluto.
Ganesha tem uma enorme cabeça de elefante, imensa para um corpo de menino indicando sua capacidade intelectual e a firme dedicação ao estudo das escrituras. Ganesha é o Sábio. Ganesha tem na fronte o Vibhuti e um pequeno tridente indicando que é filho de Shiva - o Senhor da disciplina e da aniquilação da ignorância, indica também, que o sábio tem sempre em mente o Ser Supremo.
As enormes orelhas e a cabeça de elefante representam os dois primeiros passos para a auto realização - “Sravanam”, escutar o ensinamento e “Mananam”, refletir sobre ele. A tromba representa “Viveka”, a capacidade de discriminação entre Nitya, o eterno e ilimitado, e Anitya, o não eterno. O intelecto do homem comum está sempre preso entre os pares de opostos (as presas), o Sábio não é mais afetado por esses pares de opostos (frio-calor, prazer-dor, alegria-tristeza,etc) tendo atingido um estado de equanimidade, representado por uma das presas quebrada. O Sábio nunca esquece sua verdadeira natureza (memória de elefante).
A barriga enorme representa sua capacidade de engolir, digerir e assimilar todos os obstáculos, assim como o ensinamento escutado. O ratinho que fica aos seus pés simboliza o Ego e seus desejos com sua voracidade e cobiça, freqüentemente roubando mais do que pode comer e estocando mais do que pode lembrar. O Sábio tem o desejo sob total controle, por isso o ratinho olha para cima e aguarda sua permissão para comer os objetos dos sentidos. No dia de Ganesha é aconselhavel não olhar para a lua, pois conta os puranas que a lua riu de Ganesha voando pelo céu em seu veículo o ratinho(corpo). A lua representa o ignorante rindo do sábio. Esta imagem representa o Sábio tentando passar sua sabedoria infinita através de seus equipamentos finitos(corpo e mente).
Ganesha possui quatro braços que são utilizados na ação de destruir os obstáculos:
A mão superior direita carrega uma machadinha - Ishvara na forma de Ganesha (senhor dos obstáculos) decepa os apegos aos objetos como fonte de felicidade e a falsa identificação com o corpo, elimina os obstáculos para que possamos ter uma mente tranqüila e possibilitar o conhecimento.
A mão superior esquerda leva um laço e ou um lotus - Com o laço ele prende a atenção na verdade, na realidade suprema, ou seja no Eu absoluto. O Lotus é a natureza pura, absoluta e imaculada.
A mão inferior direita abençoa com Abhãya Mudrã - Estra mudrã abençoa com prosperidade e destemor. Freqüentemente encontramos um Japa-mala, mostrando que esta prosperidade está na forma de Japa (repetição de um mantra) a mais eficaz técnica de preparação da mente.
A mão inferior esquerda oferece Modaka - Modaka é um doce de leite e arroz tostado que representa a satisfação, a plenitude que se alcança com um caminho de disciplina e auto conhecimento.

A Ação (Goethe 1749-1832)

Está escrito:
"No começo era o verbo!"
Já começo a hesitar!
Quem me ajudará a prosseguir?
Não posso colocar tão alto o verbo
É preciso traduzir de outra maneira.
Se eu estiver bem iluminado pelo espírito, direi:
"No começo havia o pensamento."
Medita bem sobre esta última afirmação,
para que tua pena não vá depressa demais.
Foi o pensamento que criou e produziu tudo?
Não.
Seria melhor dizer:
"No começo havia a força."
Mas, no momento mesmo em que escrevo isso,
algo me adverte que devo ir além.
O espírito vem em meu auxílio,
vejo, enfim, a solução.
Escreverei com segurança:
"No começo era a ação!"

Quando eu li este poema no fim de semana senti a necessidade de tê-lo registrado aqui.
Pela sua grandeza, pelo seu sentido incrivelmente encaixado em meu contexto atual e pela profundidade que alcança, me tocou, me fez refletir sobre uma serie de coisas.
A autoria é incontestávelmente merecedora de uma homenagem.
Estava procurando uma imagem para ilustrar o post quando...
Encontrei a foto perfeita, de André Custódio lá do Megantena
Não combinamos a sincronicidade, mas já que ela se apresentou...
Eu só completaria: "Sem ação não há direção."

A ressaca de Quarta é na Quinta.



Belo dueto: Suzanne Vega e Stacey Kent.
Musica de pé de ouvido. Uma intromissão da Quarta Sonora lá do megantena aqui, no Jogando Conversa Fora Mesmo.

@drecustodio

Dentro do meu peito um desejo martelo; Uma vontade bigorna

Esta música não é nova, mas eu nunca havia parado para ouvi-la de verdade.
Ontem eu a recebi de presente com uma mensagem velada que eu tinha que descobrir, uma brincadeira de fim de tarde.
Realmente é uma bela música. 
Lenine me dá uma sensação de que existem mensagens por trás das músicas dele com vários níveis de compreensão. Talvez seja uma viagem minha, entre tantas que eu tenho.
Ganhar música de presente me encanta!


Muito do que eu faço
Não penso, me lanço sem compromisso.
Vou no meu compasso
Danço, não canso a ninguém cobiço.
Tudo o que eu te peço
É por tudo que fiz e sei que mereço
Posso, e te confesso.
Você não sabe da missa um terço
Tanto choro e pranto
A vida dando na cara
Não ofereço a face nem sorriso amarelo
Dentro do meu peito uma vontade bigorna
Um desejo martelo
Tanto desencanto
A vida não te perdoa
Tendo tudo contra e nada me transtorna
Dentro do meu peito um desejo martelo
Uma vontade bigorna
Vou certo
De estar no caminho
Desperto.



 Martelo Bigorna
(Lenine) 
"Essa faixa tem uma característica presente em meus discos, o compasso composto. Um trabalho de pesquisa rítmica com compasso composto para soar orgânico. É uma música meio autobiográfica, porque fala um pouco do desejo de você seguir o seu desenho e o seu sonho, a qualquer custo, a qualquer preço. O Quinteto da Paraíba me ajudou justamente a digerir essa polirritmia."



"Bigorna – instrumento para moldura de metal )(significado da frase – um desejo que martela, com vontade de moldar, mudar...vontade insistente )"

Devaneios de uma mente (quase) sã e (quase) sóbria

Conhecer o outro, se interessar, se apaixonar, se deixar levar pela delícia que é comprar um vestido, um batom novo, tudo isso é muito bom!
O que não é bom é o apego, a posse, a expectativa.
Expectativa, ela que ao mesmo tempo motiva, corrói, mina.
Porque o homem, dotado de inteligência, razão e coração, não pode simplesmente aproveitar aquilo que tem para hoje? (Homem no sentido de ser humano, vale lembrar.)
E, depois disso, não achar que tem uma bandeira para erguer após cada ligação não atendida ou mensagem não respondida.
Somos tão tolos, mas me alegra aqueles que, pelo menos sabem disso...
A caminhada é longa, mas disposição para o exercício é fundamental, sem ela não chegaremos a lugar algum.
Eu também quero aprender a amar o outro sem depender das manifestações dele e ser amada assim também.
Se não nesta vida, que em outra, se não neste mundo, que em outro. Eu sigo tentando, encontrar, ser achada.
Enquanto isso... exercício, muito exercício.

"Pois a sensação é boa, mas o apego não é... e estou começando a sentir e a tortura meio que começa. Também penso que vou dizer pra ele  'vamos cortar essa conexao' não fala mais comigo, nao aguento mais esperar por você e você não aparece... me consome. Mas ai o cara vem, me fala umas coisas e tudo se dissolve. Que raio, né??? Mas estou focando esses sentimentos como inimigos que eu criei, e não que o outro trouxe - são os meus venenos mentais, minhas carencias, meu apego etc... quero aprender a liberar e amar o outro sem depender das manifestações dele, e curtir o maximo quando tem. "

A vida é assim mesmo e as pessoas.. ah as pessoas...
Temos que aprender a viver e a valorizar o que se tem, assim, mesmo que seja, o que se tem para hoje!
Mais uma vez e outra para que não se esqueça:
O que é certo? O que te faz feliz e não te agride, este é o limite.
Eu sou a favor do prazer e do bem estar. Mas sou totalmente contra a minutos de prazer em troca de horas de sofrimento. No entanto, a escolha é de cada um.
"Felicidade é quando o seu pensar, dizer e fazer estão em harmonia” (Gandhi)

Papo de Homem - Eu adoro!

http://papodehomem.com.br/dr-love-responde-15-perguntas-na-sequencia-selecao-natural-beijo-grego-nelson-rodrigues/

Pergunta 1: Darwin

“O que tem a dizer sobre o medo dos homens em uma aproximação?”
–Enzo
Seleção natural.

Pergunta 2: Medo

“Dr. Love, depois de 3 anos de um namoro maravilhoso, minha namorada enfim me liberou para transar com outras garotas.
Além de querer um ménage, ela até já pediu para eu comer outra e filmar, desde que eu só goze no dia seguinte, assistindo ao vídeo enquanto meto nela. Mas tenho medo de começar a fazer isso e enfrentar o fato de que nada impede de ela fazer também.
O que faço?”
–Iago

“Aproveita que amanhã será o inverso, tá amor?”
Caro Iago,
o texto subentendido nos pedidos de sua namorada é:
“Reconheço em você um homem que me tem como mulher e cuja pulsão sexual não necessariamente se encerra em mim. Confio a você anseios que nem sequer conheço. Compreendo, e, mais, me excito, me aproprio e faço dos seus os nossos desejos. Vamos realizá-los em conjunto.”
Bravo. É pra poucos.
Não me parece a fala de uma namorada prestes a trair. No entanto, ela pode ter a tara de se fazer submissa enquanto fode tantos outros pelas suas costas, não há como saber. Não espere garantias na vida. Pra porra nenhuma.
Compre uma boa câmera e vá em frente.

A origem - Eu assistiria este filme novamente


Fiquei na viagem do filme por um bom tempo depois que eu sai do cinema.
O filme é fascinante, dinâmico e extremamente cuidadoso com o roteiro e os efeitos.
Eu quero ver novamente, se possível, no cinema, porque os efeitos valem a pena uma segunda sessão.
O filme trata basicamente dos mecanismos da mente em relação aos sonhos e numa trama fascinante como roubar e inserir informações novas na mente das pessoas através dos sonhos. Para completar a saga, o ladrão (Leonardo Dicaprio) sofre com as interferências de suas lembranças e conflitos durante suas operações nas viagens dos sonhos de suas vitimas, coisa com a qual precisa lidar para não fracassar na operação. Ação, inteligência, não desgrudei os olhos da tela nem por um segundo.
Eu adorei!
O diretor é Christopher Nolan.

"Christopher Nolan é hoje a melhor prova de que existe vida inteligente em Hollywood. Mais do que David Lynch em Império dos Sonhos, ele investiga o universo da mente em A Origem. O filme é sobre um ladrão de sonhos contratado para plantar uma ideia no inconsciente de um homem. Só nesse conceito já está impressa uma reflexão sobre o que é o cinema. Não se trata de construir sonhos, de plantar ideias no imaginário do espectador?
A Origem é, no limite, uma ficção científica, mas, como diz Nolan, o que importa não é a ciência, mas o humano. Compare com James Cameron e a imensa revolução tecnológica de Avatar. A Origem tem 400 planos digitalizados contra os cerca de 2 mil que Nolan afirma serem normais numa produção deste porte.
Ele mistura os códigos de um cinema feito para o grande público a histórias mais difíceis e até inacessíveis. É o cinema do futuro, que já chegou - popularização da alta cultura. Seu arauto foi Peter Jackson, na trilogia O Senhor dos Anéis, que adaptou da saga erudita de JRR Tolkien. Nolan tem como faróis diretores como Stanley Kubrick, Terrence Malick, Nicolas Roeg, Ridley Scott. E Orson Welles, autor do maior noir já feito - A Marca da Maldade.
A Origem - Original: Inception. Direção: Christopher Nolan. Gênero: Ação ( 148 min.)Censura: 14 anos. Cotação: Excelente" - Luiz Carlos Merten para o Estadão.