Pensamentos desconexos de um domingo friorento

Eu estou meio desorganizada ultimamente. (Ultimamente?)
O fato é que muitas coisas fervilham dentro de mim ao mesmo tempo e com tanta intensidade que não tenho tido espaço para organizar palavras e produzir alguma coisa lúcida e compreensível.
Então, me perdoem os seguidores e leitores casuais que passam por aqui. É o momento da colheita desordenada.
Estive lendo hoje sobre Teosofia e fiquei tão extasiada que o ar deixou de circular no meu corpo, eu fiquei em estado de apnéia.
Depois, ouvi Simonal, dancei um pouco pela sala, fumei um cigarro e pensei em beber um vinho, mas desisti porque desejo meditar. Veja a confusão!
Pensamentos revoltos e soltos formam verdadeiro vendável na minha mente. Por isso a meditação é essencial. Preciso organizar e absorver o fluxo e não me deixar tomar por isso.
Acontece que eu sou humana, tão humana e mundana como qualquer ser que transita por este solo.
Quero conhecer os mistérios, desvendar meu interior mais profundo. Quero saber o que transita, o que move, o que me emociona, quero a paixão pelo sagrado, pelo profundo de todas as coisas.
Então, as coisas do homem também me encantam e descobri uma palestra fantástica do Marco Aurélio Bilibio que me apaixonou por dias, me tocou, conversou comigo, me fez flutuar em estado de graça. Tudo bem, você pode pensar que eu me apaixono assim, tão fácil, e você tem razão. Eu não ligo, contanto que o objeto dessa paixão flutuante e fugaz, seja ao mesmo tempo repleta de informação nova, de renovação, de apnéias. Eu aceito, satisfeita, a intervenção que me leve às estrelas, mesmo que seja por algum momento!
E as nossas relações mundanas e ordinárias, aquelas que servem apenas para a descarga de dopamina e serotonina, além de hormonios provocativos da libido? Ahhh, estas eu também aceito, porém com mais critério seletivo. Há que se ter alguma coisa que me intrigue, me instigue e que me provoque. É só um homem, querendo um pouco de atenção e sexo prazeroso... Ok, mas eu quero a minha parte!
E hoje é domingo, está um friozinho daqueles bem gostosos de se fazer vadiagem até o fim do dia, da noite, do gáz...
Um pouco de música, luz de velas para deixar o ambiente propício, não tem nada a ver com romance, tem a ver com um pouco de cuidado e pertinência para não deixar um domingo de vadiagem cair na oportunidade perdida.
Veja até onde vai a minha mente sã e lúcida, hahahahahaha.
De Helena de Blavatsky e os mistérios do oculto até meus desejos carnais e emocionais mais mundanos!
Eu sou humana, por que não? E é uma delícia!

3 comentários:

  1. É a melhor parte, ser humano, simples.
    Muito bom este texto.
    abraços

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  2. Paulinha, você decididamente é uma mulher interessante ... precisamos tomar um café (ou a garrafa de vinho descartada) qualquer dia desses ...

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  3. Devia ter tomado o vinho, e meditado em seguida. Mas aí vc. cairia numa grande armadilha, se optasse pelo vinho tinto sua libido aumentaria, estudos comprovam isso.
    Eu faria o mesmo que vc. fez...escreveria. Seu texto tá demais !
    Parabéns !

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