Conselho do dia, ou melhor, da madrugada

Não desperdice afeto, a fonte de onde ele nasce não é eterna.
É bom receber um cafuné, um carinho, um momento de atenção.
Quem não gosta deve ser ruim da cabeça, ou doente do... do pé que não é!

Algumas coisas que toda mulher deveria saber sobre relacionamentos

Aos meus, aos seus, aos nossos ...
Às minhas amigas, um brinde!

Algumas coisas que toda mulher deveria saber sobre relacionamentos (por Andréa Lima):
Se o cara diz com uma semana de relacionamento que te ama, acenda a luz vermelha:
Ou ele está empolgado e tá confundindo paixão com amor;
Ou ele está mentindo mesmo.
Pela minha experiência a segunda opção geralmente é 95% mais certa de ser a verdadeira, por isto amiga dois pezinhos atrás e nenhum à frente, muito provável que você saia estrupiada deste relacionamento.
Se o cara diz que é complicado, ele é complicado mesmo e se tiver afim de algo mais light, fuja no início.
Se o cara acha que cada vez que você liga para ele ou que olha para ele é porque você está regulando tudo que ele faz, e que qualquer conversa amena, como por exemplo querer saber como ele está, mesmo que você seja totalmente sincera, e ele sempre achar que você está invadindo o espaço dele:
Ou ele tem trauma advindo de algum relacionamento anterior;
Ou ele é daqueles que vê cabelo em ovo onde nem cabelo existiu.
Se você é daquelas que tentam de tudo para agradar a pessoa, está com ela porque realmente tem prazer na companhia dela, porque se importa com ela, porque acredita que a pessoa valha a pena e até entende as dificuldades pelas quais esta pessoa passa, tenta ser o mais compreensiva possível e vê a pessoa se afastando quando vê que você é um ser-humano como ela e que também tem dificuldades e problemas na vida, então amiga, mude sua postura. Seja tudo que sempre foi, mas com a pessoa certa, a pessoa certa vai saber te valorizar, não dê pérolas aos porcos.
Se o cara sempre fica falando das exs quando está com você, cuidado! Há algum assunto pendente e não vai ser você que resolverá a pendência, repetindo o que foi dito acima: dois pezinhos atrás e nenhum à frente, muito provável que você saia estrupiada deste relacionamento.
Não pense que sexo excelente prende namorado. Se fosse assim toda prostituta seria casada! O que prende de verdade é o que se é e o que se representa para alguém. Sexo bom, médio ou excelente é só complemento de algo que já existe anterior a este.
Se o cara diz que só quer ser seu amigo, mesmo depois de ter te dados uns beijos e você ficou achando que poderia evoluir para algo mais, acredite nele amiga, ele realmente não quer nada com você. Então saia fora antes de se machucar.
Se o cara tem uma paixão antiga e mal-resolvida, coleguinha, saí fora. Ele vai ficar com você, você irá se apaixonar por ele, mas ele sempre estará com ela. Portanto pule fora antes de entrar.
Se o cara tem problemas na vida dele e não te convidou para ajudá-lo, não entre sem bater, corre o risco de você levar uma portada na cara.
Amigas de verdade não cantam namorados ou paixões da outra amiga.
Se você arrumou uma amiga que apareceu na sua vida pela internet, cuidado! Procure avaliá-la antes de adicionar ao seu grupo de verdadeiras amigas: se ela traí o marido, tem um amante e ainda trai o amante, com certeza não terá o menor problema em fazer o mesmo com você (que ainda por cima é mulher).
Ainda no quesito amiga de internet: muita efusividade é sinal de pouca profundidade em relacionamentos, geralmente a efusividade é uma forma de chamar a atenção para si e que na verdade é característica de pessoas inseguras ou seguras demais de si e neste último caso, de pessoas altamente egoístas, quiçá hedonistas.
Nunca, jamais, em tempo algum se abra para uma amiga de internet antes de saber o terreno que está pisando. Deixe ela falar da vida dela, mas nunca fale da sua, principalmente de seus sentimentos.
Enfim, todo cuidado é pouco. Observe sempre e aprenda com os erros.
http://sempretensaoii.zip.net/

Estar ao lado sem pesar com a presença

Estar ao lado sem pesar com a presença.
Eu li sobre isso em um Blog que acompanho, quis conhecer o texto completo (reproduzi abaixo) porque me fez pensar e fiquei com vontade de expor por aqui até onde foram minhas reflexões sobre o tema.
É difícil saber a dose certa, se aquela preocupação, aquele cuidado, aquele carinho vai surtir o efeito de afeto e não vai pesar para o outro, muito difícil.
Às vezes eu sinto que o mundo vai acabar amanhã e ai eu quero ter perto todas as pessoas que eu amo. É uma via sacra literalmente.
Uma porque é impossível, numa cidade como São Paulo, você conseguir encontrar a todos, outra nem todo mundo está com esta disposição (achando que o mundo vai acabar amanhã).
Eu tenho amigos que eu falo todos os dias e quando eu não falo, nossa que coisa, eu coloco minha cabeça no travesseiro e é como se estivesse indo dormir sem escovar os dentes, faltou alguma coisa...
Tenho amigo que me liga todo dia, mesmo que seja rapidinho, só pra dizer um oi.
Tenho amigo que me dá um oi no MSN e pergunta se eu estou bem, realmente porque quer saber se está tudo bem por aqui (sem aquele papinho de quem está desocupado procurando alguém para teclar). Até porque meus amigos sabem que eu não fico de papinho no MSN, não gosto, não tenho paciência.
Tenho amigo que não me liga, mas que por alguma razão eu sinto que preciso falar com ele e dizer um Oi, estou por aqui, como você vai?
Tenho amigos que não falo muito, não vejo muito, mas adoro estar perto e quando acontece é como se estivéssemos sempre juntos.
E tudo isso é muito bom e eu tenho medo de perder.
Eu tenho amigo que me ensinou que nem todo dia é dia de florzinhas e que às vezes eu peso sim, mesmo sem a minha presença. (Ok, vou fazer diferente, tentar ao menos)
Às vezes eu sou urgente e sinto que o mundo vai acabar amanhã, isso me faz pensar que é uma pena porque eu queria passar mais tempo com eles. E ir visitar aqueles que eu sempre penso e não consigo ir. E visitar menos aqueles que eu vejo sempre e ficam sem a oportunidade de sentir saudade. Não pesar.
Esta vida maluca que me faz passar mais tempo no transito, menos tempo fazendo as coisas que me dão prazer, também trouxe para minha história pessoas muito especiais. Nem sempre eu consigo ver a todos, mas a agradeço por estarem aqui.
Não dá para agradar a todos. Uns acham que você sempre pode fazer mais, outros acham que você já faz demais.
Eu, neste momento, estou dando uma pausa em tudo.
Então, vai o recado:
Se eu não aparecer, apareça você.
Se eu pesar com a minha presença, me diga, isso não vai me magoar.
Se não for dia de florzinhas eu também vou entender.
Porque só os amigos verdadeiros tem a licença e a ousadia para dizer certas coisas.

Quindim da portaria (Martha Medeiros)
Estava lendo o novo livro do Paulo Hecker Filho, Fidelidades, onde, numa de suas prosas poéticas, ele conta que, antigamente, deixava bilhetes, livros e quindins na portaria do prédio do Mario Quintana: “Para estar ao lado sem pesar com a presença”.
Há outras histórias e poemas interessantes no livro, mas me detive nesta frase porque o não pesar os outros com nossa presença é um raro estalo de sensibilidade.
Para a maioria das pessoas, isso que chamo de um raro estalo de sensibilidade tem outro nome: frescura.
Afinal, todo mundo gosta de carinho, todo mundo quer ser visitado, ninguém pesa com sua presença num mundo já tão individualista e solitário.
Ah, pesa.
Até mesmo uma relação íntima exige certos cuidados.
Eu bato na porta antes de entrar no quarto das minhas filhas e na de meu próprio quarto, se sei que está ocupado.
Eu pergunto para minha mãe se ela está livre antes de prosseguir com uma conversa por telefone. não faço visitas inesperadas a ninguém, a não ser em caso de urgência, mas até minhas urgências tive a sorte de que fossem delicadas.

Pessoas não ficam sentadas em seus sofás aguardando a chegada do Messias, o que dirá a do vizinho.
Pessoas estão jantando. estão preocupadas.
Pessoas estão com o seu blusão preferido, aquele meio sujo e rasgado, que elas só usam quando ninguém está vendo.
Pessoas estão chorando.
Pessoas estão assistindo a seu programa de tevê favorito.
Pessoas estão se amando.
Avise que está a caminho.
Frescura, jura?
Então tá, frescura, que seja.
Adoro e-mails justamente porque são sempre bem-vindos, e posso retribuí-los sabendo que nada interromperei do lado de lá.
Sem falar que encurtam o caminho para a intimidade.
Dizemos pelo computador coisas que face a face seriam mais trabalhosas.

Por não ser ao vivo, perde o caráter afetivo?
Nem se discute que o encontro é sagrado.
Mas é possível estar ao lado de quem a gente gosta por outros meios.
Quando leio um livro indicado por uma amiga, fico mais próxima dela.
Quando mando flores, vou junto com o cartão.
Já visitei um pequeno lugarejo só para sentir o impacto que uma pessoa querida havia sentido, anos antes.
Também é estar junto.
Sendo assim, bilhetes, e-mails, livros e quindins na portaria não é distância: é só um outro tipo de abraço.

Sobrevive quem eu alimento

Dentro de mim existem tantas...tantas que as vezes me surpreendo com uma que ainda não tinha se mostrado para mim.
Quem toma a rédea? Depende do tipo de situação.
E as vezes dentro de uma situação aparece esta uma que ainda não tinha tido a oportunidade.
Com doçura, mas com firmeza ela me mostrou um caminho que eu não tinha percebido, me pegou pela mão, cantou uma bela canção, me mostrou um horizonte, acariciou meu rosto e me disse coisas ao ouvido. Coisas doces e difíceis, coisas de escolha, coisas de amor e cuidado comigo mesma.
Só eu sei a dor a delícia de ser o que eu sou, só eu sei, ninguém por mais próximo que tenha chegado, pode avaliar, a custa de que este universo foi formado e é mantido.
Esta é a minha escolha, somente minha.
É uma brasa que pode virar uma linda chama ou se apagar.
Este é o ponto, colocar mais lenha para queimar ou observar a beleza da brasa se acabando por si só. Por si só é sempre o fim.
Afinal só sobrevive quem eu alimento.

Música de bailinho em casa

Andar na chuva

Hoje eu estou indo dançar, mas o que queria mesmo era estar na praia, andando na chuva numa tarde de verão.
E que a praia fosse somente minha.
E que a brisa fosse morna.
Eu queria abrir os braços e sentir as gotas batendo no meu rosto e a brisa refrescando um tanto mais.
No final da caminhada haveria uma linda cachoeira, também só minha, onde eu poderia me banhar e esticar meu corpo numa pedra, fechar os olhos e ouvir o silêncio, quebrado apenas pelo essencial...

O essencial é só ouvir as batidas do coração...

Não posso andar na chuva, então irei andar nas nuvens... será?
Quem sabe o que virá?

Com a palavra, Vinicius de Moraes

A maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a dor do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana.

A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo,
o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro.

O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e ferir-se, o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo. Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a angústia do mundo que o reflete. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes de emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto de sua fria e desolada torre.

Estrelinhas, estrelinhas...

Essa é só para não esquecer do dia que a vida me surpreendeu com o esperado. (Sim foi o esperado mesmo)
E as estrelinhas... ah as estrelinhas... ainda posso vê-las acompanhadas de um certo brilho difícil de se achar. Dia das estrelinhas é assim que vou chamar. E vai ficar registrado para que eu não esqueça mesmo, porque foi especial e este dia não volta.

Saudade, saudade imensa, saudade sempre...

Só mais esta vez

Ela acordou, abriu os olhos devagar e sentiu uma respiração quente na sua cabeça.
Ela estava aninhada no peito dele, dormiu assim, e o pescoço gritando logo cedo.
Saiu do peito de mansinho, ele se mexeu, resmungou e continuou dormindo.
Ela ficou a observa-lo.
Aquela respiração forte combinava com ele.
Já havia determinado por mais de uma vez que isso não aconteceria novamente, e lá estava ela, naquela cama, naquele peito, ouvindo aquela respiração.
"Que boca bem desenhada ele tem, safado!"
Ele a seduziu, não que ela não quisesse ser seduzida, não era isso, mas ele fez por merecer aquela noite. Desde o primeiro cruzamento de olhares ela já soube que iria acordar com ele, não havia como escapar.
Ele é mulherengo, do tipo Don Juan, apaixona-se pela conquista, ela tentava se justificar.
Ele tem mãos lindas e lembrar daquelas mãos desenhando seu corpo na noite anterior, derrubava qualquer justificativa.
Ele sabe iludir, de um jeito que você até contribui para não descobrir a verdade jamais. É o canto da sereia em versão masculina. O tipo que te encanta e te leva pro fundo do mar.
Apaixonante, encantador, envolvente.
Quando se está com ele tem a sensação de que é a mulher mais importante da face da terra e da vida dele.
Quando se está em seus braços é impossível não se sentir amada por ele, impossível.
Olha que armadilha perfeita. Quanto maior a altura, maior o tombo.
Ela olhou para ele novamente, aquele corpo hummmm... dormia profundamente.
Por que ele a escolheu? Haviam muitas mulheres na festa, interessantes, bonitas. Porém, ela disse "não" e escapou rapidamente. O desafiou o atraiu com certeza.
Ela se levantou da cama como um gato, não fez nenhum barulho, juntou suas roupas e foi se vestir na sala.
Se ficasse mais um minuto iria pular em cima dele de novo e não iria largar nunca mais.
Claro que depois de um tempo iria se perceber tão apaixonada que não poderia mais fugir e ele poderia fazer dela o que quisesse ou não quisesse mais simplesmente.
Meu Deus, que mulher consegue colocar a cabeça no travesseiro e dormir em paz tendo um Don Juan como namorado? Só se for cega, surda e muda!
E aquele beijo? O que foi aquele beijo? Ficou de perna bamba...foi ai que ela não quis mais resistir, depois daquele beijo esqueceu de tudo.
Ela colocou o sapato quando já estava na porta, depois de escrever o bilhete.
"Bom dia, adorei te encontrar, foi ótimo. Tive que sair muito cedo porque tenho outros compromissos. Um bj."
Respirou fundo, "é melhor assim", e saiu pela porta.
Foi só mais esta vez.

Os detalhes sórdidos do cotidiano


Se existe uma coisa que me tira o bom humor são os detalhes sórdidos da vida ordinária.
Socorro! Isso me irrita profundamente e não tem como fugir deles. Se eu ficar o bicho come, se eu correr o bicho pega.
Pensar no varal que quebrou, no cano que entupiu, na revisão do carro, no IPVA, licenciamento, no documento do carro que ficou bloqueado no Detran, aiiiii, socorro!
E as milhares de contas pra pagar, sem ter de onde tirar, e a maçaneta do armário que já era, e o chuveiro que não esquenta direito, e os quadros para pendurar, as fotos para organizar, os documentos para arquivar. Ufa, cansei só de listar!
Só de pensar me desespera, tenho vontade de gritar! Não quero fazer nada disso, não quero!
Em instantes a "neura" responde: -Se você não fizer, quem fará?
Ah vida ordinária! Que porre ter cuidar de você!
Eu queria sumir e só voltar depois que tudo isso estivesse pronto. Por quem? Sei lá, qualquer pessoa. Não importa.
Quero ir para um lugar onde eu não precise pensar em nada disso, uma vida simples, sem neurose, sem stress, sem burocracia, sem, sem, sem...
Quero ir pro Vilarejo da Marisa.

"Há um vilarejo ali
Onde Areja um vento bom
Na varanda, quem descansa
Vê o horizonte deitar no chão

Pra acalmar o coração
Lá o mundo tem razão
Terra de heróis, lares de mãe
Paraiso se mudou para lá

Por cima das casas, cal
Frutas em qualquer quintal
Peitos fartos, filhos fortes
Sonho semeando o mundo real

Toda gente cabe lá
Palestina, Shangri-lá

Vem andar e voa

Lá o tempo espera
Lá é primavera
Portas e janelas ficam sempre abertas
Pra sorte entrar
Em todas as mesas, pão

Flores enfeitando
Os caminhos, os vestidos, os destinos
E essa canção
Tem um verdadeiro amor
Para quando você for"
(Vilarejo - Marisa Monte)

Festas, baladas e afins

Eu sou como a maré e mudo de formato como a lua.
Hoje estou pensando em ler mais, ficar mais em casa e deixar um pouco o circuito de baladas, festas e afins. Isso sempre acontece. Depois de um período curtindo por ai eu me fecho na caverna. É só dar o tempo de enjoar mesmo. Aquele frenesi da diversão fugaz é uma delícia, mas depois de um tempo experimentando parece sempre igual e cai na rotina. Para tudo tem a sua hora.
Na verdade isso faz parte da arrumação da casa que eu preciso fazer. Não dá pra arrumar a casa saindo as oito da manhã e voltando as depois das duas da madrugada, não tem como, afinal eu também preciso dormir.
Vou dar um tempo, quem sabe em casa, olhando para estas coisas eu tomo vergonha na minha cara e faço o que tenho de fazer.
Fora que eu tenho uma pilha de livros para ler, encostados desde que esta fase de curtição começou.
Hora de arrumar a casa!
Estou deixando de ver tudo muito difícil. Já era tempo!

É para você mesmo!

Heiiii, eu estava te chamando, agora eu estou gritando, surtando, como já era de se esperar...
Não faz assim vai...

A realidade é impiedosa

Hoje a realidade bateu na minha porta, ou melhor na minha cara!
MINHA VIDA ESTÁ UMA BAGUNÇA COMPLETA!!!
Eu deixei me levar pelo comodismo, pela preguiça, pela distração e agora a bagunça caiu em cima da minha cabeça.
Hora de arrumar a casa, literalmente.
Ou isso ou o caos, e o caos me desespera. Aliás, eu já estou desesperada.
E isso sou eu comigo mesma, ninguém pode me ajudar.
Mesmo assim lá vai:
Socoooroooo! SOS, help, M"aider in venez m"aider, may day

Sincronicidade - Os homens e a paixão

Se tem uma coisa que eu respeito é a sincronicidade. O que isso tem a ver com a paixão e os homens? Uma coisa de cada vez...

Direto da Wikipédia:
Sincronicidade é um conceito desenvolvido por Carl Gustav Jung para definir acontecimentos que se relacionam não por relação causal mas por relação de significado. A sincronicidade é também chamada por Jung de "coincidência significativa".
O termo Sincronicidade foi utilizado pela primeira vez em publicações científicas em 1929, porém C.G.Jung demorou ainda mais 21 anos para acabar o livro "SINCRONICIDADE: UM PRINCÍPIO DE CONEXÕES ACAUSAIS", onde expõe o conceito e propõe o início da discussão do assunto. Um de seus últimos livros e segundo ele o de elaboração mais demorada devido a complexidade do tema e da impossibilidade de reprodução dos eventos em ambiente controlado.
Basicamente, é a experiência de se ter dois (ou mais) eventos que coincidem de uma maneira que seja significativa para a pessoa (ou pessoas) que vivenciaram essa "coincidência significativa", onde esse significado sugere um padrão subjacente.
A sincronicidade difere da coincidência, pois não implica somente na aleatoriedade das circunstâncias, mas sim num padrão subjacente ou dinâmico que é expresso através de eventos ou relações significativos. Foi um princípio que Jung sentiu abrangido por seus conceitos de Arquétipo e Inconsciente coletivo.
Acredita-se que a sincronicidade é reveladora e necessita de uma compreensão, essa compreensão poderia surgir espontaneamente, sem nenhum raciocínio lógico. A esse tipo de compreensão instantânea Jung dava o nome de "insight".
Jung afirmava que temos quatro funções básicas: razão, emoção, sensação e intuição. No nosso ser, geralmente uma delas é predominante. Mas quando trabalhamos internamente estas funções na direção do equilíbrio, uma nova função é acrescentada: a sincronicidade.
Agora que já esta bem explicadinho, vamos ao que interessa.
Ontem eu visitei um blog que tinha um pedido de conselho de um cara casado que sentia falta daquele frescor do namoro, casado a quatro anos, um filho, rotina, falta de tesão, blá blá blá blá, aquela clássica velha de guerra, a pessoa casa achando que casamento é namoro e quando cai na real não sabe o que fazer. Dei meu pitaco, claro, mas me mantive na minha.
Ontem de noite ainda um amigo (mega-ultra fofo que eu amo) me contou sobre um programa de rádio que consiste nas pessoas ligando para o terapeuta pedindo conselhos. O ouvinte ligou e perguntou o que deveria fazer, tinha uma mulher muito legal, um filho, não brigavam, viviam muito bem, não tinham problemas financeiros, nem de convivência, mas ele estava apaixonado por uma colega de trabalho. "Oh e agora o que eu devo fazer? Largo minha esposa e fico com a mulher pela qual me apaixonei?"
Hoje pela manhã um colega me contou a história de um amigo que depois que casou parou de jogar bola com os amigos porque a esposa não gostava, para evitar briga e tal, blá blá blá, agora esta sentindo falta dos seus amigos, do futiba, etc.
Eu nunca assisto novela, fui visitar um amigo que a mãe estava assistindo novela, qual era a cena? O personagem lembrando da vida boa que tinha com a mulher (que ele abandonou), agora que tinha tomado um fora da amante que ainda fugiu com todo seu dinheiro.

Resposta do terapeuta:
"Você tem uma boa mulher, situação conjugal tranqüila, filho com saúde, situação financeira confortável, ou seja uma vida agradável e confortável, você já tem muita coisa! Olha pra sua vida, é muito difícil que a sua vida com a colega de trabalho seja melhor do que esta, cai na real. Amigo, você já tem o que muita gente nem sonha e ainda está insatisfeito?

Pensamento do personagem da novela: "Eu tinha uma vida perfeita, maravilhosa e achava aquilo um castigo, meu Deus como eu fui idiota!"

E eu vivendo minha vida no tormento sobre estar ou não apaixonada, eis a questão. Será que já fui, será que senti, como seria, como foi, e eu apaixonada será?
Quanto gasto de energia inútil!
Que idiota!
A paixão avassaladora é linda, quente, barulhenta, fantástica, nos livros, nos poemas, nos filmes, nas novelas, etc, etc, etc.
Na vida real bom mesmo é a paz. É encostar a cabeça num peito confortável que te faça pensar que ali é o lugar mais seguro do mundo, que ali é o seu lar, seu porto de paz, sua fonte de aconchego, de energia, de AMOR.
Paixão é o vendaval. Amor é a varanda numa rede apreciando o por do sol como se o tempo parasse e o coração sorrisse.

Eu concordo com o Frejat e Cazuza.
"Eu quero a sorte de um amor tranqüilo, com sabor de fruta mordida".
Difícil saber o que foi que conseguiu essa proeza de colocar na cabeça de todo mundo que a vida sem paixão não tem graça, puta palhaçada! Até acho que a paixão pela vida seja agente motivador, seja graça, mas a paixão por outro ser humano ... Ou vira amor e tranqüiliza ou vira inferno e atormenta.

Estou começando a achar que as coisas não são tão difíceis assim, a gente é que complica. Oh mania besta de achar o complicado com mais graça...

Carlos Drummond de Andrade - Homenagem







Tenho achado tudo muito difícil

Realmente o amor fez diferença neste feriado, estava tão próximo que era praticamente uma presença. Uma presença que é boa de se ter por perto, estava ao meu redor.
Fui madrinha de um casal que eu amo demais e que se ama como poucos casais, pessoas raras produzem sentimentos raros e relação mais raras ainda.
Ver este encontro me deixou renovada.
O perfume que eles espalharam de alguma forma me tocou também.
Tenho achado tudo muito difícil ...
Tenho tido dificuldade em acreditar, e fatos contrários a esperança chegam até mim sem que eu quisesse ver.
Me sinto com a razão de quem acerta uma previsão que preferia errar. Será isso a desilusão?
Não é uma tristeza, é só uma constatação. Eu já sabia, eu já sabia.
Estou com sede, rodeada de água que não posso beber. Como se estivesse no mar, quanta água, mas salgada.
Uma constatação calma.
Eu queria sentir, queria saber o que faz brilhar aqueles olhares dos noivos de ontem.
E os olhares que eu vejo na minha direção poderiam encher aquilo que não é o bastante para mim. Aquilo que no fundo eu desprezo.
Eu sei do que estão cheios aqueles olhares, sei de um por um, nenhum me basta, nenhum me satisfaz.
Eu sei o que eu quero, quero um olhar que me faça sentir, que me preencha por inteira, quero um olhar que me desperte um sorriso, uma luz, uma certeza que me faça ceder.

Eu queria ter...

Eu queria ter o talento mágico de saber usar as palavras para exprimir todas as minhas divagações, minhas constatações, meu pensamentos mesmo que desconexos...
Muitas vezes não saem como eu quero, muitas vezes simplesmente não saem. E as vezes saem truncadas.
Comunicação é um dom, eu queria tê-lo.

Continuo achando tudo muito difícil...

O que é importante

A importância das coisas é você quem dá.
As vezes nos enganamos na proporção, na intensidade, mas sempre é tempo de recuperar, sempre é tempo de se dar valor ao que é realmente importante, aquilo que faz a diferença.
É bom se sentir importante, é uma delícia sentir que é importante para alguém, isso é que é valioso.
Sentir-se importante para alguém não é achar que é, é realmente ser, são fatos, atos, não idéias vagas na cabeça, ilusão, sonhos.
Sentir-se importante na vida de outra pessoa é um privilégio, essencialmente quando aquela vida também é importante para você.
É o encontro.
O contrário também é digno de citação.
Não se deixar levar pela queda livre da expectativa de ser importante para alguém. Essa expectativa é como um cálice de amargura que você vai tomando aos poucos.
Afasta-se deste cálice!
Não há dúvidas quando se é, não resta a menor dúvida, você simplesmente importa mais para aquela pessoa do que para todo o resto do mundo. É uma certeza inexplicável e maravilhosa quando é recíproca.
Todo mundo quer ter essa importância para alguém, é humano, é totalmente humano.

Pelo Dia dos Namorados

Porque um beijo diz mais do que você poderia, mesmo que não haja mais nada a se dizer...





Porque abre portas e instiga a curiosidade



Feliz dia dos namorados!
Para quem está namorando e para quem está solteiro...
Aproveite a energia do dia para você, hoje a energia do amor está por toda parte, desfrute-a!
Não precisa sair beijando todo mundo, mas deixe o mundo beijar você, sinta e deixe entrar esta energia quentinha.

Jane Eyre

"O coração humano tem tesouros ocultos.
No segredo mantido, no silencio...
No silencio selado...
Os pensamentos, as esperanças, os sonhos, os prazeres...
Cujo o charme se romperia se revelado"

É preciso deixar entrar

É preciso deixar entrar.
Ouço as batidas e me pergunto se quero receber visitas.
É preciso deixar entrar.
Sinto cheiro de comida fresquinha vindo do corredor.
Entrou sem que eu permitisse e me invadiu a fome.
É preciso deixar entrar o novo.
O que já se conhece entra e sai sem permissão.
O novo precisa de licença, boas vindas, recepção.

O anjo mais velho - O Teatro Mágico

"O dia mente a cor da noite
E o diamante a cor dos olhos
Os olhos mentem dia e noite a dor da gente"

Enquanto houver você do outro lado
Aqui do outro eu consigo me orientar
A cena repete a cena se inverte
Enchendo a minh'alma d'aquilo que outrora eu deixei de acreditar

Tua palavra, tua história
Tua verdade fazendo escola
E tua ausência fazendo silêncio em todo lugar

Metade de mim
Agora é assim
De um lado a poesia, o verbo, a saudade
Do outro a luta, a força e a coragem pra chegar no fim
E o fim é belo incerto... depende de como você vê
O novo, o credo, a fé que você deposita em você e só

Só enquanto eu respirar
Vou me lembrar de você
Só enquanto eu respirar

Divagações e vinho tinto

Eu queria ter certezas que nunca tive e sonhar com algo que não acredito, mas que invejo naqueles que conseguem acreditar sem ver.
No fundo somos todos coadjuvantes de um palco que possui um enorme vazio no centro, um vazio que tentamos desviar e nem sempre é possível.

Eu queria sentir alguma coisa diferente que me fizesse sonhar, sair do chão. Não acredito que isso possa acontecer, mas queria muito.
Descobrir onde foi que deixei essa capacidade de acreditar.
“Só começa a viver quem já perdeu tudo” (Ultimate gift).
Às vezes o tudo é somente aquilo que temos de mais precioso e é diferente para cada pessoa.
Cada um cria e valoriza o seu próprio tesouro. E, pode ser que aconteça de se enganar, e valorizar algo que só parece importante, mas não é.
Seria tão mais fácil dar o devido a valor ao que é realmente importante, sem que fosse preciso prová-lo com a perda, o risco.
Um dia perfeito com pessoas que se amam pode parecer efêmero, mas é um tesouro inestimável, e talvez existam pessoas que passem a vida inteira sem experimentar.
Uma vez eu senti que estava acabada, que tudo tinha desmoronado a minha volta.
Eu me senti a pessoa mais perdida da face da terra, meu chão sumiu e eu comecei a cair, cair e cair, num poço que eu não via o fundo, era somente uma descida sem fim.
Até que ... tuuummm. O fundo do poço chegou e eu percebi que o fim não havia chegado, era só o fundo poço e eu ainda estava viva.
E, quando se está viva no fundo do poço não há muito que fazer a não ser começar a procurar a superfície. Foi o que eu fiz.
Naquela ocasião não tive forças para buscar uma mão que me impedisse de cair tão fundo.
Hoje eu penso que seu eu caísse novamente não precisaria de forças para buscar ajuda, ela simplesmente viria sem que eu precisasse sequer pensar.
Meu maior tesouro são as pessoas que eu amo, aquelas que me estendem a mão sem eu pedir, aquelas que sabem sem que eu precise falar. Os meus amigos são o meu tesouro.

Minha idéia era escrever uma coisa e acabou que saiu outra.
A escrita para mim é assim, um filho que eu ainda não sei o sexo, não vi a cara e quando nasce é uma surpresa.
Minha escrita é livre e nem sempre publicável, mas quando nasce vem lá do fundo da minha alma como um grito suplicando liberdade. Um grito que eu atendo e deixo solto.
Ultimamente tenho achado tudo muito difícil...

Invasão de privacidade

Ela estava no banheiro, pensando no que iria dizer. Ele estava na sala esperando que ela voltasse do banheiro para terminarem aquela discussão. Ele havia finalmente descoberto que ela o traia com um homem chamado Ro.
Era muito difícil de acreditar, mas as mensagens no celular dela, eram irrefutáveis, "estou com saudade de você", "te adoro", "depois que eu sair daqui a gente se encontra" "deixa ele dormir que eu te ligo", "adorei te ver ontem, vamos repetir isso". E somente as mensagens enviadas estavam lá, as respostas foram apagadas.
Ela no banheiro, relembrava como foi que chagaram até esse ponto. Se conheciam a 4 meses, ela não estava super apaixonada, mas gostava de estar com ele, ela achava que poderia se apaixonar, por isso foi mantendo a relação. Ele era gentil, estava sempre disposto a ajudá-la em tudo, enfim uma pessoa boa, tirando o fato de ser ciumento (isso a estava deixando na dúvida). Eles se davam muito bem, gostavam das mesmas coisas, se divertiam juntos e faziam planos de viajar para muitos lugares. O sexo entre eles era ótimo, ou seja, tinham muitas chances de se tornarem um casal realmente assumido e tudo mais.
Mas como isso foi acontecer? Ela estava se penitenciando por deixar o celular fora da bolsa. "Como pude ser tão displicente?"
Pensou nos momentos tão bons que passaram juntos, ponderou sobre tudo, precisava sair daquele banheiro, precisava tomar uma decisão. Contava tudo pra ele ou inventava uma mentira? Não mentira não, o ultimo relacionamento que teve era uma mentira e não queria mais isso. Foi isso que a fez se decidir.
Ela foi em direção a sala, a mulher mais decidida da face da Terra, pegou o celular discou "Ro amor, você pode vir me buscar? O endereço é (...)vem logo por favor."
Ele olhou para ela estupefado, "como ela tinha coragem de chamar o amante para vir busca-la na casa dele?"
Ela olhou pra ele decidida, "infelizmente esse não é o tipo de relação que eu quero pra mim, não gosto de me sentir vigiada, não suporto que desconfiem de mim e não admito que invadam a minha privacidade. O que você fez foi uma agressão para mim, tão grave quanto uma agressão física, está me doendo, me ofendeu, e eu não quero estar com alguém pode me ferir dessa forma.
Ele conseguiu dizer. "Você me enganou e eu não me merecia isso"
Ela: "Eu nunca te enganei, nunca te desrespeitei, nunca menti para você, e é por isso que eu vou embora, o tipo de coisa que você é capaz de fazer para se achar na razão de vasculhar as coisas do outro é o que faz com o outro queira te enganar, eu não irei entrar nesse jogo."
A campainha tocou, ela foi abrir a porta, já sabia quem era.
Entrou uma mulher alta, bonita, super elegante.
"Paulo, esta é a Ro, minha melhor amiga"
"Ro, este é o Paulo, meu ex namorado"
Ele estava perplexo, "como assim sua melhor amiga, você nunca falou dela!"
Ela:"Você não precisava saber tudo sobre a minha vida para confiar em mim, bastava respeitar o fato de que eu já tinha uma vida antes de te conhecer e que ela não parou só porque você surgiu, você invadiu minha privacidade e isso eu não admito. Quem faz isso, faz pior, e eu não quero estar aqui para ver. Adeus Paulo"

Quando alguém faz uma coisa que te agride e você releva, não dá importância, você permite que aquilo ou coisas parecidas aconteçam novamente. Você permite a entrada, permanência ou não das pessoas na sua vida, mais ninguém, somente você mesmo.

Isso também faz parte da minha graça

"Eu queria poder usar a delicadeza que também tenho em mim, ao lado da grossura de camponesa que é o que me salva." (Clarice, sempre ela)

Esquecida, eletrica, dispersa, independente, intuitiva, exagerada, fatalmente dramática (só as vezes e para fazer graça).
Eu queria ser mais silenciosa, mas não sou. Eu queria ter a simplicidade da minha avó, quem dera tivesse.
Des-colada, apegada em poucas coisas, mas querendo desapegar de tudo. Ser livre é não ter apego. Apego, eu escrevi, não amor. Amor e apego são coisas distintas, que a humanidade teima em juntar numa coisa só.
Deus nos deu o amor para nossa felicidade e o homem inventou o apego para sua dificuldade.
Vontade de abraçar todo mundo e depois sair correndo gritando que a vida é isso ai, um grande abraço cheio de amor, regado a vinho e uma boa comida.
A intensidade das coisas é como uma onda de calor que vai crescendo ou morrendo dependendo do que a alimenta.
Eu sou assim meio esquecida dos fatos, dos fatos, não das emoções, estas eu guardo bem guardadinho.
E eu sei de coisas que eu não queria saber, mas sei de uma forma inexplicável, simplesmente sei e as vezes sofro com elas sem chance de remediar.
Eu sou assim pequenininha ou gigante, 8 ou 80, sim ou não.
E quem está por perto pode me amar, me acompanhar, mas me segurar, me aprisionar, isso não, não mesmo! Eu sou como o vento e só quero brisar...

Porque um beijo não diz tudo, mas muitas coisas


BEIJO ETERNO
Quero um beijo sem fim,
Que dure a vida inteira e aplaque meu desejo!
Ferve-me o sangue.
Acalma-o com teu beijo.
Beija-me assim!
O ouvido fecha ao rumor
Do mundo, e beija-me, querida!
Vive só para mim, só para a minha vida,
Só para meu amor!
Fora, repouse em paz
Dormida em calmo sono a calma natureza,
Ou se debata, das tormentas presas -
Beija ainda mais! E, enquanto o brando calor Sinto em meu peito o teu seio,
Nossas bocas febris se unam com o mesmo anseio,
Com o mesmo ardente amor!

Suceda a treva a luz! Vele a noite de crepe a curva do horizonte;
Em véus de opala a madrugada aponte
Nos céus azuis,
E Vênus, como uma flor,
Brilhe, a sorri, do ocaso a porta,
Brilhe a porta do Oriente!
A treva e a luz - que importa?
Só nos importa o amor!

Raive o Sol no
Verão Venha o outono!
do inverno os frígidos vapores
Toldem o céu! das aves e das flores
Venha a estação!
Que nos importa o esplendor
Da primavera, e o firmamento
Limpo, e o sol cintilante, e a neve, e a chuva, e o vento?
Beijemo-nos amor!

Beijemo-nos!
Que o mar
Nossos beijos ouvindo, em pasmo a voz levante!
E cante o sol!
A ave desperte e cante!
Cante o luar, Cheio de novo fulgor!
Cante a amplidão! Cante a floresta!
E a natureza toda, em delirante festa cante, cante este amor!

Diz tua boca: "Vem!" "Inda mais!", diz a minha, a soluçar ...
Exclama
Todo meu corpo que o teu corpo chama: "Morde também!"
Ai! Morde! Que doce é a dor
Que entra as carnes, e as tortura!
Beija mais! Morde mais!
Que eu morra de ventura,
Morto por teu amor!

Quero um beijo sem fim,
Que dure a vida inteira e aplaque meu desejo!
Ferve-me o sangue.
Acalma-o com teu beijo.
Beija-me assim!
O ouvido fecha ao rumor
Do mundo, e beija-me, querida!
Vive só para mim, só para a minha vida,
Só para meu amor! (OLAVO BILAC)

Meu Universo é caótico


Como eu posso esperar que alguém entenda meu universo se a cada curva eu mesma me surpreendo?
Eu não sei muitas vezes o que posso esperar de mim mesma.
Quando me dou conta, já falei, já senti, já era. O resto é artimanha.
Dentro deste mundinho ainda existem tantos cantos mergulhados em escuridão total. Não a escuridão do mal, mas sim a escuridão do medo, da ausência de clareza.
A segurança aparente e inabalável nada mais é do que o véu criado para esconder a grande covarde que eu sou.
Ávidamente busco argumentos para sustentar a minha fortaleza que foi construida habilmente para que não haja visitantes. Do que adiantou? Nada realmente.
A música que toca na atmosfera deste universo é para dançar só.
Somente pode entrar o óbvio e, o que for duvidoso ou incerto é barrado na entrada pela esfinge "Decifra-me ou te devoro".
Aqui dentro em algum lugar ainda mora uma menina que anseia pelo resgate, uma prisioneira que carrega consigo a chave da própria cela.



Eis o melhor e o pior de mim
O meu termômetro, o meu quilate
Vem, cara, me retrate
Não é impossível
Eu não sou difícil de ler
Faça sua parte
Eu sou daqui, eu não sou de Marte
Vem, cara, me repara
Não vê, tá na cara, sou porta bandeira de mim
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
Em alguns instantes
Sou pequenina e também gigante
Vem, cara, se declara
O mundo é portátil
Pra quem não tem nada a esconder
Olha minha cara
É só mistério, não tem segredo
Vem cá, não tenha medo
A água é potável
Daqui você pode beber
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
(infinito particular - Composição: Arnaldo Antunes, Marisa Monte, Carlinhos Brown)

E eu pensando em ter você pelo tempo que durar


Nada vai permanecer
No estado em que está

Eu só penso em ver você
Eu só quero te encontrar

Geleiras vão derreter
Estrelas vão se apagar

E eu pensando em ter você
Pelo tempo que durar

Coisas vão se transformar
Para desaparecer

E eu pensando em ficar
A vida a te transcorrer

E eu pensando em passar
Pela vida com você

(Pelo Tempo que durar - Composição: Adriana Calcanhotto, Marisa Monte)