Consideração e responsabilidade

Consideração alheia é quando outra pessoa respeita aquilo que é importante para você, tem o cuidado de não te magoar e não age leviamente com coisas que podem te magoar.
Consideração própria é quando, ao encontrar pela frente alguém que age leviamente com aquilo que é lhe é valioso, não se importanto com seus sentimentos, você não se deixa envolver pela ignorância alheia.
A emoção  negativa provoca reação. E a reação não é a resposta real, é apenas uma defesa, ou ainda, um contra-ataque àquilo que pode te ferir.

O meu exercício já foi o de me controlar, no entanto, percebi que isso é repressão e não me fazia bem. Hoje o meu exercício é o de perceber o que me emociona negativamente e trabalhar esta sensação antes que ela chegue.
Se isso pode me deixar irritada, qual a razão real desta irritação?
Buscar os meus nós, este é meu exercício.
Eu não tenho a menor pretenção de saber tudo, nem de conseguir discípulos. A minha responsabilidade é comigo mesma, a minha busca é por me conhecer, é o meu aprendizado.
 A grande sabedoria é saber de si mesmo.

Comer Rezar e Amar - Eu amo tudo isso!

"Estava lendo um texto antigo sobre yoga quando encontrei uma descrição de antigos discípulos espirituais. Uma palavra em sânscrito aparecia no parágrafo: ANTEVASIN.
Significa "aquele que mora na fronteira". Antigamente, essa era uma descrição literal. Significava alguém que havia abandonado o centro agitado da vida mundana para ir morar no limite da floresta, onde viviam os mestres espirituais. O antevasin deixava de ser um aldeão - não era uma pessoa com uma vida convencional. Mas ele também não era um transcendente - não era um daqueles sábios que vivem bem lá no fundo das matas intocadas, plenamente realizados. O antevasin era alguém que vivia no meio. Era um habitante da fronteira. Vivia em um lugar onde podia ver os dois mundos, mas olhava rumo ao desconhecido. E era um estudioso.
Quando li essa descrição do antevasin, fiquei tão entusiasmada que soltei um pequeno grunhido de reconhecimento. Essa é a minha palavra, cara! Na época moderna, é claro, essa floresta virgem teria de ser em sentido figurado, e a fronteira também. Mas ainda é possível viver aí. Ainda é possível viver nessa linha tremeluzente entre seus velhos pensamentos e sua nova compreensão, em um eterno estado de aprendizagem. No sentido figurado, trata-se de uma fronteira que está sempre em movimento - conforme você avança em seus estudos e em suas realizações, essa floresta misteriosa do desconhecido está sempre alguns metros à sua frente, de modo que você precisa viajar com pouca bagagem para conseguir acompanhá-la. Precisa manter-se móvel, maleável, flexível. Escorregadio, até."
Trecho do livro Comer Rezar e Amar de Elizabeth Gilbert.

Quando eu li este trecho também encontrei a minha palavra.
A minha fronteira é ali entre o mundano e os ensinamentos rumo à felicidade mais plena, profunda e resistente.

Tenho ouvido algumas coisas sobre isso. Mas, apesar de respeitar a opinião de quem está nesta busca a mais tempo do que eu, ainda prefiro encontrar minhas próprias verdades. Não por falta de humildade, como ouvi a dias atrás, é por falta de experiência. Eu só acredito naquilo que eu mesma experimento, naquilo eu vivo, que eu sinto. Com todo respeito aos livros sagrados e as pessoas mais vividas, eu quero ter as minhas próprias vivências.
Uma amiga muito querida me disse uma coisa que fez muito sentido pra mim: "O problema não é ter e gostar dos prazeres mundanos, o problema é ter apego por eles e acabar sentindo que sem eles não seria feliz."
Isso tem mais a ver com o que penso. Eu acredito que esteja na fronteira entre o mundano e o sagrado, podendo olhar para ambos como uma busca por auto conhecimento. Eu quero aprender sobre mim, quero me conhecer profundamente, e, se com isso eu também aprender sobre o sentido da vida, sobre a natureza do universo e sobre esta felicidade plena, será maravilhoso.
Não pretendo ser monja, nem guru, nem ter uma vida restritiva, para isso eu iria para a Índia de uma vez. Eu quero conhecer, eu tenho sede de saber!
E a felicidade que se enraíza no mais profundo de mim mesma está cada dia mais sorridente. Não que eu não passe por problemas, eu passo sim, como qualquer pessoa, mas a sensação de que algo mais forte está crescendo e me fortalecendo, fica mais evidente.
Então, a minha palavra é ANTEVASIN. Eu estou muito feliz com ela. Aquela que vive na fronteira!

A viagem

Imagine conhecer uma cidade por dia, um país, uma nova cultura, novas formas de se relacionar com o outro, referências que você nunca poderia imaginar, por serem tão diferentes das suas.
Paisagens que você nunca viu, arquitetura que você poderia imaginar, mas não conceber...
Assim é conhecer o outro. Pessoas que possuem universos diferentes do seu, que, propiciados pelas história de suas vidas, produzem atitudes e reações completamente fora do seu normal.
Conhecer o outro é se abrir a esta viagem.
Eu adoro pessoas.
Adoro ouvi-las em seus universos seguros e confortáveis. Adoro saber o que as toca. Adoro sentir seu pulsar tão diferente do meu. É como uma cidade nova, sua arquitetura, sua história, suas ruas e becos sem saídas, sua comida e seus habitantes... Cada pessoa é um universo infinito de novas possibilidades.
Cada um absorve e deixa passar de acordo com suas experiências.
Aquilo que é bom para você é totalmente dispensável para o outro, aquilo que é fútil para você pode ser imprescendível para ele. Isso é que é a grande viagem!
Interessante como as pessoas podem gastar tempo e dinheiro buscando uma nova viagem terrestre, ou se frustrando por não ter recursos para fazê-las,  sem perceber que muitas viagens estão ali bem embaixo do seu nariz.
O óbvio parece inimaginável e o impossível, a coisa mais simples do mundo.
Pessoas são reflexo de sua história, experiências,  tropeços e vitórias, conhecer suas referências e saborear seu viver pode ser uma viagem das mais interessantes!
Viver ainda é a melhor viagem de todas!

Eu e o Taoismo - idéias que eu gosto

Uma estrutura similar à da “árvore” formada pelas Três Obras do Mistério da Tradição Taoísta: Yi Jing (I Ching) (raízes), Tao Te Ching (tronco) e Nan Hua Ching (copa).
A manifestação do homem no mundo, vivendo e percorrendo o espaço que lhe cabe Entre o Céu e a Terra. Nem tanto ao céu, nem tanto à terra, nosso caminho é limitado por estes dois grandes da natureza. Assim, quanto mais nossa conduta se aproxima dos extremos, mais restrita fica a nossa margem de atuação. E quanto mais próximos do centro nos colocamos, mais fluido e desimpedido torna-se o nosso caminho no mundo. Assim, o equilíbrio torna-se o eixo principal para uma vida plena e íntegra.

Significado do nome Paula

Este foi um amigo que me enviou, bateu direitinho...

Significado: Você busca a paz a qualquer preço, nem que seja... brigando!


E nem de longe imagina viver ao lado de pessoas que se relacionam à base de tapas e berros, sejam elas sua mãe, seu pai ou o grande amor da sua vida.

Além de paz, seu coração  precisa muito de amor. E você está sempre namorando.

Mas que ninguém tente prendê-la ou proibi-la disso ou daquilo, porque, aí, é adeus na certa
Eu estou aberta a todas as coisas, não me fecho, embora escolha com critério o que deixo entrar.
É preciso estar aberto para enxergar o que se apresenta e escolher com consciência.
Consciência de todas as coisas que me compõem: meu coração, minha razão, intuição, percepção, sensação e alma. Há que se ter alguma conexão, senão, não faz sentido.

Jacques Brel - Ne Me Quitte Pas



Ne me quitte pas
Il faut oublier
Tout peut s'oublier
Qui s'enfuit déjà
Oublier le temps
Des malentendus
Et le temps perdu
À savoir comment
Oublier ces heures
Qui tuaient parfois
À coups de pourquoi
Le coeur du bonheure
Ne me quitte pas
Moi je t'offrirai
Des perles de pluie
Venues de pays
Où il ne pleut pas
Je creuserai la terre
Jusqu'après ma mort
Pour couvrir ton corps
D'or et de lumière
Je ferai un domaine
Où l'amour sera roi
Où l'amour sera loi
Où tu seras reine
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Je t'inventerai
Des mots insensés
Que tu comprendras
Je te parlerai
De ces amants là
Qui ont vu deux fois
Leurs coeurs s'embrasser
Je te raconterai
L'histoire de ce roi
Mort de n'avoir pas
Pu te rencontrer
Ne me quitte pas (x4)
On a vu souvent
Rejaillir le feu
De l'ancien volcan
Qu'on croyait trop vieux
Il est paraît-il
Des terres brûlées
Donnant plus de blé
Qu'un meilleur avril
Et quand vient le soir
Pour qu'un ciel flamboie
Le rouge et le noir
Ne s'épousent-ils pas
Ne me quite pas
Ne me quite pas
Je ne veux plus pleurer
Je ne veux plus parler
Je me cacherai là
À te regarder
Danser et sourire
Et à t'écouter
Chanter et puis rire
Laisse-moi devenir
L'ombre de ton ombre
L'ombre de ta main
L'ombre de ton chien
Ne me quitte pas

Não me deixes,

Não me deixes,
É preciso esquecer,
Tudo se pode esquecer
Que já para trás ficou.
Esquecer o tempo dos mal-entendidos
E o tempo perdido a querer saber como
Esquecer essas horas,
Que de tantos porquês,
Por vezes matavam a última felicidade.
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes.
Te oferecerei
Pérolas de chuva
Vindas de países
Onde nunca chove;
Escavarei a terra
Até depois da morte,
Para cobrir teu corpo
Com ouro, com luzes.
Criarei um país
Onde o amor será rei,
Onde o amor será lei
E você a rainha.
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes.
Te Inventarei
Palavras absurdas
Que você compreenderá;
Te falarei
Daqueles amantes
Que viram de novo
Seus corações ateados;
Te contarei
A história daquele rei,
Que morreu por não ter
Podido te conhecer.
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes.
Quantas vezes não se reacendeu o fogo
Do antigo vulcão
Que julgávamos velho?
Até há quem fale
De terras queimadas
A produzir mais trigo;
Que a melhor primavera
É quando a tarde cai,
Vê como o vermelho e o negro
Se casam
Para que o céu se inflame.
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes.
Não vou chorar mais,
Não vou falar mais,
Escondo-me aqui
Para te ver
Dançar e sorrir,
Para te ouvir
Cantar e rir.
Deixa-me ser a sombra da tua sombra,
A sombra da tua mão,
A sombra do teu cão.
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes.

E fui surpreendida novamente

O que importa não é o que se faz, mas sim, como se faz.
A nobreza de caráter me toca mais do que a mais perfeita cantada, assim acontece com a gentileza, a delicadeza, o cuidado. E o mais interessante ainda pode ocorrer quando o agente nem está preocupado em acariciar seu ego, ou ainda, seu corpo.
Há pessoas que entram em sua vida sem muita pretensão e euforia, mas a sua presença refresca a alma, e só neste passar de brisa é que você consegue entender qual a verdadeira razão daquela chegada. A sensação de brisa fresca é encantadora!
É, parece que a vida resolveu me presentear com mais uma jóia rara.
O que eu posso fazer diante de tanta confiança? Colocar esta jóia muito bem guardada e protegida, assim como a vida confiou que seria...
Vida, vida, que danada de confiança é esta? Quando eu acho que é uma coisa e é outra ainda melhor?
Vida, vida, que faceira é você!
Eu aceito e me lisonjeio com tanta confiança!
Na história de todas as coisas, a vida sempre sabe o que faz, e, como faz.

Pensamentos desconexos de um domingo friorento

Eu estou meio desorganizada ultimamente. (Ultimamente?)
O fato é que muitas coisas fervilham dentro de mim ao mesmo tempo e com tanta intensidade que não tenho tido espaço para organizar palavras e produzir alguma coisa lúcida e compreensível.
Então, me perdoem os seguidores e leitores casuais que passam por aqui. É o momento da colheita desordenada.
Estive lendo hoje sobre Teosofia e fiquei tão extasiada que o ar deixou de circular no meu corpo, eu fiquei em estado de apnéia.
Depois, ouvi Simonal, dancei um pouco pela sala, fumei um cigarro e pensei em beber um vinho, mas desisti porque desejo meditar. Veja a confusão!
Pensamentos revoltos e soltos formam verdadeiro vendável na minha mente. Por isso a meditação é essencial. Preciso organizar e absorver o fluxo e não me deixar tomar por isso.
Acontece que eu sou humana, tão humana e mundana como qualquer ser que transita por este solo.
Quero conhecer os mistérios, desvendar meu interior mais profundo. Quero saber o que transita, o que move, o que me emociona, quero a paixão pelo sagrado, pelo profundo de todas as coisas.
Então, as coisas do homem também me encantam e descobri uma palestra fantástica do Marco Aurélio Bilibio que me apaixonou por dias, me tocou, conversou comigo, me fez flutuar em estado de graça. Tudo bem, você pode pensar que eu me apaixono assim, tão fácil, e você tem razão. Eu não ligo, contanto que o objeto dessa paixão flutuante e fugaz, seja ao mesmo tempo repleta de informação nova, de renovação, de apnéias. Eu aceito, satisfeita, a intervenção que me leve às estrelas, mesmo que seja por algum momento!
E as nossas relações mundanas e ordinárias, aquelas que servem apenas para a descarga de dopamina e serotonina, além de hormonios provocativos da libido? Ahhh, estas eu também aceito, porém com mais critério seletivo. Há que se ter alguma coisa que me intrigue, me instigue e que me provoque. É só um homem, querendo um pouco de atenção e sexo prazeroso... Ok, mas eu quero a minha parte!
E hoje é domingo, está um friozinho daqueles bem gostosos de se fazer vadiagem até o fim do dia, da noite, do gáz...
Um pouco de música, luz de velas para deixar o ambiente propício, não tem nada a ver com romance, tem a ver com um pouco de cuidado e pertinência para não deixar um domingo de vadiagem cair na oportunidade perdida.
Veja até onde vai a minha mente sã e lúcida, hahahahahaha.
De Helena de Blavatsky e os mistérios do oculto até meus desejos carnais e emocionais mais mundanos!
Eu sou humana, por que não? E é uma delícia!