Meu Universo é caótico


Como eu posso esperar que alguém entenda meu universo se a cada curva eu mesma me surpreendo?
Eu não sei muitas vezes o que posso esperar de mim mesma.
Quando me dou conta, já falei, já senti, já era. O resto é artimanha.
Dentro deste mundinho ainda existem tantos cantos mergulhados em escuridão total. Não a escuridão do mal, mas sim a escuridão do medo, da ausência de clareza.
A segurança aparente e inabalável nada mais é do que o véu criado para esconder a grande covarde que eu sou.
Ávidamente busco argumentos para sustentar a minha fortaleza que foi construida habilmente para que não haja visitantes. Do que adiantou? Nada realmente.
A música que toca na atmosfera deste universo é para dançar só.
Somente pode entrar o óbvio e, o que for duvidoso ou incerto é barrado na entrada pela esfinge "Decifra-me ou te devoro".
Aqui dentro em algum lugar ainda mora uma menina que anseia pelo resgate, uma prisioneira que carrega consigo a chave da própria cela.



Eis o melhor e o pior de mim
O meu termômetro, o meu quilate
Vem, cara, me retrate
Não é impossível
Eu não sou difícil de ler
Faça sua parte
Eu sou daqui, eu não sou de Marte
Vem, cara, me repara
Não vê, tá na cara, sou porta bandeira de mim
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
Em alguns instantes
Sou pequenina e também gigante
Vem, cara, se declara
O mundo é portátil
Pra quem não tem nada a esconder
Olha minha cara
É só mistério, não tem segredo
Vem cá, não tenha medo
A água é potável
Daqui você pode beber
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
(infinito particular - Composição: Arnaldo Antunes, Marisa Monte, Carlinhos Brown)

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