Os detalhes sórdidos do cotidiano


Se existe uma coisa que me tira o bom humor são os detalhes sórdidos da vida ordinária.
Socorro! Isso me irrita profundamente e não tem como fugir deles. Se eu ficar o bicho come, se eu correr o bicho pega.
Pensar no varal que quebrou, no cano que entupiu, na revisão do carro, no IPVA, licenciamento, no documento do carro que ficou bloqueado no Detran, aiiiii, socorro!
E as milhares de contas pra pagar, sem ter de onde tirar, e a maçaneta do armário que já era, e o chuveiro que não esquenta direito, e os quadros para pendurar, as fotos para organizar, os documentos para arquivar. Ufa, cansei só de listar!
Só de pensar me desespera, tenho vontade de gritar! Não quero fazer nada disso, não quero!
Em instantes a "neura" responde: -Se você não fizer, quem fará?
Ah vida ordinária! Que porre ter cuidar de você!
Eu queria sumir e só voltar depois que tudo isso estivesse pronto. Por quem? Sei lá, qualquer pessoa. Não importa.
Quero ir para um lugar onde eu não precise pensar em nada disso, uma vida simples, sem neurose, sem stress, sem burocracia, sem, sem, sem...
Quero ir pro Vilarejo da Marisa.

"Há um vilarejo ali
Onde Areja um vento bom
Na varanda, quem descansa
Vê o horizonte deitar no chão

Pra acalmar o coração
Lá o mundo tem razão
Terra de heróis, lares de mãe
Paraiso se mudou para lá

Por cima das casas, cal
Frutas em qualquer quintal
Peitos fartos, filhos fortes
Sonho semeando o mundo real

Toda gente cabe lá
Palestina, Shangri-lá

Vem andar e voa

Lá o tempo espera
Lá é primavera
Portas e janelas ficam sempre abertas
Pra sorte entrar
Em todas as mesas, pão

Flores enfeitando
Os caminhos, os vestidos, os destinos
E essa canção
Tem um verdadeiro amor
Para quando você for"
(Vilarejo - Marisa Monte)

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