Uma viagem sutil e emocionante, frágil e efêmera

Diante da eternidade da alma algumas coisas se tornam tão acanhadas.
Minha alma é minha, muito minha. Eu sei quem eu sou, sei o que posso fazer, sei que posso ir muito além do que parece.
Uma vez eu me entreguei, quase sem notar, para alguém que não soube o que fazer. Tal qual um bebezinho com um brinquedo novo e grande demais para seu tamanho, cambaleou, cambaleou com aquele pacote imenso e caiu. Deixei-o de canto e foi brincar com outros, sem sequer saber o que tinha lá dentro.
Quando a entrega é assim, quase sem notar, quase sem se dar conta, é como se fosse um assalto. E apesar de me achar uma pessoa racionalmente emotiva, sou de carne e osso, e esse é o vacilo mais humano que existe. Quem me roubou de mim pode ficar tranquilo, eu já me tomei de volta. Aqui eu sei o que fazer comigo, aqui, como um filho pródigo, sou bem recebida, tem aqui muito carinho e amor para cuidar dos fragmentos do que deixei e do que ficou em mim. Desilusão dói, mas ensina muito.
Diante das coisas da vida, de todas as coisas, foi uma viagem sutil e emocionante, frágil e efêmera, porém de herança sábia e eterna. Agradeço a companhia adorável durante este trajeto com um sorriso pleno.
Próxima estação, por favor!

Um comentário:

Fique a vontade e entre na conversa!