Se ela fosse um animal, qual seria?

Eu não lembro como chama este jogo, me fez lembrar aqueles cadernos de perguntas da minha adolescência.
Quem foi adolescente nos anos 80 deve lembrar, era um caderno com perguntas sobre você em todas as páginas, ele passava pelas mãos dos seus amigos que escreviam ali como te viam, o que achavam de você.
De volta ao jogo. Estávamos na mesa de um bar, depois do enterro do pai de um amigo, já tínhamos almoçado e o sono estava começando a bater, depois de uma madrugada no velório. Não queríamos ir embora porque já fazia tempo que não estávamos todos juntos. Nestas ocasiões todo mundo dá um jeito na agenda para dar o apoio, um abraço em alguém querido, um consolo, ainda bem que somos assim!
Ah o jogo! Uma das pessoas fecha os olhos, as outras escolhem alguém e a pessoa que estava de olhos fechados, tenta, através de perguntas, descobrir quem é a pessoa escolhida. Tipo assim: Se ela fosse um animal, qual animal seria? Se ela fosse um horário, qual seria? Se ela fosse uma parte do corpo, qual seria? Se ela fosse uma música, qual seria? E assim vai.
A melhor parte, para mim, é que  você recebe dos seus amigos, de uma forma descontraida, a percepção que eles teem de você.
Notei que os meus amigos percebem em mim características coerentes e muito parecidas, em alguns momentos até iguais. Pessoas diferentes, totalmente diferentes que me enxergam da mesma forma.
Foi muito interessante. Mais uma vez tenho que agradecer ao meu amigo, este que propôs o jogo. O mesmo que me ensinou a usar o grill, a pedir maionese a parte, a colocar pimenta em tudo, a gostar de Clarice, a não ter medo de quarto escuro, a ouvir ... (ele tem tentado) e tantas outras coisas que nem dá para classificar, mas ele sabe que eu sei que foi ele. Está sendo, na verdade.
Obrigada amore mio!

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