Uma sensação taciturna

Eu li outro dia, uma frase sobre escrever, dita por uma escritora francesa muito competente e talentosa, e hoje pude comprovar sua veracidade.
“Escrever é um verbo intransitivo. Primeiro, preciso escrever, depois vem sobre o quê.” Catherine Millet
Eu sentei aqui sem saber o que escrever, muitas alucinações me assombraram hoje, nada muito real, ou real demais, tão real que pareceu não real, talvez somente ruminações de um a TPM que se anuncia.
Não importa, o que importa é que eu senti a real necessidade de escrever sem saber sobre o que, mas precisava fazer esta tentativa de esvaziar um copo cheio que estava transbordando loucamente.
Muitos pensamentos hoje povoaram minha cabeça, muitas sensações aterrorizadoras me assombraram o coração. Sensações tão terrenas, materiais e carnais que me assustaram. Esta TPM talvez seja uma provação dos sentidos, ou seja, de sensações que não fazem qualquer sentido.
Eu não sou do tipo que fica se açoitando por coisas que são assim e pronto, ponto. Mas hoje, ah hoje, que dia!
Eu me sinto esgotada emocionalmente, eu me sinto cansada, mas tão cansada que poderia fechar meus olhos agora e morrer.
Eu me sinto tão cansada que é quase uma tristeza impotente. Uma sensação taciturna que começou a me seguir ontem a noite e hoje me pegou na emboscada.
As certezas, essas videntes certeiras. As certezas me pirraçaram sem dó, como quem chuta um cachorro morto. Eu não tive forças para reagir tamanha era a razão da trama.
Agora o cansaço bateu de verdade e preciso ir. Uma banheira cheia me espera.
Amanhã quem sabe, tudo isso não tenha passado de um sonho esquisito.

2 comentários:

  1. Puxa, Paulinha ... que sensação chata ... quando for assim, procure um blogueiro amigo para bater papo, tomar um chopp ou um cafe ... já que você mora em Sampa eu vou te convidar para o próximo encontro da turma do Arguta ... bj e que acorde melhor ...

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  2. Oi Flavio, você é um querido mesmo!
    Acordei bem sim, só estes hormônios que me deixam maluca todo mês... mas isso passa.
    Olha, não existe nada que uma banheira quentinha não cure, nada! Valeu pelo carinho e fico aguardando o convite da turma do Arguta, bjs

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