Já que a vida é passageira, se aprofunde!

Hoje eu ouvi uma história de alguém que passou a vida achando que tudo é passageiro e que fez disso a sua bandeira e muleta. Não se envolvia profundamente com nada porque acreditava que tudo era momentâneo.
Como todas as coisas que nos cercam, a dualidade acontece dentro de nós.
Eu também acredito que as coisas passam, mas isso, ao contrário do que aconteceu com o locutor da história que ouvi, me sustenta a motivação de me aprofundar em tudo que me toca. Se é passageiro quero sorver em cada gole toda a infinitude que a experiência seja capaz de me dar.
Estar no lugar certo na hora certa é a mesma coisa que estar no lugar errado na hora errada, certo e errado é aquilo que o mundo determinou para sorte e azar, ganho e perda, felicidade e tristeza. No final, é apenas o lugar que a gente deveria estar.
Ficamos o tempo todo pensando no que queremos fazer quando o dinheiro vier, quando tivermos tranquilos, quando estivermos descansados, quando encontrarmos o amor, quando estivermos em férias, quando tivermos filhos, quando cansarmos da vida de solteiro, uqndo nos aposentarmos, quando, quando, quando...
Não nos damos conta que este "quando" pode simplesmente não chegar. 
E ai, meu amigo, qual terá sido o seu legado?
Imagina quantas coisas que você deixa de fazer para ser ou fazer alguém  feliz por razões tão banais como preguiça, cansaço, procrastinação, lapso, ou ainda, por achar que ainda não se está pronto, que amanhã poderá estar melhor. Amanhã é uma ilusão tão grande! E prontos nunca estamos!
O que eu estou dizendo é que não é sair desesperadamente achando que vai morrer em cinco minutos, é parar para avaliar a importância de cada coisa, é estar consciente de que naquele momento você está fazendo o seu melhor.
Quantas vezes nos deixamos levar pela preguiça e quando damos conta, o dia acabou. O problema está justamente neste ponto, se dar conta quando não há mais nada a fazer, o dia acabou, não há como voltar no tempo e refazer tudo, se foi, não volta.
A diferença toda está em fazer conscientemente, mesmo que seja gastar todo o dia com preguiça.
O que é importante para você? O que te faz feliz? O que faz seu dia ter valido a pena?
Se você descobrisse que vai morrer em pouco tempo, o que teria orgulho de ter feito e do que teria pesar por não ter feito?
Eu acredito na eternidade da alma, acredito em múltiplas vidas, acredito que existe uma força divina, uma energia universal que funciona independente dos nosso desejos. E acredito que a única coisa que permanece após a nossa morte é o nosso legado energético, aquilo que trocamos invisivelmente com as pessoas que cruzam o nosso caminho, seja por 3 minutos ou 30 anos.
Pelas razões misteriosas da lei universal da sincronicidade, esta semana estou tendo a oportunidade de refletir sobre este assunto, (felizmente) através das experiências de outras pessoas.
Desde domingo, quando estive o dia inteiro em velório e enterro da mãe de uma amiga, eu ando a refletir e atrair estas experiências para perto de mim. 
Esta postagem vai parecer mais um daqueles e-mails que recebemos toda semana dizendo, seja feliz, diga eu te amo, diga menos não (ah este me lembra a embalagem do sache de açúcar da União) mas não é só isso. Não é sair por ai dizendo eu te amo para todo mundo. É um pouco mais, é ter gestos amorosos quando assim for possível, gestos enérgicos quando assim for necessário, gestos generosos sempre que a vida te der a oportunidade. É não perder as oportunidades!
É espalhar alguma coisa benéfica por onde passar. E benéfica para mim não significa somente sorrisos. As vezes pode ser que uma lágrima seja mais positiva do que um sorriso.
Ser consciente e verdadeiro, é disso que estou falando.
Eu não costumo me arrepender das coisas, procuro estar atenta, apesar de nem sempre conseguir. Recentemente eu deixei de estar por dois dias com alguém muito especial (especial mesmo) e ele me disse que eu deveria pensar melhor porque talvez me arrependesse depois. Eu não fui.  Pois bem, eu pensei muito, não me arrependi,  porque foi consciente, naquele momento eu simplesmente não pude dar aquele passo, seria forçar uma barra com a minha natureza, me violentar e isso está totalmente fora de questão. Eu não me forço a nada por ninguém.Eu busco a fluidez das coisas.
Naquele momento eu não pude ir e me perdoo por isso. Se eu morresse hoje, isso não tiraria a minha paz. Consegue perceber a diferença do não fazer consciente?
Então, é isso.
Qual é o seu legado?

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