U2 no Brasil, em São Paulo e no meu coração

Este não é um blog de música, estou longe de ser uma conhecedora de rock, tão pouco jornalista, então me perdoem todos que vieram até aqui pensando em encontrar alguma informação desta natureza.
O que escrevo aqui é sobre o que eu senti no domingo, dia 10 de abril de 2011, no Morumbi diante daquele show, daquele palco.
Foi meu primeiro grande show, nunca tive muita disposição para os malabarismos e dedicação para conseguir ingressos para estes mega shows internacionais. Eu fui porque uma linda pessoa me conseguiu o ingresso.
Confesso que fiquei ansiosa, afinal era o U2.
Não posso dizer que seja uma super fã da banda, eu gosto das músicas, mas nunca me aprofundei no rock. Gosto. Até domingo, posso dizer, que ouvia de vez em quando.
A grandiosidade do Morumbi lotado já é uma boa experiência, eu já tinha o visto assim em finais de futebol, mas aliando isso a energia de um show deste porte, é... incrível!

O palco do U2 nesta turnê é alguma coisa, difícil até de se encontrar palavras para descrever, posso arriscar, "fantástico, surreal, magnífico". Isso é uma unanimidade..
É impressionante realmente. A qualidade do som, a iluminação, a energia. Tudo isso junto, posso dizer, foi uma experiência inesquecível.



Um amigo que foi ao show no sábado, havia me dito que o que mais o impressionou foi a estrutura e as mensagens que o Bono falava, coisas que o fizeram pensar, que emocionaram, tocavam o coração.
Foi exatamente o que aconteceu comigo.
Quem já é fã da banda sabe o quanto eles são envolvidos em causas sociais, políticas, é uma banda engajada. Eu não sabia.



Fiquei imensamente feliz por isso. Tem tudo a ver com o que penso a respeito da arte, do sucesso e da responsabilidade social dos artistas que conseguem alcançar este nível de audiência e sabem o que fazer com isso.
Durante o show, entre uma música e outra, através do Bono ou do telão, insights, vídeos, questionamentos e uma dose de consciência, são lançadas ao público, suavemente, naturalmente.
A minha amiga, fã fervorosa da banda, me disse uma coisa interessante, "se o Bono, não fosse o Bono do U2 com certeza ele teria sido pastor".
O cara tem o dom de tocar o coração das pessoas.
Coisas do tipo: "Você pode fazer a diferença". "Vamos mudar o mundo, você pode." "Anistia Internacional". "Paz e amor entre todos os povos" Entre outras. Mensagens para despertar a consciência de que somos todos responsáveis pelo bem da humanidade. E que aquelas pessoas que já mudaram o mundo, foram pessoas como nós, pessoas que acreditaram e fizeram.
Uma consciência que é da banda pelo o que pude ler sobre eles. Afinal que banda vem ao Brasil e reserva tempo na agenda para conversar e conhecer nossos governantes? Falar sobre pobreza, aids, poblemas sociais.
Consciência é o que vi naquele palco, pessoas que sabem de sua responsabilidade enquanto cidadãos do mundo, artistas que perceberam sua relevância na mente do seu público e tentam ali, plantar uma sementinha, uma luz.
Pode ser que daquelas noventa mil pessoas, nem dez porcento saibam o que ele quis dizer, pode ser, quem sabe? Na verdade, isso não importa, o que importa realmente é que eles não deixam de fazer seu papel de voz ativa na sociedade. Se uma única pessoa tiver ouvido de verdade o que ele disse, já valeu a pena.
Eles mandam o recado e mandam bem!
Posso dizer agora, sem a menor dúvida, virei fã do U2 e o Bono tocou, irremediavelmente, meu coração.



"Que a arte nos aponte uma resposta

Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade para faze-la florescer;
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção..." Oswaldo Montenegro



Para saber mais sobre o U2
Para saber os assuntos que o Bono abordou com nossos governantes.
Matéria com a opinião do  Felipe Machado do Estadão

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