O meu, o seu, o nosso

Cada um nós somos um universo inteiro.
Não julgue, tente aceitar, entender nem sempre é possível, as vezes melhor é nem tentar.
Todos nós temos o nosso próprio deserto para atravessar, o nosso próprio inferno para conhecer e os nossos (todos) fantasmas para aprender a conviver enquanto não encontramos o exorcismo que funcione.
Conversando com uma cubana, me lembrei que uma vez ouvi de uma mulher aflita, "quando a porta do quarto se fechou e estávamos na cama aos beijos e carinhos, um a um me apareceram todos os fantasmas, minha terapeuta, por sorte, também apareceu e me mandou ir ao banheiro e me concentrar para que eles se fossem".
Julgamos que sabemos muito sobre o outro, o suficiente para prever seus pensamentos, adivinhar suas razões, quando na verdade somos todos um mistério uns para os outros.
É imensurável a distância entre duas pessoas e suas razões, suas motivações, seus desejos conscientes, sem contar seu inconsciente, que muitas vezes, governa tudo silenciosamente, manipulando vidas sem qualquer escrúpulo.
Somos mutantes, indeterminados, impermanentes. Somos como a lua e suas fases, cada qual com sua beleza e sombras. 
Somos como o tempo, amanhecemos ensolarado e chovemos ao entardecer.
Ainda bem que o sol nasce e outro dia vem e vai;
Somos como o tempo passando impunemente;
E as vezes nem sequer nos damos conta do que ficou no dia anterior.

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