A coragem e o medo

Hoje eu pensei em coragem e medo e fiquei com vontade de escrever sobre o tema.
Eu não sou uma pessoa livre do medo, definitivamente não sou, mas tenho coragem.
Ter coragem não significa não ter medo. Ter coragem é entender o medo, aprender com ele para enfrentá-lo.
Ter coragem é uma benção. Quem tem coragem sabe que vai doer mas não se imobiliza por causa disso, segue em frente, vive.
Eu tenho muitos medos e toda vez que eu venço um, logo aparecem outros para me desafiar. Alguns eu tenho vontade de provar, outros eu deixo para a próxima porque ainda não estão maduros, não cumpriram sua missão e faz necessária a sua presença para aprendizado, cuidado ou sobrevivência.
O medo que paralisa é uma ilusão, uma desculpa que arranjamos para não seguir com alguma coisa, seja por dor, trauma, ou ainda por preguiça. É mais fácil dizer que se tem medo.
Tem só um medo que não deixo de ter nunca. O de encontrar pelo meu caminho gente que não sabe o que quer, nem o que faz, nem o que sente, nem o que fere quem está por perto. Desses eu tenho medo, mas é o medo que mantém longe, então acho que é o medo mais saudável que existe, aquele que preserva e cuida.


Minha nova paixão, o surf

Depois de ficar em pé na prancha, depois de deslizar pela onda, depois de falar com a prancha como se ela fosse uma amiga e pedir licença para brincar com as tranças de Netuno ... eu quero mais!
Eu quero aquela sensação de desligamento com a terra e sintonia com o mar me percorrendo a alma novamente.
Eu apanhei bastante das ondas, engoli alguns goles de água salgada, escorreguei e subi novamente, mas quero tudo de novo!

Eu quero ser surfista, quero esquecer do mundo dançando com as ondas e se no final da dança eu tiver  engolido água salgada, tomado uns caldos e escorregado um pouco, ainda assim terá valido a pena.
Aquela sensação é mágica!
E eu não posso esquecer de agradecer àquele que me introduziu, me encorajou (eu estava morrendo de medo) e me incentivou quando eu cai na primeira tentativa com a mesma empolgação que sorriu e bateu palmas quando eu, finalmente, consegui ficar dois segundos em pé na pranha, rssss;
Thanks my dear, you are the best!
You make it easier when life gets hard.
I keep you with me in my heart. Thank you so much, for this and for all.


O remédio certo, na hora certa

A gente sabe, mas esquece. Não existe nada mais eficaz contra a carência do que o cuidado, o carinho,  o nosso próprio.
Eu estive duplamente enrascada estes dias, estava de TPM e tomando uma medicação que tinha como efeito colateral alterar o estado do sistema nervoso central (insônia, alterações de humor, irritabilidade) resumindo, a minha TPM virou um gigante.
Ontem eu já estava melhor, aquela angústia que me perseguiu estes dias deu uma trégua e eu pude perceber o que me deixa feliz. (eu parei de tomar o remédio)
Eu ouvi as músicas que gosto, acendi um incenso, enchi a banheira de água bem quentinha, sais de banho perfumados, acendi umas velas, apaguei a luz e me entreguei aquela sensação de bem estar, de cuidado e carinho comigo mesma.
No turbilhão da minha semana de inferno não parei para pensar que isso era o que eu precisava, o cuidado e carinho que eu teria com qualquer amigo meu,  para mim mesma.
Hoje eu acordei me sentindo especial, feliz e querida. Afinal, isso não deixou de existir por uma semana, eu é que não parei para olhar diante das minhas alucinações. Estes dias que passaram cinzas foram dias que eu escolhi ser triste, sem motivo, eu simplesmente via mais prazer em estar naquela onda e não queria ver mais nada em volta.
Interessante como nós mesmos armamos as nossas armadilhas. O remédio estava na minha mão o tempo todo e eu não percebia.
As nossas angústias começam e terminam em nós, não há cura em ninguém além de nós mesmos.
É por isso que tanta gente fica frustrada por ai. Eles procuram a cura de suas angústias no parceiro, que, coitado, nem sabe o tamanho do problema que está entrando, injusto né? E nunca funciona.
Eu quero me desculpar com os meus amigos por esta ultima semana, eles até tentaram, mas não estava com eles o alívio do meu estado.
Obrigada meus queridos e mil desculpas.

Inspirada pela TPM

Eu tenho uma TPM monstro, mas este mês ela está TPM sensível.
Estou assim assim, como quem quer um colo e não quer pedir, quer dormir e não tem sono, quer amar e não tem quem.
Nestes dias que tudo está a flor da pele eu queria mesmo é me trancar em casa e não sair até passar.
Eu tenho a maior dificuldade em caminhar no mundo estando tão frágil e isso me assusta, na verdade me aterroriza.
Se eu me quebrar agora? O que vai ser? Não tem ninguém...
Não posso reclamar dos meus amigos, tenho alguns e bons, mas concerto de coração só mesmo o amor para fazer.
E nestas horas em que alma grita é que você percebe o quanto faz falta alguém que te escute no silencio escondido desse grito.
Para fugir desse sentir eu penso nas possibilidades que poderiam surgir para alegrar meu coração encolhido, olho a minha volta e não vejo nenhum desejo, procuro pela brisa que já acariciou minha alma e ela simplesmente não está lá, foi se juntar ao vento para dar a volta no mundo como toda brisa.
Estamos todos em estado de olhar parado, pedindo um amor para aquecer o coração e fazer a alma sorrir.

Pensamentos da madrugada

Divagando pela noite sem poder dormir, é como se o pensar estivesse correndo para fugir. Eu não quero mais pensar em tantas coisas...



Muitas vezes nos tornamos escravos de nossas fraquezas e sem perceber tiranizamos a pessoa que amamos por causa delas.
No fundo somos um monte de lixo emocional acumulado!
Eu queria voltar a ser criança e virar adulto de repente para que a vida não tivesse tempo de alterar a confiança, a inocência e a pureza que um dia já moraram em mim.

Estou ouvindo um morcego embaixo da minha janela, e pensando que estou como ele, mas não posso dormir durante o dia e nem voar para bem longe esta noite, acho que o invejei só por hoje.
Não consigo dormir de tanto pensar em coisas, fiz minhas orações, por tudo, por todos e nada de sono. Peguei um  livro li um capitulo e ensaiei um bocejo; Achei que dessa vez iria abraçar o sono, me enganei, ao apagar a luz e fechar os olhos fui desperta pelo meu coração batendo tanto que não me deixava dormir.

"Alguns não conseguem afrouxar suas próprias cadeias e, não obstante, conseguem libertar seus amigos.
Você tem que estar preparado para se queimar em sua própria chama: como se renovar sem primeiro se tornar cinzas?" (Assim falou Zaratustra)

Por hoje é isso, vou ler um pouco e gritar aos anjos para estar com eles e talvez, quem sabe, aprender um pouco sobre ser melhor!

Exercício de contato real

Estive pensando neste fim de semana, que eu estou gastando muito tempo no mundo virtual, não que eu não goste, muito pelo contrário, gosto até demais. Mas acontece que eu não tenho tanto tempo livre assim e estou deixando de fazer outras para ficar plugada.
Percebi que muitas pessoas consideram contato virtual como contato real, o que eu discordo com algumas ressalvas.
Eu tenho uma irmã no Japão, membros de minha família em outras cidades, minha irmã de alma mora no Canadá, enfim, para estas pessoas o contato virtual é a única forma de mantermos contato, de sabermos uma da vida da outra vendo as fotos no orkut, facebook e conversando pelo messenger, esta é a ressalva.
Não se justifica, pessoas que moram na mesma cidade, que gostam de estar juntas, que tem coisas para falar uma para outra, conversarem pelo messenger, DM no twitter, depoimento no orkut, etc.
E isso acontece de montão,  em Iguape que tem 30.000 habitantes contando a área rural e praias, algumas pessoas só se falam em messenger e orkut. O mais interessante é que lá tem uma praça onde todo mundo se esbarra, o centro comercial inteiroé menor do que a Praça da Sé, ou seja, se você quiser conversar com alguém, fique tranqüilo, você vai encontrar essa pessoa em menos de vinte minutos de passeio pela pracinha, mais cedo ou mais tarde.
Aqui em São Paulo as distâncias são maiores, mas nada que um fim de semana não encurte, quando alguém quer encontrar uma pessoa, ela se move para isso.
Embora o exercício seja para mim, os meus amigos acabam se exercitando por tabela. Eu não avisei ninguém,  se acharem esquisito meu "sumiço" terão que me telefonar.
Eu sou do papo, do contato, do olho no olhar, do toque, eu gosto de conversar com a pessoa inteira, essa novidade cibernética nasceu depois de mim, eu me adaptei, mas não me apaixonei, eu gosto mesmo é de uma conversa ao vivo, mas aceito um telefonema, não sou tão radical assim!
Depois de um fim de semana bem agitado, onde encontrei muita gente querida, decidi dar um tempo da vida virtual, nada muito drástico, vai começar por esta semana.
A regra do exercício é simples. Por uma semana eu não vou interagir com ninguém pelo computador. Interação pessoal, claro, afinal se eu fizer isso no trabalho serei demitida no dia seguinte.
Estão totalmente fora desta semana e-mail pessoal e todas as redes sociais que eu participo.
O que eu quero com isso? Movimento, mudança de padrão, comunicação mais real, do que jeito que eu gosto mesmo!
E se alguém não entender? E se acharem que você foi sequestrada? Just call me.
Eu tive um fim de semana delicioso, estive com pessoas tão legais, especiais, queridas, eu fui ao parque, subi em árvore, me equilibrei no trapézio, quase aprendi a andar de patins (eu quero), ri muito, falei verdades, ouvi algumas, fui ao cinema, quase morri engasgada com uma pipoca, senti o abraço mais sincero deste mundo em volta de mim. Isso é vida real, isso é sentir, isso é felicidade.
O bom da vida é sempre ter opções para escolher o que pode vir. Felizmente eu posso escolher neste momento a minha pausa, mas acredito que tenha uma porção de pessoas que não podem mais, porque abandonaram de tal forma a vida real que não conseguem mais sair de trás do teclado.
E, talvez nem lembrem mais o que é este abraço cheio de carinho, daqueles assim que a gente dá e recebe de olhos fechados para sentir mais gostoso.

Desencontros conectados

Lucio estava em seu quarto lendo e num instante um detalhe do livro o fez pensar em Renata, sorriu lembrando do seu abraço, do seu sorriso, do jeito que ela arrumava o cabelo quando ficava encabulada. Ficou com saudade, pensou em telefonar, olhou pro telefone, respirou fundo, achou melhor não. Ao se virar para pegar um copo d’ água viu a foto da sua namorada, Patrícia, no aparador e baixou o olhar confuso.
No hospital, Renata tomava o café quando Gabriel se aproximou para cumprimentá-la, tocou seu rosto para arrumar uma mecha de seu cabelo que caira, trocaram olhares e ela, sem graça arrumou o cabelo, disse que precisava ir.
Solange estava no seu ateliê até a tarde, não queria ir para casa, qualquer tempo ocioso a fazia pensar em Pedro, que não pensava nela nunca, pois já fazia mais de duas semanas que não se falavam. Ele costumava dar estes sumiços desde que se conheceram. No começo ela achava que era coisa de quem não queria se envolver com ninguém com o tempo percebeu que na verdade, ele não queria se envolver com ela, viraram amantes ocasionais. Ela estava carente, por isso pensou nele, mas também sentia saudade e ficou triste com a falta de sentimentos dele.
Enquanto isso estavam no motel há três horas, Pedro e Patrícia, ele apaixonado por ela e ela quebrando a rotina do namoro de anos com Lucio.

Amor combina com sofrimento?

Ela chegou em casa como um passarinho procurando o refúgio de seu ninho.
Estava abatida, triste, confusa, já não sabia mais quem era a pessoa que a olhava no espelho, não era ela certamente, um zumbi era mais provável.
Seus dias se dividiam em dias que desejava com todas as suas forças nunca tê-lo conhecido e dias em que a única coisa que precisava para viver, mais do que o ar que respirava, era um telefonema, um e-mail, um torpedo, o MSN piscando em laranja aquele nome tão conhecido, um sinal de vida qualquer.
“Uma mulher não deveria passar por isso já tendo tantas provações em sua vida!”
Estava doendo àquela ausência, doendo como se tivessem arrancando pedacinhos dela sem anestesia, todos os dias e bem devagar para doer mais doído.
Havia dias em que pensava: “Isso vai passar, eu nunca fui assim, nunca fiquei sofrendo por causa de homem, sempre dei a volta por cima, vai passar.” Respirava fundo e seguia o dia relativamente bem até ouvir aquela música, que nem era uma música deles, nem nada, só uma música que falava de amor, de romance, de dor, ou qualquer outra coisa que a remetesse aos dois, aos dias juntos, a emoção.
Ela estava se sentindo enlouquecendo, pensava nele, respirava seu cheiro, queria que ele estivesse ali onde esteve tão próximo, tão apaixonado, tão querido. Por que? Isso ela não sabia e este era seu tormento, não sabia por que ele se foi, porque acabou, porque ele não se arrependeu, porque não voltou atrás.
Quando ele telefonava o mundo parava num sorriso para logo depois desabar em lágrimas. Conversas amenas em tom de amizade a deixavam mais triste do que não saber onde, com quem e como ele estava. Perceber que ele estava bem enquanto ela arrastava correntes a empurrava cada vez mais para aquele vazio gelado que sentia.
Estava enlouquecendo definitivamente. Mesmo depois de alguns meses longe dele, não conseguiu deixar de acreditar naquela sensação de que ele era o homem da sua vida. Eram os fatos tentando convencer suas sensações e sentimentos de que ele não era.
Ela tentava se convencer, mas não conseguia.
“Ele foi embora, se gostasse de você estaria ao seu lado.” Parecia tão simples, então porque ainda acreditava que era ele o seu amor predestinado?
Tudo a sua volta fazia lembrar-se dele e pior do que isso, aquela lembrança era sua companhia agora, era tudo que tinha. E ela estava apegada naquele sentimento.
Muitas vezes pensava que isso iria passar e tinha um medo terrível de deixar de amá-lo quando ele resolvesse voltar.
A possibilidade de nunca mais estarem juntos alimentava sua angústia diária, fazendo com que ela agarrasse a única coisa que tinha, o sofrimento por não estar com ele.

Este texto é o mais próximo que consegui chegar tentando descrever o que ouvi de alguém que está sofrendo por amor, foi o que me inspirou. Eu ouvi de uma pessoa que falava com lágrimas nos olhos e voz embargada pelo choro. Ela realmente está machucada, sensível e sofrendo.
Eu não sei se consegui descrever aqui o sofrimento e a dor que senti nas palavras dela ao vivo, é muito difícil pra mim, só quem já passou é que sabe como é.
Eu acredito que este é o grande tormento de quem espera, decidir se desiste de vez ou continua com esperança.
Eu sinceramente admiro gente que ama assim, tão devotamente outra pessoa. Admiro e respeito, alguém que tem essa força de sentir é proporcionalmente igual na intensidade do amor que dedica a alguém.
A minha idéia sobre o amor é que é diferente e distante de sofrimento, para mim o amor é um presente da vida para alegrar nossa caminhada.
Talvez eu esteja errada, talvez eu nunca tenha amado de verdade, talvez eu nunca tenha encontrado “aquela pessoa”, a tampa, a metade, a alma gêmea, ou sei lá mais o que, ou quem sabe, eu esteja super certa em não trazer mais dor para um mundo que já sofre tanto por razões mais realistas e inevitáveis do que esta.
Quem sabe? Se alguém souber, por favor, me diga!

Mini conto

E só ela sabia que aquilo que os separava era na verdade o que os mantinha tão unidos.
Quando ele quis que ficassem juntos de verdade, ela não conseguiu ficar feliz, nem animada, nem triste, nem confusa, ela ficou estática.
E como se o tempo parasse de seguir, ela lembrou do dia que constatou que o unico cuidado que ela tinha que ter era o de não permitir que o compromisso fizesse com que eles se perdessem um do outro. Ela estava no aeroporto indo para o Tibet para uma viagem de 2 meses a trabalho.
Ele não foi leva-la, não se despediu. Na noite anterior foi como se fosse uma noite qualquer, depois de se amarem, ela foi para casa arrumar as malas, como se fosse encontrá-lo no dia seguinte.
E ali no aeroporto esperando a hora de embarcar, ela sorriu ao pensar que este era o jeito dele dizer, sem ter que dizer, quando você voltar estarei aqui, no mesmo lugar, mas não prometo nada.
E o seu único cuidado era não deixar que ele prometesse o que não poderia cumprir e perderem-se por isso.

Pensamentos desconexos 2, atualização

Eu parei de fumar, mas pego um traguinho de vez em quando.
Eu ainda gosto de vinho, continuo meio índia e preciso emagrecer, mas adoro comer.
Preciso incluir a Daniela K., minha melhor amiga da infância, ela guardava meu diário, tão bem que um dia a mãe dela leu e ficou estarrecida. Bela guardiã, depois disso percebi que segredo mesmo nem diário pode saber. Eu encontrei a Dani pelo orkut, agradeço por isso. Morro de saudade dela.
Eu tenho uma casa bagunçada, e a Cleusa está quase desistindo de mim, (socorro) não faça isso, pleaaaase.
Eu não tenho mais plantas em casa, mas gosto de colocar umas flores para alegrar, minhas fotos já alegram tudo diariamente.
Minha TPM anda parecida com uma onda, vai e voooolta, mas estou tratando antes que os amigos me internem definitivamente.
Não gosto de dizer onde estou, com quem e pra onde vou, isso me irrita.
Eu gosto de adolescentes, desde que bem longe de mim.
Ainda gosto de pimenta e detesto ter que dormir, talvez por isso esteja cansada.
Hoje eu não teria cachorro nem que fosse de pelúcia. Já me bastam os amigos cachorros, uiiii.
A música me deixa feliz.
Eu gosto de cantar para fazer alguém feliz, nem que seja quando eu paro de cantar, o que eu compreendo.
Hoje eu vi pessoas que amo muito e fiquei feliz.
Percebi em mim a rejeição por bajulação, mesmo quando é feita para mim.
Na minha família só tem doido, eu, naturalmente não tenho como ser normal, genética não se discute.
Eu tenho amigos loucos, doentes e fantasiados. Amo todos, são acessórios obrigatórios neste caminhar que é a vida.
Eu tenho desejos que não ouso contar nem para mim mesma.
Não aprendi a tocar violão e o meu ainda está com um amigo me esperando, espero eu.
Eu adoro vento, e na praia, pra variar, vento, chuva e mar, só uma vez por ano.
Eu continuo apaixonada por calcinhas, adorando sorvete e odiando TV.
Minhas amigas são sortidas, variadas, algumas avariadas também, mas todas muito amadas.
Muitas vezes eu acho que nasci no planeta errado e continuo pedindo que a minha nave volte para me buscar.

Bob Marley sabia das coisas!

"A maior covardia de um homem é despertar o amor de uma mulher sem ter a intenção de amá-la." 
"A vida é para quem topa qualquer parada. Não para quem pára em qualquer topada."
"Vocês riem de mim por eu ser diferente, e eu rio de vocês por serem todos iguais."
"Preocupe-se mais com a sua consciência do que com sua reputação. Porque sua consciência é o que você é,e a sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam, é problema deles."
"Os homens pensam que possuem uma mente, mas é a mente que os possui
Há pessoas que amam o poder, e outras que tem o poder de amar."

"Eu olho para dentro de mim, e não me importo com o que as pessoas fazem ou dizem eu me preocupo só com as coisas certas."
"Sou louco porque vivo em um mundo que não merece minha lucidez."

Estamos é com carência de passear de mãos dadas

Não sei quem escreveu, certamente não foi o Jabor, mas até que gostei das idéias dele, seja lá quem for...

O que temos visto por ai ???
Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micro e transparentes.
Com suas danças e poses em closes ginecológicos, cada vez mais siliconadas, corpos esculpidos por cirurgias plásticas, como se fossem ao supermercado e pedissem o corte como se quer... mas???
Chegam sozinhas e saem sozinhas...
Empresários, advogados, engenheiros, analistas, e outros mais que estudaram, estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos...
Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dancer", incrível.
E não é só sexo não!
Se fosse, era resolvido fácil, alguém dúvida?
Sexo se encontra nos classificados, nas esquinas, em qualquer lugar, mas apenas sexo!
Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho, sem necessariamente, ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico na cama ... sexo de academia . . .
Fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçadinhos, sem se preocuparem com as posições cabalísticas...
Sabe essas coisas simples, que perdemos nessa marcha de uma evolução cega?
Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção...
Tornamo-nos máquinas, e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós...
Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada nos sites de relacionamentos "ORKUT", "PAR-PERFEITO" e tantos outros, veja o número de comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra viver sozinho!"
Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários, em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis. Se olharmos as fotos de antigamente, pode ter certeza de que não são as mesmas pessoas, mulheres lindas se plastificando, se mutilando em nome da tal "beleza"...
Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento, e percebemos a cada dia mulheres e homens com cara de bonecas, sem rugas, sorriso preso e cada vez mais sozinhos...
Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário...
Pra chegar a escrever essas bobagens? (mais que verdadeiras) É preciso ter a coragem de encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa...
Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia isso é julgado como feio, démodê, brega, famílias preconceituosas...
Alô gente!!! Felicidade, amor, todas essas emoções fazem-nos parecer ridículos, abobalhados...
Mas e daí? Seja ridículo, mas seja feliz e não seja frustrado...
"Pague mico", saia gritando e falando o que sente, demonstre amor...
Você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais...
Perceba aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, ou talvez a pessoa que nada tem a ver com o que imaginou mas que pode ser a mulher da sua vida...
E, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois....
Quem disse que ser adulto é ser ranzinza?
Um ditado tibetano diz: "Se um problema é grande demais, não pense nele... E, se é pequeno demais, pra quê pensar nele?"
Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo, assistir desenho animado, rir de bobagens ou ser um profissional de sucesso, que adora rir de si mesmo por ser estabanado...
O que realmente não dá é para continuarmos achando que viver é out... ou in...
Que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo, que temos que querer a nossa mulher 24 horas maquiada, e que ela tenha que ter o corpo das frutas tão em moda na TV, e também na playboy e nos banheiros. Eu duvido que nós homens queiramos uma mulher assim para viver ao nosso lado, para ser a mãe dos nossos filhos. Gostamos sim de olhar, e imaginar a gostosa, mas é só isso, as mulheres inteligentes entendem e compreendem isso.
Queira do seu lado a mulher inteligente: "Vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois, ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida"...
Por que ter medo de dizer isso, por que ter medo de dizer: "amo você", "fica comigo"?
Então, não se importe com a opinião dos outros. Seja feliz!
Antes ser idiota para as pessoas que infeliz para si mesmo!

Será que é um texto do Arnaldo Jabor mesmo?

Eu recebo vários e-mails com textinhos legais mas de autoria duvidosa, já que vem em nome de gente como Arnaldo Jabor e não retransmito.
Recebi um nos últimos tempos bem legal com autoria de Arnaldo Jabor no Jornal  O dia e resolvi buscar nos jornais onde ele é colunista, ele nunca escreveu o tal texto, nem em O Dia. Como compensação encontrei este abaixo que é de sua coluna no jornal O Tempo, onde ele mesmo fala destes textos e repudia estes e-mails que o colocam como autor.
Eu não publico com o nome do autor se não me certifico que realmente seja dele, não envio e-mail corrente de pedido de socorro, rim ou sangue se não me certifico de que é verdadeiro, não envio promoções do tipo preencha isso e ganhe um laptop porque é tão óbvio que é pura besteira que me assusto vendo gente inteligente enviando isso para a sua lista e entregando meu email de bandeja para spamers. Eu gostaria que todo mundo fizesse o mesmo, assim evitaríamos a proliferação de trotes e de textos propositalmente intitulados por alguém já renomado para distribuição garantida.
Minha sugestão é, na dúvida, retire a autoria, envie o texto como autor desconhecido, garanto que o Mario Prata, Arnaldo Jabor e tantos outros ficariam agradecidos.





Blogs, twitter, Orkut e outros buracos

Não estou no "twitter", não sei o que é o "twitter", jamais entrarei nesse terreno baldio e, incrivelmente, tenho 26 mil "seguidores" no "twitter". Quem me pôs lá? Quem foi o canalha que usou meu nome? Jamais saberei. Vivemos no poço escuro da web. Ou buscamos a exposição total para ser "celebridade" ou usamos esse anonimato irresponsável com o nome dos outros. Tem gente que fala para mim: "Faz um blog, faz um blog!" Logo eu, que já sou um blog vivo, tagarelando na TV, rádio e jornais... Jamais farei um blog, esse nome que parece um coaxar de sapo boi. Quero o passado. Quero o lápis na orelha do quitandeiro, quero o gato do armazém dormindo sobre o saco de batatas, quero o telefone preto, de disco, que não dá linha, em vez dos gemidinhos dos celulares incessantes.
Comunicar o quê? Ninguém tem nada a dizer. Olho as opiniões, as discussões "on line" e só vejo besteira, frases de 140 caracteres para nada dizer. Vivemos a grande invasão dos lugares-comuns, dos uivos de medíocres ecoando asnices para ocultar sua solidão deprimente.
O que espanta é a velocidade da luz para a lentidão dos pensamentos, uma movimentação "em rede" para raciocínios lineares. A boa e velha burrice continua intocada, agora disfarçada pelo charme da rapidez. Antigamente, os burros eram humildes; se esgueiravam pelos cantos, ouvindo, amargurados, os inteligentes deitando falação. Agora não; é a revolução dos idiotas "on line".
Quero sossego, mas querem me expandir, esticar meus braços em tentáculos digitais, meus olhos no "Google" ("goggles" - olhos arregalados) em órbitas giratórias, querem que eu seja ubíquo, quando desejo caminhar na condição de pobre bicho bípede; não quero tudo saber, ao contrário, quero esquecer; sinto que estão criando desejos que não tenho, fomes que perdi. Estamos virando aparelhos; os homens andam como robôs, falam como microfones, ouvem como celulares, não sabemos se estamos com tesão ou se criam o tesão em nós. O Brasil está tonto, perdido entre tecnologias novas cercadas de miséria e estupidez por todos os lados. A tecnociência nos enfiou uma lógica produtiva de fábricas vivas, chips, pílulas para tudo, enquanto a barbárie mais vagabunda corre solta no país, balas perdidas, jaquetas e tênis roubados, com a falsa esquerda sendo pautada pela mais sinistra direita que já tivemos, com o Jucá e o Calheiros botando o Chávez no Mercosul para "talibanizar" de vez a América Latina. Temos de ‘funcionar’ - não de viver. Somos carros, somos celulares, somos circuitos sem pausa. Assistimos a chacinas diárias do tráfico entre chips e "websites".
O leitor perguntará: "Por que esse ódio todo, bom Jabor?" Claro que acho a revolução digital a coisa mais importante dos séculos. Mas estou com raiva por causa dos textos apócrifos que continuam enfiando na internet com meu nome.
Já reclamei aqui desses textos, mas tenho de me repetir. Todo dia surge uma nova besteira, com dezenas de emails me elogiando pelo que eu "não" fiz. Vou indo pela rua e três senhoras me abordam: "Teu artigo na internet é genial! Principalmente quando você escreve: ‘As mulheres são tão cheirosinhas; elas fazem biquinho e deitam no teu ombro...’ "Não fui eu...", respondo. Elas não ouvem e continuam: "Modéstia sua! Finalmente alguém diz a verdade sobre as mulheres! Mandei isso para mil amigas! Adoraram aquela parte: ‘Tenho horror à mulher perfeitinha. Acho ótimo celulite...’" Repito que não é meu, mas elas (em geral barangas) replicam: "Ah... É teu melhor texto..." - e vão embora, rebolando, felizes.
Sei que a internet democratiza, dando acesso a todos para se expressar. Mas a democracia também libera a idiotia. Deviam inventar um "antispam" para bobagens.
Vejam mais o que "eu" escrevi: "As mulheres de hoje lutam para ser magrinhas. Elas têm horror de qualquer carninha saindo da calça de cintura tão baixa que o cós acaba!..." Luto dia e noite contra cacófatos e jamais escreveria "cós acaba!" Mas, para todos os efeitos, fui eu. Na internet, eu sou amado como uma besta quadrada, um forte asno... (dirão meus inimigos: "Finalmente, ele se encontrou...")
Vejam as banalidades que me atribuem:
"Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração!"
Ou: "A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso cante, chore, dance e viva intensamente antes que a cortina se feche!"
Ainda sobre a mulher: "São escravas aparentemente alforriadas numa grande senzala sem grades".
Há um texto bem gay sobre os gaúchos, há mais de um ano. Fui "eu", a mula virtual, quem escreveu tudo isso. E não adianta desmentir.
Esta semana, descobri mais. Há um texto rolando (e sendo elogiado) sobre "ninguém ama uma pessoa pelas qualidades que ela tem" ou outro em que louvo a estupidez, chamado "Seja Idiota!"...
Mas o pior são artigos escritos por inimigos covardes para me sujar.
Há um texto de extrema direita, boçal, xingando os brasileiros, onde há coisas como: "Brasileiro é babaca. Elege para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari. Brasileiro é um povo trabalhador. Mentira. Brasileiro é vagabundo por excelência. Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de R$ 90 mensais para não fazer nada não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo. Noventa por cento de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora. Mentira. Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como ‘aviãozinho’ do tráfico para ganhar uma grana legal. Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora... O brasileiro merece! É igual a mulher de malandro - gosta de apanhar..."
E o pior é que muita gente me cumprimenta pela "coragem" de ter escrito essa sordidez.
Ou seja: admiram-me pelo que eu teria de pior; sou amado pelo que não escrevi.
Na internet, eu sou machista, gay, idiota, corno e fascista.
É bonito isso?


Publicado em: 03/11/2009
http://www.otempo.com.br/otempo/colunas/?IdColunaEdicao=10007

Pensamento desconexo

É mais fácil culpar o vento pelo caminho errado do que pensar se está remando para o lado certo.
Se você não sabe onde quer chegar provavelmente chegará onde não desejou.

É, e o amor tem dessas coisas...

Vendo uma amiga namorando pelo computador me lembrei da época que eu mesma namorava por telefone, isso faz tanto tempo que nem parece que foi nesta vida.
É interessante a forma que vemos tudo tão mais fácil quando estamos apaixonados.
A sangue frio eu digo, não faria isso comigo, embora já tenha feito neste tempo remoto da minha adolescência, mas eu consigo entender perfeitamente.
Eu já passei horas no telefone, falando nem sei o que, mas ouvindo a voz do outro lado que me deixava feliz, que me dizia coisas doces e apaixonadas, que me fazia rir e até chorar de emoção ou de saudade. É eu realmente entendo a minha amiga.
Ela religiosamente tem um encontro marcado com o homem de sua vida que está a milhares de kilometros distante, e os dois sorriem um para o outro quando a câmera é acionada, eles ficam tão felizes de se verem mesmo que assim por uma câmera, que é impossível não se admirar, é o amor, a tecnologia como unica forma viável de aplacar a saudade que um sente do outro.
É, e o amor tem dessas coisas...
Como ela costuma dizer, nem ela própria se imaginava nesta situação  anos atrás antes de o conhecer.
Eu fico feliz por vê-la tão apaixonada por um homem que visivelmente a ama, logo mais irão se casar e ele pensa em largar tudo lá por causa dela e ela pensa em largar tudo aqui por causa dele.
É, e o amor tem dessas coisas...

Desejos (Victor Hugo) - Faço desses os meus desejos para você


Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.
Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.
Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.
Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.
Desejo que você, sendo jovem
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.
Desejo por sinal que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.
Desejo que você descubra,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.
Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você se sentirá bem por nada.
Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.
Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga “Isso é meu”,
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.
Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Por ele e por você,
Mas que se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar e sofrer sem se culpar.
Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar.

Cinema, eu adoro! 342 filmes de 2009 em 7 minutos

2009 se foi, bem vindo 2010

2009 foi um ano de conhecimento, foi bom.
Ontem enquanto eu dirigia até a casa do meu amigo para jantarmos a ceia da virada, me sentia feliz. Foi um ano realmente bom.
Eu não fiz muitas coisas que me propus, mas fiz outras que nem pensei em fazer.
Em 2009 parei de fumar, escalei o muro para espiar fora do meu jardim tão tranqüilo e descobri que posso sair e voltar sempre que quiser, não preciso escolher um ou outro, posso transitar pelos dois mundos.
Percebi que ao percorrermos uma trilha seja ela para onde for, o caminho deve ser desfrutado, pois muitas vezes o que tiver no fim não é tão bonito quanto a caminhada.
Em 2009 conheci pessoas especiais, umas ficam, outras partem sem data para retorno. Também reconheci pessoas que já passaram pela minha vida, umas se tornaram dispensáveis e outras tão importantes quanto o ar que eu respiro.
Eu estive perto de muitas coisas que vistas de perto não me seduziram e eu deixei passar. Também passei perto de coisas que queria pra mim, mas que não poderia bancar.
Descobri sentimentos novos em pessoas antigas..
Eu também me decepcionei em 2009, com as pessoas que se deixaram levar por sentimentos mesquinhos, por falta de palavra, por falta de honra e honestidade. O ser humano é um mistério, contraditório e imprevisível, muitas vezes.
Fez muito calor em 2009 e eu sofro especialmente com isso, porque sinto muito calor e me sinto quente o tempo todo.
Em 2009 me refresquei com cerveja gelada, água de coco, água, muita água, ventilador, pouca roupa, muitas vezes roupa nenhuma, sorvete e sorvete, beijos  e beijos.
Neste ano vi pessoas boas fazendo coisas não tão legais e percebi que o ser humano é claro e o escuro atuando o tempo todo. O segredo é não estar na linha de tiro, mas é tão difícil! Para isso eu teria que ser muda e não ser tão direta.
Em 2009 eu encontrei a paixão de uma forma tão diferente, uma nova forma de se apaixonar, por coisas e pessoas que não caberiam na forma convencional mesmo. Eu fiquei satisfeita por me apaixonar este ano, fiquei feliz que tenha sido assim e por esta pessoa, foi como uma onda, exatamente como uma onda.
Este ano estive mais próxima dos meus amigos que eu amo demais! Dividi com eles meus momentos malucos, minha TPM, meus pileques e muitas, mas muitas risadas e conversas inesquecíveis.
E eu sou muito grata por eles em minha vida, são como flores em meu jardim.
Em 2010 eu quero muitas repetições, mas quero também coisas novas. Emagrecer, ganhar mais e trabalhar menos, então um emprego novo, quero saúde, quero ver menos o lado negro do ser humano, quero um amor pra recomeçar e continuar amando mesmo quando parecer difícil.
Eu quero construir algo que me orgulhe daqui 5 anos.
Em 2010 eu quero estar sempre com aqueles que são como ar que eu respiro, minha inspiração, minha nutrição, meu chão.
Feliz 2010 para todos, eu sinto que será um ano maravilhoso!