Se tem uma coisa que eu respeito é a sincronicidade. O que isso tem a ver com a paixão e os homens? Uma coisa de cada vez...
Direto da Wikipédia:
Sincronicidade é um conceito desenvolvido por Carl Gustav Jung para definir acontecimentos que se relacionam não por relação causal mas por relação de significado. A sincronicidade é também chamada por Jung de "coincidência significativa".
O termo Sincronicidade foi utilizado pela primeira vez em publicações científicas em 1929, porém C.G.Jung demorou ainda mais 21 anos para acabar o livro "SINCRONICIDADE: UM PRINCÍPIO DE CONEXÕES ACAUSAIS", onde expõe o conceito e propõe o início da discussão do assunto. Um de seus últimos livros e segundo ele o de elaboração mais demorada devido a complexidade do tema e da impossibilidade de reprodução dos eventos em ambiente controlado.
Basicamente, é a experiência de se ter dois (ou mais) eventos que coincidem de uma maneira que seja significativa para a pessoa (ou pessoas) que vivenciaram essa "coincidência significativa", onde esse significado sugere um padrão subjacente.
A sincronicidade difere da coincidência, pois não implica somente na aleatoriedade das circunstâncias, mas sim num padrão subjacente ou dinâmico que é expresso através de eventos ou relações significativos. Foi um princípio que Jung sentiu abrangido por seus conceitos de Arquétipo e Inconsciente coletivo.
Acredita-se que a sincronicidade é reveladora e necessita de uma compreensão, essa compreensão poderia surgir espontaneamente, sem nenhum raciocínio lógico. A esse tipo de compreensão instantânea Jung dava o nome de "insight".
Jung afirmava que temos quatro funções básicas: razão, emoção, sensação e intuição. No nosso ser, geralmente uma delas é predominante. Mas quando trabalhamos internamente estas funções na direção do equilíbrio, uma nova função é acrescentada: a sincronicidade.
Agora que já esta bem explicadinho, vamos ao que interessa.
Ontem eu visitei um blog que tinha um pedido de conselho de um cara casado que sentia falta daquele frescor do namoro, casado a quatro anos, um filho, rotina, falta de tesão, blá blá blá blá, aquela clássica velha de guerra, a pessoa casa achando que casamento é namoro e quando cai na real não sabe o que fazer. Dei meu pitaco, claro, mas me mantive na minha.
Ontem de noite ainda um amigo (mega-ultra fofo que eu amo) me contou sobre um programa de rádio que consiste nas pessoas ligando para o terapeuta pedindo conselhos. O ouvinte ligou e perguntou o que deveria fazer, tinha uma mulher muito legal, um filho, não brigavam, viviam muito bem, não tinham problemas financeiros, nem de convivência, mas ele estava apaixonado por uma colega de trabalho. "Oh e agora o que eu devo fazer? Largo minha esposa e fico com a mulher pela qual me apaixonei?"
Hoje pela manhã um colega me contou a história de um amigo que depois que casou parou de jogar bola com os amigos porque a esposa não gostava, para evitar briga e tal, blá blá blá, agora esta sentindo falta dos seus amigos, do futiba, etc.
Eu nunca assisto novela, fui visitar um amigo que a mãe estava assistindo novela, qual era a cena? O personagem lembrando da vida boa que tinha com a mulher (que ele abandonou), agora que tinha tomado um fora da amante que ainda fugiu com todo seu dinheiro.
Resposta do terapeuta:
"Você tem uma boa mulher, situação conjugal tranqüila, filho com saúde, situação financeira confortável, ou seja uma vida agradável e confortável, você já tem muita coisa! Olha pra sua vida, é muito difícil que a sua vida com a colega de trabalho seja melhor do que esta, cai na real. Amigo, você já tem o que muita gente nem sonha e ainda está insatisfeito?
Pensamento do personagem da novela: "Eu tinha uma vida perfeita, maravilhosa e achava aquilo um castigo, meu Deus como eu fui idiota!"
E eu vivendo minha vida no tormento sobre estar ou não apaixonada, eis a questão. Será que já fui, será que senti, como seria, como foi, e eu apaixonada será?
Quanto gasto de energia inútil!
Que idiota!
A paixão avassaladora é linda, quente, barulhenta, fantástica, nos livros, nos poemas, nos filmes, nas novelas, etc, etc, etc.
Na vida real bom mesmo é a paz. É encostar a cabeça num peito confortável que te faça pensar que ali é o lugar mais seguro do mundo, que ali é o seu lar, seu porto de paz, sua fonte de aconchego, de energia, de AMOR.
Paixão é o vendaval. Amor é a varanda numa rede apreciando o por do sol como se o tempo parasse e o coração sorrisse.
Eu concordo com o Frejat e Cazuza.
"Eu quero a sorte de um amor tranqüilo, com sabor de fruta mordida".
Difícil saber o que foi que conseguiu essa proeza de colocar na cabeça de todo mundo que a vida sem paixão não tem graça, puta palhaçada! Até acho que a paixão pela vida seja agente motivador, seja graça, mas a paixão por outro ser humano ... Ou vira amor e tranqüiliza ou vira inferno e atormenta.
Estou começando a achar que as coisas não são tão difíceis assim, a gente é que complica. Oh mania besta de achar o complicado com mais graça...
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