"Eu queria poder usar a delicadeza que também tenho em mim, ao lado da grossura de camponesa que é o que me salva." (Clarice, sempre ela)
Esquecida, eletrica, dispersa, independente, intuitiva, exagerada, fatalmente dramática (só as vezes e para fazer graça).
Eu queria ser mais silenciosa, mas não sou. Eu queria ter a simplicidade da minha avó, quem dera tivesse.
Des-colada, apegada em poucas coisas, mas querendo desapegar de tudo. Ser livre é não ter apego. Apego, eu escrevi, não amor. Amor e apego são coisas distintas, que a humanidade teima em juntar numa coisa só.
Deus nos deu o amor para nossa felicidade e o homem inventou o apego para sua dificuldade.
Vontade de abraçar todo mundo e depois sair correndo gritando que a vida é isso ai, um grande abraço cheio de amor, regado a vinho e uma boa comida.
A intensidade das coisas é como uma onda de calor que vai crescendo ou morrendo dependendo do que a alimenta.
Eu sou assim meio esquecida dos fatos, dos fatos, não das emoções, estas eu guardo bem guardadinho.
E eu sei de coisas que eu não queria saber, mas sei de uma forma inexplicável, simplesmente sei e as vezes sofro com elas sem chance de remediar.
Eu sou assim pequenininha ou gigante, 8 ou 80, sim ou não.
E quem está por perto pode me amar, me acompanhar, mas me segurar, me aprisionar, isso não, não mesmo! Eu sou como o vento e só quero brisar...
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