O amor e sua força

Eu já escrevi outras vezes por aqui sobre a forma que eu vejo o amor, talvez até agora esteja repetindo algo, não tenho certeza.
Eu não tenho o hábito de ficar lendo meus escritos do passado, das vezes que fiz, tive que segurar o impulso de apagar e isso não é justo com a minha história, afinal, tudo isso faz parte de uma parte de mim.
Então, nesse feriado de Tiradentes eu fiz retiro e como sempre, eu voltei com muita vontade de escrever, mas resolvi digerir aos poucos.
O amor é um tema tão comum, né? Todo mundo quer, todo mundo anseia, todo mundo sofre, todo mundo ama, será?
Ali naquele lugar mágico, cheio de lembranças de um divino cuidador e amoroso, naquele solo transformador, chegam pessoas tão sedentas de amor, corações tão machucados pela ausência dele.
É tão interessante observar a pessoa em seu primeiro dia e no último! É uma escola, uma lição para lembrar a fonte.
Ali encontramos o amor verdadeiro em sua essência, aquele que não exige troca, aquele que transborda da terra, aquele que acolhe e cuida, mas que as vezes dói de tão imenso.
Amor - como ele deveria sempre ser, independente de para onde fosse direcionado.
Misturamos nossas relações com outras coisas e pintamos de amor na ilusão de assim não precisarmos lidar com os nossos próprios conteúdos, carências, desejos e traumas.
Eu me apaixono, entro naquele estado de maravilhamento, em seguida felicidade e agonia em dois segundos?
Ah não é amor. É outra coisa ou outras coisas. Isso por si só já deveria me levar a algum estágio de consciência de mim mesma, mas não. Eu vou embarcando naquela viagem de ilusão até a desistência chegar, que no meu caso normalmente, (graças a Deus) chega logo, mas não antes de me levar até o inferno. E as vezes a desistência demora e a viagem ao inferno está só começando.
A experiência do amor verdadeiro é de bem estar. Eu fico pensando, caraca eu sei, eu sinto isso em todo meu ser, mas já me perdi demais no desejo e no apego.
O amor é tão generoso, ele jamais te levaria ao inferno. O amor é alegre, é inspirador, é companheiro, é libertador. Jamais aprisionador, opressor. limitador, possuidor. O amor é um só e é liberdade.
Olhamos para o outro e vemos uma imagem, daquilo que somos por causa dela (sera?) e nos apegamos, desejamos que aquilo nunca termine, mesmo que isso custe a realização do outro. Deixamos ir, querendo que ela deseje ficar e sofremos. E assim sofrendo, queremos que o outro perceba e volte arrependido. Onde foi parar o amor nessa hora? Envolto em todas essas emoções... Ficou lá embaixo de todas as nossas sombras e ilusões, Aquela imagem do que somos quando estamos com aquela pessoa, aquele sentimento todo, é sua imagem, ela só é um espelho, mas é sua própria imagem refletida.
Tudo é consciência. O amor não tem nada a ver com o sofrimento, no grau mais consciente ele liberta. Liberta o outro para que ele se realize, para que ele seja feliz, para que ele se transforme e cresça, para que ele experimente a vida plena. Isso é o sentimento de amor para mim.
Eu vejo isso claramente nesse momento. Toda a ideia de amor que colocaram na cabeça da gente é um erro, um caminho para o inferno.
Eu só entrego verdadeiramente o amor para o outro quando entrego a liberdade para que ele seja feliz, uma entrega verdadeira, honesta, sem condições. 
Só assim, só agora eu posso dizer que conheci o amor. 






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