Talvez uma das coisas mais difíceis nos relacionamentos seja desapegar dos melhores momentos. Os momentos em que você se sentiu tão amada que nada mais importava. O momento em que o seu amor que parecia do tamanho do mundo foi correspondido na mesma medida. Nos agarramos a estes momentos porque são a plenitude daquilo que sentimos. Desejamos desesperadamente que aqueles momentos durem para sempre e na ânsia de segurá-los cometemos erros que podem naturalmente levá-los para mais longe da realidade.
Também criamos distâncias.
O que parece um antídoto, as vezes separa tanto que não resta mais nada que possa sequer lembrar aquela plenitude momentânea. Deixamos o tempo correr, deixamos a vida seguir seu curso para que a poeira assente sem avaliar o que pode advir desta atitude.
Nem sempre podemos acolher a distância como algo natural, as vezes ela parece uma escolha muito bem arquitetada, produzida com uma intenção misteriosa.
Ninguém é imune as consequências de algo que pareça desamor. Nada permanece intacto diante disto.
Temos que aprender a lidar com esta fragilidade.
Tudo está em transformação, tudo é metamorfose, difícil é saber se o que restou ainda é suficiente para manter viva uma relação, um amor.
Há pessoas que não sabem lidar com o acolhimento, elas preferem a distância porque é com isto que estão acostumadas. Não percebem o grande círculo em que se encontram, correndo atrás do próprio rabo como se fosse um novo grande desafio.
Desafio é quebrar padrão, desafio é trilhar um caminho diferente.Acolher o outro, este sim é um grande desafio.
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