-Eu não sei o que eu vi nele...
-Na época que o conheceu você disse que ele era diferente dos outros.
-Eu sei o que eu disse na época, mas hoje ele é igual.
-Ele sempre foi igual você é que está diferente agora.
-Será? Ah sei lá. Eu gostava de sentir que ele era especial, agora o que eu tenho? Um corpinho sarado pra brincar de vez em quando. Eu curtia meu coração disparado quando ele ligava, meu corpo quente quando ia encontra-lo. Agora é tudo tão comum...
-Desde quando?
-Uma noite eu peguei o celular dele pra jogar, ele estava assistindo um jogo na TV, ele mesmo me ofereceu o celular (além de tudo ainda isso, burro). Eu vi umas mensagens, na mesma noite, para três mulheres diferentes, a mesma mensagem. "Estava pensando em você gatinha e me deu saudade." Detalhe uma das gatinhas era eu.
-Nossa! Agora está explicada esta "broxada" que você teve.
-Pois é, depois dessa noite eu até pensei, "ok, nós não temos nada, que mal há nele sair com outras garotas", mas ai ... "sair com outras ok, mas mensagem em massa é um pouco demais" E conclui que não importa qual das gatinhas tenha ido naquela noite encontrá-lo, não faz a menor diferença, poderia ser qualquer uma.
-Isso te magoou?
-Na verdade o tanto faz dele virou um tanto faz pra mim também. Na ultima vez que o encontrei percebi que não estava mais encantada e comecei a ver nele vários aspectos que não me agradavam, mas o principal, o tiro de misericórdia, foi pensar que eu estava ali, mas para ele poderia ser qualquer uma, ou seja, eu estava sendo ali qualquer uma. Ele fez de mim uma qualquer e eu fui junto.
-Você não gosta mais dele?
-É isso que eu estou tentando descobrir, mas pensando bem, tanto faz.
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