Quelqu'un M'a Dit (Composição: Carla Bruni / Léos Carax) Alguém me disse
Quelqu'un M'a Dit :
On me dit que nos vies ne valent pas grand chose,
Elles passent en un instant comme fanent les roses.
On me dit que le temps qui glisse est un salaud que de nos chagrins il s'en fait des manteaux pourtant quelqu'un m'a dit...
Refrain
Que tu m'aimais encore,
C'est quelqu'un qui m'a dit que tu m'aimais encore.
Serais ce possible alors ?
On me dit que le destin se moque bien de nous
Qu'il ne nous donne rien et qu'il nous promet tout
Parais qu'le bonheur est à portée de main,
Alors on tend la main et on se retrouve fou
Pourtant quelqu'un m'a dit ...
Refrain
Mais qui est ce qui m'a dit que toujours tu m'aimais?
Je ne me souviens plus c'était tard dans la nuit,
J'entend encore la voix, mais je ne vois plus les traits
"Il vous aime, c'est secret, lui dites pas que j'vous l'ai dit"
Tu vois quelqu'un m'a dit...
Que tu m'aimais encore, me l'a t'on vraiment dit...
Que tu m'aimais encore, serais ce possible alors ?
On me dit que nos vies ne valent pas grand chose,
Elles passent en un instant comme fanent les roses
On me dit que le temps qui glisse est un salaud
Que de nos tristesses il s'en fait des manteaux,
Pourtant quelqu'un m'a dit que...
Refrain
Quase não é o bastante
Quando o quase não é o bastante, quando o meio aqui e meio lá significa não estar em lugar algum, quando não se sabe o que quer, mas espera por alguma coisa, mas o que?
Sei lá, alguma coisa que faça seu “quase” morrer e seu querer nascer forte, invencível;
Como esperar alguma coisa que não se sabe o que, mas que te tome, te toque, te altere o rumo do meio aqui e meio lá, que mude este sem saber se avança ou retrocede.
E a espera continua, sem saber do que ou de onde vem. A espera continua.
Como uma ânsia, um querer que desperte o desejo de mudar tudo.
A espera continua, enquanto isso, meio aqui e meio lá, e quase, mas não é o bastante.
Sei lá, alguma coisa que faça seu “quase” morrer e seu querer nascer forte, invencível;
Como esperar alguma coisa que não se sabe o que, mas que te tome, te toque, te altere o rumo do meio aqui e meio lá, que mude este sem saber se avança ou retrocede.
E a espera continua, sem saber do que ou de onde vem. A espera continua.
Como uma ânsia, um querer que desperte o desejo de mudar tudo.
A espera continua, enquanto isso, meio aqui e meio lá, e quase, mas não é o bastante.
Coisas mágicas acontecem quando a gente simplesmente vai a lugares onde não costumamos ir!
26/12 às 4h57 a 28/12 (hoje) às 11h02
Sol na casa 5, lua na casa 9
A Lua começa a caminhar novamente em harmonia com o Sol, que transita pela Casa 5. A Lua, por sua vez, transita pela Casa 9. As duas casas são harmônicas e, nesta próxima fase que vai de 26/12 às 4h57 a 28/12 (hoje) às 11h02, você estará vivendo um momento excepcionalmente favorável para fazer contato com pessoas que estão distantes, ou mesmo viajar. Caso não lhe seja possível viajar, procure aproveitar a qualidade de movimento deste pequeno ciclo para fazer coisas diferentes: para que ir sempre aos mesmos lugares, quando existem tantos outros locais para você conhecer? Este é o momento de quebrar a rotina, Paula.
Coisas mágicas acontecem quando a gente simplesmente vai a lugares onde não costumamos ir! Esta é também uma fase favorável para a expansão de seus próprios quereres e idéias. Você, de repente, descobre que as coisas que havia imaginado podem ser muito mais amplas! Justamente por esta capacidade de obter respostas do nada neste momento em especial, você irá provavelmente dar bons conselhos para pessoas que estarão lhe contando coisas e requisitando opiniões. Todos nós somos mestres uns dos outros nesta vida, Paula, e neste momento você estará canalizando as qualidades da sabedoria na direção dos outros, falando sobre suas experiências, mostrando caminhos para os problemas alheios, oferecendo uma perspectiva intuitiva e emocionalmente inteligente para as outras pessoas.
Cuidado apenas para não dar respostas prontas demais, lembre-se que cada ser humano precisa chegar sozinho às próprias conclusões. Outro conselho para o momento é que você deve esperar o outro perguntar e solicitar sua opinião, antes de dá-la. O desejo de querer ajudar pode lhe levar a se intrometer onde não é conveniente. Reflexão para o período: o que há de novo para descobrir?
Coisas mágicas acontecem quando a gente simplesmente vai a lugares onde não costumamos ir! Esta é também uma fase favorável para a expansão de seus próprios quereres e idéias. Você, de repente, descobre que as coisas que havia imaginado podem ser muito mais amplas! Justamente por esta capacidade de obter respostas do nada neste momento em especial, você irá provavelmente dar bons conselhos para pessoas que estarão lhe contando coisas e requisitando opiniões. Todos nós somos mestres uns dos outros nesta vida, Paula, e neste momento você estará canalizando as qualidades da sabedoria na direção dos outros, falando sobre suas experiências, mostrando caminhos para os problemas alheios, oferecendo uma perspectiva intuitiva e emocionalmente inteligente para as outras pessoas.
Cuidado apenas para não dar respostas prontas demais, lembre-se que cada ser humano precisa chegar sozinho às próprias conclusões. Outro conselho para o momento é que você deve esperar o outro perguntar e solicitar sua opinião, antes de dá-la. O desejo de querer ajudar pode lhe levar a se intrometer onde não é conveniente. Reflexão para o período: o que há de novo para descobrir?
Sem ter visto isto eu acabei descobrindo sensações novas em lugares novos... Os astros estão afiados heiiinnn
Meus votos para o Ano Novo
Este ano eu resolvi não enviar aquele e-mail clássico de feliz Natal porque queria escrever aqui os meus votos para o próximo ano.
Desejo que todos nós tenhamos saúde, fé e vontade, pois sem isso não há como ter energia para ir atrás de nossos sonhos.
Desejo para aquele que não teve dinheiro que encontre uma nova fonte de sustento ou que consiga uma forma de viver feliz com mais simplicidade;
Para aquele que teve dinheiro e mesmo fazendo tudo que o dinheiro pode comprar, não encontrou a felicidade, desejo que encontre a sabedoria daqueles que são felizes sem ter nada, porque dinheiro é bom, mas não compra amigos, amor ou paz interior.
Desejo para aquele que passou o ano esperando a volta de um grande amor, que renove sua esperança se deseja continuar esperando ou se abra novamente para outros amores. Afinal, a vida é demasiadamente curta para tanta espera. Que saiba a diferença entre esperança e teimosia. Mesmo que o amor seja grande o mundo está cheio de pessoas especiais para amar.
Para aquele que já encontrou e está desfrutando da companhia de seu grande amor, que tenha sabedoria para viver bem, paciência com as imperfeições do outro como espera que ele tenha com as suas, generosidade para compartilhar e deixar só quando for necessário e assim para que amor sempre se fortaleça nas atitudes, porque as palavras são passageiras e fáceis de se esquecer.
Para aquele que já encontrou e está desfrutando da companhia de seu grande amor, que tenha sabedoria para viver bem, paciência com as imperfeições do outro como espera que ele tenha com as suas, generosidade para compartilhar e deixar só quando for necessário e assim para que amor sempre se fortaleça nas atitudes, porque as palavras são passageiras e fáceis de se esquecer.
Desejo, para quem sofreu este ano, a elevação daqueles que aprenderam uma lição e desejo mais ainda, que não cometa os mesmos erros. O ano tem 365 dias, errar é permitido, errar sempre o mesmo erro é perder a oportunidade.
Desejo para aquele que tem uma paixão de trabalho, mas não consegue fazer dela seu sustento, uma oportunidade para trabalhar naquilo que ama. Este saiba, já tem a benção de saber qual é a sua paixão profissional, eu não encontrei a minha até hoje.
Desejo para quem tem um ente querido em dificuldade, que não perca a fé, que tenha esperança e que ame, pois amar é um bálsamo em qualquer situação.
Desejo para aquele que se sentiu sozinho este ano, uma conversa íntima com sua alma, para que a conheça e perceba que nunca estamos sós. Existe uma presença constante que mora dentro de cada um de nós. E aqui fora, que este perceba que amigos são o maior tesouro que alguém pode conquistar ao longo de sua vida, se está só é porque esqueceu disso.
Desejo para aquele que guarda em seu coração sentimentos duros de mágoa, raiva, ressentimento, que este consiga se libertar. A pior forma de estar preso é quando você mesmo se acorrentou, pois a única chave para a libertação é perdoar e tocar em frente.
Fique tranqüilo porque a vida se encarrega de devolver o que cada um plantou.
Desejo a todos os que estiveram ímpares este ano querendo estar em pares, que se encontrem. Ouço o tempo todo homens solteiros dizendo que não encontram mulheres para namorar e mulheres dizendo que não tem homem disponível e disposto, é um desencontro.
Desejo para aquele que está recomeçando com alguém que tenha condições de zerar tudo para recomeçar, se não, não é recomeço é continuação e pode dar errado novamente nas mesmas diferenças de antes.
Desejo para aquele que quer um amor verdadeiro para viver, que antes se encontre verdadeiramente consigo mesmo. Eu percebo gente que teve a oportunidade estar com alguém especial desperdiçando a chance porque não sabe nada sobre si mesmo. Se você não sabe o que te faz feliz como outra pessoa vai saber?
Desejo para aquele que magoou alguém a coragem de se desculpar e para aquele que foi magoado o esquecimento do perdão.
Desejo que todos nós possamos identificar as armadilhas de nosso próprio ego. E este é um desejo especial porque cometemos muitos erros pela falta desta percepção.
Desejo para aquele que quer conhecer uma pessoa nova por dia que encontre pelo caminho pessoas que não se magoem por isso. Se a única coisa que você tem a oferecer é isso, não iluda alguém que quer mais somente para obter o que você deseja. Se você quer mais, não se permita estar com alguém que só tem isso para oferecer. Evite a desilusão do dia seguinte.
Desejo para aquele que não consegue se decidir, uma luz, uma dica, ou uma opção nova.
Desejo para mim e para meus amigos que estejamos tão juntos quanto ficamos em 2009 porque são para mim um presente!
E por fim desejo que sejamos seres menos contraditórios, mesmo sendo seres humanos porque parece que estamos o tempo todo falando o que queremos fazer e fazendo o que sentimos.
Feliz 2010 para todos nós!
Coisas da vida
Ela também não entendia porque tinha desanimado dele, mas o fato é que tinha desanimado.
Passaram três meses deliciosos, grudados e agora isso. Não tinha vontade de ir vê-lo, qualquer coisa parecia mais divertido, trocava qualquer convite pelo dele.
Era uma empolgação, os dois faziam tantas coisas legais, se divertiam muito, mas de uma hora para outra tudo aquilo deixou de fazer sentido.
Parou de atender as ligações, retornava de vez em quando, dava uma desculpa para não encontrar, e as coisas foram murchando, murchando, até que ele parou de ligar.
Simplesmente foi uma fase, um encontro de três meses que agora precisava partir e foi embora.
Coisas da vida.
Passaram três meses deliciosos, grudados e agora isso. Não tinha vontade de ir vê-lo, qualquer coisa parecia mais divertido, trocava qualquer convite pelo dele.
Era uma empolgação, os dois faziam tantas coisas legais, se divertiam muito, mas de uma hora para outra tudo aquilo deixou de fazer sentido.
Parou de atender as ligações, retornava de vez em quando, dava uma desculpa para não encontrar, e as coisas foram murchando, murchando, até que ele parou de ligar.
Simplesmente foi uma fase, um encontro de três meses que agora precisava partir e foi embora.
Coisas da vida.
Conversa de boteco
Existem poucas coisas que eu gosto mais do que conversas de boteco, e, se na mesa tiverem os dois sexos, melhor ainda!
Os assuntos transitam, transitam e acabam sempre no mesmo ponto.
Eles querem sexo, elas querem amor.
Eles querem paz, elas querem discutir a relação.
Algumas máximas:
"É muito simples, pergunte para uma mulher o que a faz feliz, se ela conseguir responder rápido, vai mudar de idéia amanhã, ou seja, ela não sabe o que a faz feliz, então se ela não sabe como você vai saber? Mas se você perguntar para um homem a reposta é simples e objetiva."
"Mulher reclama demais."
"Homem nunca está satisfeito com a mulher que tem."
"Mas se o homem está satisfeito com a mulher que tem ele não vai atrás de outras."
"Porém a monogamia é uma idiotice"
"Quando uma mulher se levanta da cama depois de até 5 minutos da transa, saiba, tem algum problema, se tivesse sido bom pra ela, não levantaria, a perna estaria bamba demais para ela se levantar...e tem um agravante, se ela levantar para tomar banho, é porque foi uma merda completa"
"Se o cara liga para mulher e fala que quer transar, ela se ofende, se sente usada e não aceita, mas se ele convida pra jantar e seduz, pode até rolar ..."
"Que tipo de mulher você gosta? Viva."
"Eu não confio em homem nenhum. Hoje eu estaria com um homem que me respeitasse, pelo menos quando estivesse na minha frente, que não ficasse olhando pra toda mulher que passa."
"Nós estamos na desvantagem delas. Elas não ficam na nóia de transar e se ficarem ainda podem convidar que não tem recusa."
-Onde estejam homens e mulheres haverá a diferença de referenciais, focos e desejos completamente opostas. E isso é uma delícia!
Os assuntos transitam, transitam e acabam sempre no mesmo ponto.
Eles querem sexo, elas querem amor.
Eles querem paz, elas querem discutir a relação.
Algumas máximas:
"É muito simples, pergunte para uma mulher o que a faz feliz, se ela conseguir responder rápido, vai mudar de idéia amanhã, ou seja, ela não sabe o que a faz feliz, então se ela não sabe como você vai saber? Mas se você perguntar para um homem a reposta é simples e objetiva."
"Mulher reclama demais."
"Homem nunca está satisfeito com a mulher que tem."
"Mas se o homem está satisfeito com a mulher que tem ele não vai atrás de outras."
"Porém a monogamia é uma idiotice"
"Quando uma mulher se levanta da cama depois de até 5 minutos da transa, saiba, tem algum problema, se tivesse sido bom pra ela, não levantaria, a perna estaria bamba demais para ela se levantar...e tem um agravante, se ela levantar para tomar banho, é porque foi uma merda completa"
"Se o cara liga para mulher e fala que quer transar, ela se ofende, se sente usada e não aceita, mas se ele convida pra jantar e seduz, pode até rolar ..."
"Que tipo de mulher você gosta? Viva."
"Eu não confio em homem nenhum. Hoje eu estaria com um homem que me respeitasse, pelo menos quando estivesse na minha frente, que não ficasse olhando pra toda mulher que passa."
"Nós estamos na desvantagem delas. Elas não ficam na nóia de transar e se ficarem ainda podem convidar que não tem recusa."
-Onde estejam homens e mulheres haverá a diferença de referenciais, focos e desejos completamente opostas. E isso é uma delícia!
A História de Lily Braun
A História de Lily Braun
Composição: Edu Lobo/Chico Buarque
Como num romance
O homem de meus sonhos
Me apareceu no dancing
Era mais um
Só que num relance
Os seus olhos me chuparam
Feito um zoom
O homem de meus sonhos
Me apareceu no dancing
Era mais um
Só que num relance
Os seus olhos me chuparam
Feito um zoom
Ele me comia
Com aqueles olhos
De comer fotografia
Eu disse cheese
E de close em close
Fui perdendo a pose
E até sorri, feliz
Com aqueles olhos
De comer fotografia
Eu disse cheese
E de close em close
Fui perdendo a pose
E até sorri, feliz
E voltou
Me ofereceu um drinque
Me chamou de anjo azul
Minha visão foi desde então
Ficando flou
Me ofereceu um drinque
Me chamou de anjo azul
Minha visão foi desde então
Ficando flou
Como no cinema
Me mandava às vezes
Uma rosa e um poema
Foco de luz
Eu, feito uma gema
Me desmilinguindo toda
Ao som do blues
Me mandava às vezes
Uma rosa e um poema
Foco de luz
Eu, feito uma gema
Me desmilinguindo toda
Ao som do blues
Abusou do scotch
Disse que meu corpo
Era só dele aquela noite
Eu disse please
Xale no decote
Disparei com as faces
Rubras e febris
Disse que meu corpo
Era só dele aquela noite
Eu disse please
Xale no decote
Disparei com as faces
Rubras e febris
E voltou
No derradeiro show
Com dez poemas e um buquê
Eu disse adeus
Já vou com os meus
Numa turnê
No derradeiro show
Com dez poemas e um buquê
Eu disse adeus
Já vou com os meus
Numa turnê
Como amar esposa
Disse ele que agora
Só me amava como esposa
Não como star
Me amassou as rosas
Me queimou as fotos
Me beijou no altar
Disse ele que agora
Só me amava como esposa
Não como star
Me amassou as rosas
Me queimou as fotos
Me beijou no altar
Nunca mais romance
Nunca mais cinema
Nunca mais drinque no dancing
Nunca mais cheese
Nunca uma espelunca
Uma rosa nunca
Nunca mais feliz
Nunca mais cinema
Nunca mais drinque no dancing
Nunca mais cheese
Nunca uma espelunca
Uma rosa nunca
Nunca mais feliz
Eles ainda são fiéis
Eu fiz uma pesquisa, mini pesquisa na verdade.
Inclui homens casados, noivos e namorando, por volta de seus 30 até 40 anos.
Não conheço as respectivas mulheres deles e nem todos são meus amigos.
Sobre sair com os amigos:
Gostam de ir para bares.
Não vão para paquerar, embora não tenham a intenção de sair com outras mulheres, eles curtem dar uma paqueradinha básica, aquela sem se comprometer.
Se os amigos vão para uma balada de pegação eles preferem não ir.
Não traem por respeito, medo de perder a parceira e por receio da lei universal do retorno.
É unânime, todo homem que tem um relacionamento longo sente o desejo de transar com outras mulheres, mas isso não quer dizer que vá as vias de fato. Existe uma distância grande entre desejar e consumar o seu desejo.
Algumas amigas ao lerem isso aqui vão dizer que eu inventei, mas não, eu fiz uma pesquisa, com questionario, foi sério.
Existem homens fiéis que amam suas parceiras ao ponto de não arriscar a relação por um par de peitos perfeitos e uma bunda durinha que está passando.
Existe e eu vi. São homens interessantes, mas que já entregaram seu coração para uma sortuda.
Detesto os chavões do tipo: todo homem não presta, não existe homem fiel, etc, etc.
Eu prefiro acreditar que o ser humano é contraditório e não julgar um homem por causa dos chavões ou das muitas aprontadas que já vi por ai, afinal mulher também trai e também é fiel!
Inclui homens casados, noivos e namorando, por volta de seus 30 até 40 anos.
Não conheço as respectivas mulheres deles e nem todos são meus amigos.
Sobre sair com os amigos:
Gostam de ir para bares.
Não vão para paquerar, embora não tenham a intenção de sair com outras mulheres, eles curtem dar uma paqueradinha básica, aquela sem se comprometer.
Se os amigos vão para uma balada de pegação eles preferem não ir.
Não traem por respeito, medo de perder a parceira e por receio da lei universal do retorno.
É unânime, todo homem que tem um relacionamento longo sente o desejo de transar com outras mulheres, mas isso não quer dizer que vá as vias de fato. Existe uma distância grande entre desejar e consumar o seu desejo.
Algumas amigas ao lerem isso aqui vão dizer que eu inventei, mas não, eu fiz uma pesquisa, com questionario, foi sério.
Existem homens fiéis que amam suas parceiras ao ponto de não arriscar a relação por um par de peitos perfeitos e uma bunda durinha que está passando.
Existe e eu vi. São homens interessantes, mas que já entregaram seu coração para uma sortuda.
Detesto os chavões do tipo: todo homem não presta, não existe homem fiel, etc, etc.
Eu prefiro acreditar que o ser humano é contraditório e não julgar um homem por causa dos chavões ou das muitas aprontadas que já vi por ai, afinal mulher também trai e também é fiel!
Surpreendida
Que mulher não fica surpreendida por uma ligação no meio da tarde, de uma pessoa que ela nem conhece, propondo um encontro tão diretamente?
Oi, tudo bem? Liguei pra te convidar para sair. Eu quero sair com você.
Eu perdi o rumo, emudeci.
Surpreendida.
Pode não ser o homem da minha vida, mas com certeza é um homem de atitude.
Ele ganhou minha admiração, por sua segurança, determinação e atitude, coisa rara de se ver hoje em dia.
Oi, tudo bem? Liguei pra te convidar para sair. Eu quero sair com você.
Eu perdi o rumo, emudeci.
Surpreendida.
Pode não ser o homem da minha vida, mas com certeza é um homem de atitude.
Ele ganhou minha admiração, por sua segurança, determinação e atitude, coisa rara de se ver hoje em dia.
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Lya Luft
Convite (Lya Luft)
Não sou a areia
onde se desenha um par de asas
ou grades diante de uma janela.
Não sou apenas a pedra que rola
nas marés do mundo,
em cada praia renascendo outra.
Sou a orelha encostada na concha
da vida, sou construção e desmoronamento,
servo e senhor, e sou
mistério
A quatro mãos escrevemos este roteiro
para o palco de meu tempo:
o meu destino e eu.
Nem sempre estamos afinados,
nem sempre nos levamos
a sério.
___________________________
Canção na plenitude (Lya Luft)
Não tenho mais os olhos de menina
nem corpo adolescente, e a pele
translúcida há muito se manchou.
Há rugas onde havia sedas, sou uma estrutura
agrandada pelos anos e o peso dos fardos
bons ou ruins.
(Carreguei muitos com gosto e alguns com rebeldia.)
O que te posso dar é mais que tudo
o que perdi: dou-te os meus ganhos.
A maturidade que consegue rir
quando em outros tempos choraria,
busca te agradar
quando antigamente quereria
apenas ser amada.
Posso dar-te muito mais do que beleza
e juventude agora: esses dourados anos
me ensinaram a amar melhor, com mais paciência
e não menos ardor, a entender-te
se precisas, a aguardar-te quando vais,
a dar-te regaço de amante e colo de amiga,
e sobretudo força — que vem do aprendizado.
Isso posso te dar: um mar antigo e confiável
cujas marés — mesmo se fogem — retornam,
cujas correntes ocultas não levam destroços
mas o sonho interminável das sereias.
Conversa entre amigas
-Eu não sei o que eu vi nele...
-Na época que o conheceu você disse que ele era diferente dos outros.
-Eu sei o que eu disse na época, mas hoje ele é igual.
-Ele sempre foi igual você é que está diferente agora.
-Será? Ah sei lá. Eu gostava de sentir que ele era especial, agora o que eu tenho? Um corpinho sarado pra brincar de vez em quando. Eu curtia meu coração disparado quando ele ligava, meu corpo quente quando ia encontra-lo. Agora é tudo tão comum...
-Desde quando?
-Uma noite eu peguei o celular dele pra jogar, ele estava assistindo um jogo na TV, ele mesmo me ofereceu o celular (além de tudo ainda isso, burro). Eu vi umas mensagens, na mesma noite, para três mulheres diferentes, a mesma mensagem. "Estava pensando em você gatinha e me deu saudade." Detalhe uma das gatinhas era eu.
-Nossa! Agora está explicada esta "broxada" que você teve.
-Pois é, depois dessa noite eu até pensei, "ok, nós não temos nada, que mal há nele sair com outras garotas", mas ai ... "sair com outras ok, mas mensagem em massa é um pouco demais" E conclui que não importa qual das gatinhas tenha ido naquela noite encontrá-lo, não faz a menor diferença, poderia ser qualquer uma.
-Isso te magoou?
-Na verdade o tanto faz dele virou um tanto faz pra mim também. Na ultima vez que o encontrei percebi que não estava mais encantada e comecei a ver nele vários aspectos que não me agradavam, mas o principal, o tiro de misericórdia, foi pensar que eu estava ali, mas para ele poderia ser qualquer uma, ou seja, eu estava sendo ali qualquer uma. Ele fez de mim uma qualquer e eu fui junto.
-Você não gosta mais dele?
-É isso que eu estou tentando descobrir, mas pensando bem, tanto faz.
-Na época que o conheceu você disse que ele era diferente dos outros.
-Eu sei o que eu disse na época, mas hoje ele é igual.
-Ele sempre foi igual você é que está diferente agora.
-Será? Ah sei lá. Eu gostava de sentir que ele era especial, agora o que eu tenho? Um corpinho sarado pra brincar de vez em quando. Eu curtia meu coração disparado quando ele ligava, meu corpo quente quando ia encontra-lo. Agora é tudo tão comum...
-Desde quando?
-Uma noite eu peguei o celular dele pra jogar, ele estava assistindo um jogo na TV, ele mesmo me ofereceu o celular (além de tudo ainda isso, burro). Eu vi umas mensagens, na mesma noite, para três mulheres diferentes, a mesma mensagem. "Estava pensando em você gatinha e me deu saudade." Detalhe uma das gatinhas era eu.
-Nossa! Agora está explicada esta "broxada" que você teve.
-Pois é, depois dessa noite eu até pensei, "ok, nós não temos nada, que mal há nele sair com outras garotas", mas ai ... "sair com outras ok, mas mensagem em massa é um pouco demais" E conclui que não importa qual das gatinhas tenha ido naquela noite encontrá-lo, não faz a menor diferença, poderia ser qualquer uma.
-Isso te magoou?
-Na verdade o tanto faz dele virou um tanto faz pra mim também. Na ultima vez que o encontrei percebi que não estava mais encantada e comecei a ver nele vários aspectos que não me agradavam, mas o principal, o tiro de misericórdia, foi pensar que eu estava ali, mas para ele poderia ser qualquer uma, ou seja, eu estava sendo ali qualquer uma. Ele fez de mim uma qualquer e eu fui junto.
-Você não gosta mais dele?
-É isso que eu estou tentando descobrir, mas pensando bem, tanto faz.
Porque em nossa origem somos só sensações
Eu tenho a mais absoluta certeza que em algum plano nós somos unicamente sensações.
É bom demais somente sentir, sem pensar. Sentir o corpo desde o pé até o cabelo, sentir a luz, sentir a brisa suave tocando seu rosto, sentir o cheiro da noite, do mato, das pessoas.
Pensar é que dificulta tudo!
Eu tive esta experiência algumas vezes, como se eu não tivesse pensamentos, mas ao mesmo tempo tivesse uma consciência maior de tudo que me cerca, sentir o universo na sua beleza e magnitude, é maravilho!
Em algum momento eu pensei que seria demais se esta sensação fosse proporcionada por uma pessoa, um amor incrível. Alguém que te levasse para essa dimensão, onde somente o que você tem são as sensações, sentimentos, percepção lúcida de que somos únicos e especiais, mesmo sendo uma fagulha no universo. Talvez isso seja impossível, mas seria perfeito. Eu adoraria sentir!
Eu sei chegar lá sozinha, mas adoraria chegar acompanhada do meu par.
Neste lugar uma gota de chuva escorrendo pelo seu corpo é um milagre, uma benção, e cada milímetro que ela percorre produz em você sensações indescritíveis e fantásticas. A brisa no seu rosto é como uma carícia delicada.
E eu tenho certeza que eu já senti tudo isso de uma forma mais natural em alguma existência porque estas sensações são para mim como uma lembrança, daquelas bem felizes, e eu sinto uma saudade, uma nostalgia desse tempo.
No fim sentir é o que importa!
É bom demais somente sentir, sem pensar. Sentir o corpo desde o pé até o cabelo, sentir a luz, sentir a brisa suave tocando seu rosto, sentir o cheiro da noite, do mato, das pessoas.
Pensar é que dificulta tudo!
Eu tive esta experiência algumas vezes, como se eu não tivesse pensamentos, mas ao mesmo tempo tivesse uma consciência maior de tudo que me cerca, sentir o universo na sua beleza e magnitude, é maravilho!
Em algum momento eu pensei que seria demais se esta sensação fosse proporcionada por uma pessoa, um amor incrível. Alguém que te levasse para essa dimensão, onde somente o que você tem são as sensações, sentimentos, percepção lúcida de que somos únicos e especiais, mesmo sendo uma fagulha no universo. Talvez isso seja impossível, mas seria perfeito. Eu adoraria sentir!
Eu sei chegar lá sozinha, mas adoraria chegar acompanhada do meu par.
Neste lugar uma gota de chuva escorrendo pelo seu corpo é um milagre, uma benção, e cada milímetro que ela percorre produz em você sensações indescritíveis e fantásticas. A brisa no seu rosto é como uma carícia delicada.
E eu tenho certeza que eu já senti tudo isso de uma forma mais natural em alguma existência porque estas sensações são para mim como uma lembrança, daquelas bem felizes, e eu sinto uma saudade, uma nostalgia desse tempo.
No fim sentir é o que importa!
Clarice Lispector me entende
“Estou sentindo uma clareza tão grande que me anula como pessoa atual e comum: é uma lucidez vazia, como explicar? assim como um cálculo matemático perfeito do qual, no entanto, não se precise. Estou por assim dizer vendo claramente o vazio. E nem entendo aquilo que entendo: pois estou infinitamente maior do que eu mesma, e não me alcanço. Além do quê: que faço dessa lucidez? Sei também que esta minha lucidez pode-se tornar o inferno humano — já me aconteceu antes. Pois sei que — em termos de nossa diária e permanente acomodação resignada à irrealidade — essa clareza de realidade é um risco. Apagai, pois, minha flama, Deus, porque ela não me serve para viver os dias. Ajudai-me a de novo consistir dos modos possíveis. Eu consisto, eu consisto, amém.”.
“Um nome para o que eu sou, importa muito pouco. Importa o que eu gostaria de ser.
O que eu gostaria de ser era uma lutadora. Quero dizer, uma pessoa que luta pelo bem dos outros. Isso desde pequena eu quis. Por que foi o destino me levando a escrever o que já escrevi, em vez de também desenvolver em mim a qualidade de lutadora que eu tinha? Em pequena, minha família por brincadeira chamava-me de ‘a protetora dos animais’. Porque bastava acusarem uma pessoa para eu imediatamente defendê-la.
[...] No entanto, o que terminei sendo, e tão cedo? Terminei sendo uma pessoa que procura o que profundamente se sente e usa a palavra que o exprima.
É pouco, é muito pouco.”
“Outra coisa que não parece ser entendida pelos outros é quando me chamam de intelectual e eu digo que não sou. De novo, não se trata de modéstia e sim de uma realidade que nem de longe me fere. Ser intelectual é usar sobretudo a inteligência, o que eu não faço: uso é a intuição, o instinto. Ser intelectual é também ter cultura, e eu sou tão má leitora que agora já sem pudor, digo que não tenho mesmo cultura. Nem sequer li as obras importantes da humanidade.
[...] Literata também não sou porque não tornei o fato de escrever livros ‘uma profissão’, nem uma ‘carreira’. Escrevi-os só quando espontaneamente me vieram, e só quando eu realmente quis. Sou uma amadora?
O que sou então? Sou uma pessoa que tem um coração que por vezes percebe, sou uma pessoa que pretendeu pôr em palavras um mundo ininteligível e um mundo impalpável. Sobretudo uma pessoa cujo coração bate de alegria levíssima quando consegue em uma frase dizer alguma coisa sobre a vida humana ou animal.”
" [...] Porque o mais surpreendente é que, mesmo depois de saber de tudo, o mistério continuou intacto. Embora eu saiba que de uma planta brota uma flor, continuo surpreendida com os caminhos secretos da natureza."
“Através de meus graves erros — que um dia eu talvez os possa mencionar sem me vangloriar deles — é que cheguei a poder amar. Até esta glorificação: eu amo o Nada. A consciência de minha permanente queda me leva ao amor do Nada. E desta queda é que começo a fazer minha vida. Com pedras ruins levanto o horror, e com horror eu amo. Não sei o que fazer de mim, já nascida, senão isto: Tu, Deus, que eu amo como quem cai no nada.”
“Quando comecei a escrever, que desejava eu atingir? Queria escrever alguma coisa que fosse tranqüila e sem modas, alguma coisa como a lembrança de um alto monumento que parece mais alto porque é lembrança. Mas queria, de passagem, ter realmente tocado no monumento. Sinceramente não sei o que simbolizava para mim a palavra monumento. E terminei escrevendo coisas inteiramente diferentes.”
“Não sei mais escrever, perdi o jeito. Mas já vi muita coisa no mundo. Uma delas, e não das menos dolorosas, é ter visto bocas se abrirem para dizer ou talvez apenas balbuciar, e simplesmente não conseguirem. Então eu quereria às vezes dizer o que elas não puderam falar. Não sei mais escrever, porém o fato literário tornou-se aos poucos tão desimportante para mim que não saber escrever talvez seja exatamente o que me salvará da literatura.
O que é que se tornou importante para mim? No entanto, o que quer que seja, é através da literatura que poderá talvez se manifestar.”
“Até hoje eu por assim dizer não sabia que se pode não escrever. Gradualmente, gradualmente até que de repente a descoberta tímida: quem sabe, também eu já poderia não escrever. Como é infinitamente mais ambicioso. É quase inalcançável”.
“Há três coisas para as quais eu nasci e para as quais eu dou minha vida. Nasci para amar os outros, nasci para escrever, e nasci para criar meus filhos. O ‘amar os outros’ é tão vasto que inclui até perdão para mim mesma, com o que sobra. As três coisas são tão importantes que minha vida é curta para tanto. Tenho que me apressar, o tempo urge. Não posso perder um minuto do tempo que faz minha vida. Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca [...].”
"Mas dois e dois são quatro e isso é o contrário de uma solução, é beco sem saída, puro problema enrodilhado em si. Para voltar de ‘dois e dois são quatro’ é preciso voltar, fingir saudade, encontrar o espírito entregue aos amigos, e dizer: como você engordou! Satisfeita até o gargalo pelos seres que mais amo."
“Um nome para o que eu sou, importa muito pouco. Importa o que eu gostaria de ser.
O que eu gostaria de ser era uma lutadora. Quero dizer, uma pessoa que luta pelo bem dos outros. Isso desde pequena eu quis. Por que foi o destino me levando a escrever o que já escrevi, em vez de também desenvolver em mim a qualidade de lutadora que eu tinha? Em pequena, minha família por brincadeira chamava-me de ‘a protetora dos animais’. Porque bastava acusarem uma pessoa para eu imediatamente defendê-la.
[...] No entanto, o que terminei sendo, e tão cedo? Terminei sendo uma pessoa que procura o que profundamente se sente e usa a palavra que o exprima.
É pouco, é muito pouco.”
“Outra coisa que não parece ser entendida pelos outros é quando me chamam de intelectual e eu digo que não sou. De novo, não se trata de modéstia e sim de uma realidade que nem de longe me fere. Ser intelectual é usar sobretudo a inteligência, o que eu não faço: uso é a intuição, o instinto. Ser intelectual é também ter cultura, e eu sou tão má leitora que agora já sem pudor, digo que não tenho mesmo cultura. Nem sequer li as obras importantes da humanidade.
[...] Literata também não sou porque não tornei o fato de escrever livros ‘uma profissão’, nem uma ‘carreira’. Escrevi-os só quando espontaneamente me vieram, e só quando eu realmente quis. Sou uma amadora?
O que sou então? Sou uma pessoa que tem um coração que por vezes percebe, sou uma pessoa que pretendeu pôr em palavras um mundo ininteligível e um mundo impalpável. Sobretudo uma pessoa cujo coração bate de alegria levíssima quando consegue em uma frase dizer alguma coisa sobre a vida humana ou animal.”
" [...] Porque o mais surpreendente é que, mesmo depois de saber de tudo, o mistério continuou intacto. Embora eu saiba que de uma planta brota uma flor, continuo surpreendida com os caminhos secretos da natureza."
“Através de meus graves erros — que um dia eu talvez os possa mencionar sem me vangloriar deles — é que cheguei a poder amar. Até esta glorificação: eu amo o Nada. A consciência de minha permanente queda me leva ao amor do Nada. E desta queda é que começo a fazer minha vida. Com pedras ruins levanto o horror, e com horror eu amo. Não sei o que fazer de mim, já nascida, senão isto: Tu, Deus, que eu amo como quem cai no nada.”
“Quando comecei a escrever, que desejava eu atingir? Queria escrever alguma coisa que fosse tranqüila e sem modas, alguma coisa como a lembrança de um alto monumento que parece mais alto porque é lembrança. Mas queria, de passagem, ter realmente tocado no monumento. Sinceramente não sei o que simbolizava para mim a palavra monumento. E terminei escrevendo coisas inteiramente diferentes.”
“Não sei mais escrever, perdi o jeito. Mas já vi muita coisa no mundo. Uma delas, e não das menos dolorosas, é ter visto bocas se abrirem para dizer ou talvez apenas balbuciar, e simplesmente não conseguirem. Então eu quereria às vezes dizer o que elas não puderam falar. Não sei mais escrever, porém o fato literário tornou-se aos poucos tão desimportante para mim que não saber escrever talvez seja exatamente o que me salvará da literatura.
O que é que se tornou importante para mim? No entanto, o que quer que seja, é através da literatura que poderá talvez se manifestar.”
“Até hoje eu por assim dizer não sabia que se pode não escrever. Gradualmente, gradualmente até que de repente a descoberta tímida: quem sabe, também eu já poderia não escrever. Como é infinitamente mais ambicioso. É quase inalcançável”.
“Há três coisas para as quais eu nasci e para as quais eu dou minha vida. Nasci para amar os outros, nasci para escrever, e nasci para criar meus filhos. O ‘amar os outros’ é tão vasto que inclui até perdão para mim mesma, com o que sobra. As três coisas são tão importantes que minha vida é curta para tanto. Tenho que me apressar, o tempo urge. Não posso perder um minuto do tempo que faz minha vida. Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca [...].”
"Mas dois e dois são quatro e isso é o contrário de uma solução, é beco sem saída, puro problema enrodilhado em si. Para voltar de ‘dois e dois são quatro’ é preciso voltar, fingir saudade, encontrar o espírito entregue aos amigos, e dizer: como você engordou! Satisfeita até o gargalo pelos seres que mais amo."
Pensamentos do dia
"Eu posso fazer qualquer coisa, mas as vezes não faço a menor idéia do porque fiz!"
"A maior solidão de todas é aquela que apóia suas faltas, seus erros, suas ilusões."
"Uma delicadeza pode ser um gesto de carinho, a falta dela pode ser um gesto de indiferença."
"Saudade da sensação provocada é muito diferente de saudade do agente provocador, não confunda!"
"Para alguém que tem fome só o alimento é jóia rara, não adianta ofertar diamantes para quem deseja somente comer."
"A distância entre o ser e o sentir pode variar de uma linha até um abismo."
"Um carinho atencioso suaviza qualquer manhã, até as mais cinzas."
"Bom mesmo é acordar pela manhã e sentir o cheiro de uma noite que continua ao amanhecer"
"Algumas cachoeiras se tornam mais belas através da dificuldade da trilha"
"Arrependimento é um açoite insano sobre nós mesmos."
"A minha verdade é tudo aquilo que me alimenta a alma"
"O valor atribuído invariavelmente é superior ao valor real das coisas e das pessoas. O ser humano tem uma tendência a super estimar ou depreciar sem realidade."
"A maior solidão de todas é aquela que apóia suas faltas, seus erros, suas ilusões."
"Uma delicadeza pode ser um gesto de carinho, a falta dela pode ser um gesto de indiferença."
"Saudade da sensação provocada é muito diferente de saudade do agente provocador, não confunda!"
"Para alguém que tem fome só o alimento é jóia rara, não adianta ofertar diamantes para quem deseja somente comer."
"A distância entre o ser e o sentir pode variar de uma linha até um abismo."
"Um carinho atencioso suaviza qualquer manhã, até as mais cinzas."
"Bom mesmo é acordar pela manhã e sentir o cheiro de uma noite que continua ao amanhecer"
"Algumas cachoeiras se tornam mais belas através da dificuldade da trilha"
"Arrependimento é um açoite insano sobre nós mesmos."
"A minha verdade é tudo aquilo que me alimenta a alma"
"O valor atribuído invariavelmente é superior ao valor real das coisas e das pessoas. O ser humano tem uma tendência a super estimar ou depreciar sem realidade."
Descobertas e percepções
Percebi que família é um laço que o tempo ou a distância não dilui.
Descobri que os amigos são a família que a gente escolhe.
Percebi que todo mundo gosta de um pouco de movimentação para seu lado, sua direção, ser o foco de um movimento.
Descobri que ser mulher não é 9a maravilha do universo, mas que propõe algumas regalias;
Percebi que toda mulher gosta de ser desejada, mesmo que aquele que a deseje não seja quem ela quer;
Descobri que a solidão não passa de uma grande ilusão, uma armadilha que armamos para desculpar a nós mesmos;
Percebi que por mais acompanhado e amado que você esteja há sempre coisas que só você e mais ninguém pode fazer por você mesmo;
A sua vida é escrita pelas suas próprias mãos, não há cúmplices nem culpados, somente você pode começar o movimento para mudar tudo!
Esperar e confiar, mas agindo!
Então, mãos a obra!
Conselhos do Sol e da Lua
Sol na casa 4, lua na casa 1
No período que vai de 06/12 (hoje) às 9h19 a 08/12 às 21h58, Paula, a Lua se encontrará em sua fase minguante, num ângulo tenso em relação ao Sol. As casas ativadas são a 1 (para a Lua) e a 4 (para o Sol): nesta fase, sua consciência se volta mais para dentro, e você percebe a importância de recolher-se, e até de analisar algumas questões passadas que, talvez, demandem um pouco mais de luz. Esta consciência maior de seus processos interiores pode, todavia, ser "embaçada" pela Lua que, estando na primeira casa astral, sugere um excesso de sensibilidade por qualquer coisa. Você pode se perceber mais sensível do que o usual e com uma motivação exagerada para agradar os outros.
A quadratura do Sol com a Lua sugere um período de incoerência: muita coisa funciona bem na teoria, mas na prática não é bem assim. Não chega a ser um período de conflitos exagerados, mas a recomendação é que as decisões importantes sejam tomadas depois, pois no momento o risco é de falha de julgamento.
A quadratura do Sol com a Lua sugere um período de incoerência: muita coisa funciona bem na teoria, mas na prática não é bem assim. Não chega a ser um período de conflitos exagerados, mas a recomendação é que as decisões importantes sejam tomadas depois, pois no momento o risco é de falha de julgamento.
O casaco e o sorvete - Uma parceria interessante
O texto abaixo nasceu de uma brincadeirinha com um grande amigo, mais que amigo, uma alma irmã que enriquece demais o meu viver!
Com vocês: O Casaco e o Sorvete de André Custódio (Megantena) e Paulinha Costa
No píer estava escuro, mas ainda assim ele conseguia ver seu rosto. Ela caminhava com um sorvete na mão, adora sorvete, o gelado em sua boca a fazia sentir-se viva.Sabia que a cada cravada de dentes que dava na massa de morangos ele a olhava de canto e recuava tímido.
Não estava frio, a noite era de lua, ela gosta de olhar a lua naquele píer, mas nesta noite não estava sozinha. Além de seu amigo, alguém os observava ao longe, uma presença misteriosa. Ela o chamava de amigo do píer, mas nunca haviam se falado, a figura ao longe era nova por ali. Ela resolveu falar com ele nesta noite e justamente quando conseguiu coragem para ir na sua direção apareceu alguém, quem era essa figura agora?
Quando ele era criança e visitava aquele já velho píer com seus pais e irmãos, ainda não sabia que era ali que sua vida mudaria para sempre.Depois que foi deixado para trás por seus pais em uma fuga para outro país, ele nunca mais viu ali naquele lugar o mesmo lugar delicioso de seus tempos de infância.
A sua roupa estava muito quente, começou a tirar o casaco, quando tropeçou. Ela não queria levantar nunca mais, queria que mundo acabasse ali, que um buraco a sugasse para sempre, que vergonha.Ele riu e lembrou se da vida.Ela era agora.Ela e sua roupa lambuzada.Aquele sorriso envergonhado era pra ele uma golfada de ar fresco. E agora o que eu faço? Vou fingir que morri, não, isso também já é demais, vou levantar rápido como no Matrix, ah não, isso não seria ridículo? Riu e começou a levantar em câmera lenta, achou mais charmoso. Ele estava vindo na sua direção. Ai meu Deus, morri.
Deixa que eu te ajudo! Eram as primeiras palavras entre eles.
Eu estou bem, você viu o meu sorvete? Ele riu. Pensando no sorvete e o joelho sangrando.Ficou com vontade de provar.
Se você me deixar eu pago um novo pra você, porque o seu já era.
A figura misteriosa se moveu e os dois se assustaram. Depois caíram na risada, era só um casaco pendurado.
Ela ainda estava no chão e ele pediu para limpar seu joelho. Melhor do que sentir o gelado do sorvete era alguém tocando seu joelho. Mesmo sentindo a dor que as pedrinhas de areia provocavam enquanto ele a limpava, ela pensava, como aquilo era bom.Nunca antes havia sido tocada daquele jeito.
Por um instante pensou no casaco que a assustou antes, quando o procurou novamente, já não estava lá.
O casaco sumiu. Ele olhou naquela direção. Acho que não estamos sós.
Eles se levantaram e tudo aconteceu tão rápido que não houve tempo para reação.
Apareceu do escuro aquela figura bruta, apenas gritou com ela. Eu sabia. E atirou contra os dois.Uma bala foi suficiente para os dois.
Pegou o sorvete caído e sumiu na escuridão.
No píer estava escuro, mas ainda assim ele conseguia ver seu rosto. Ela caminhava com um sorvete na mão, adora sorvete, o gelado em sua boca a fazia sentir-se viva.Sabia que a cada cravada de dentes que dava na massa de morangos ele a olhava de canto e recuava tímido.
Não estava frio, a noite era de lua, ela gosta de olhar a lua naquele píer, mas nesta noite não estava sozinha. Além de seu amigo, alguém os observava ao longe, uma presença misteriosa. Ela o chamava de amigo do píer, mas nunca haviam se falado, a figura ao longe era nova por ali. Ela resolveu falar com ele nesta noite e justamente quando conseguiu coragem para ir na sua direção apareceu alguém, quem era essa figura agora?
Quando ele era criança e visitava aquele já velho píer com seus pais e irmãos, ainda não sabia que era ali que sua vida mudaria para sempre.Depois que foi deixado para trás por seus pais em uma fuga para outro país, ele nunca mais viu ali naquele lugar o mesmo lugar delicioso de seus tempos de infância.
A sua roupa estava muito quente, começou a tirar o casaco, quando tropeçou. Ela não queria levantar nunca mais, queria que mundo acabasse ali, que um buraco a sugasse para sempre, que vergonha.Ele riu e lembrou se da vida.Ela era agora.Ela e sua roupa lambuzada.Aquele sorriso envergonhado era pra ele uma golfada de ar fresco. E agora o que eu faço? Vou fingir que morri, não, isso também já é demais, vou levantar rápido como no Matrix, ah não, isso não seria ridículo? Riu e começou a levantar em câmera lenta, achou mais charmoso. Ele estava vindo na sua direção. Ai meu Deus, morri.
Deixa que eu te ajudo! Eram as primeiras palavras entre eles.
Eu estou bem, você viu o meu sorvete? Ele riu. Pensando no sorvete e o joelho sangrando.Ficou com vontade de provar.
Se você me deixar eu pago um novo pra você, porque o seu já era.
A figura misteriosa se moveu e os dois se assustaram. Depois caíram na risada, era só um casaco pendurado.
Ela ainda estava no chão e ele pediu para limpar seu joelho. Melhor do que sentir o gelado do sorvete era alguém tocando seu joelho. Mesmo sentindo a dor que as pedrinhas de areia provocavam enquanto ele a limpava, ela pensava, como aquilo era bom.Nunca antes havia sido tocada daquele jeito.
Por um instante pensou no casaco que a assustou antes, quando o procurou novamente, já não estava lá.
O casaco sumiu. Ele olhou naquela direção. Acho que não estamos sós.
Eles se levantaram e tudo aconteceu tão rápido que não houve tempo para reação.
Apareceu do escuro aquela figura bruta, apenas gritou com ela. Eu sabia. E atirou contra os dois.Uma bala foi suficiente para os dois.
Pegou o sorvete caído e sumiu na escuridão.
Eu tive um um sonho, vou te contar
Eu nunca entendi direito o motivo que fez a minha mãe calar diante das suas intuições, mas estou começando a entender, aliás não só isso. Conforme vou adquirindo mais anos, eu a compreendo mais.
A minha mãe tem insights, intuições, premonições e outras coisas desse tipo e desde que eu percebi essa habilidade dela eu não entendia porque ela não avisava as pessoas.
Ninguém sabe o que vai realmente acontecer no futuro, ele pode mudar a qualquer momento, um detalhe e tudo muda. Hoje eu entendo melhor.
Talvez no decorrer de sua vida ela tenha passado por situações que a fizeram escolher calar para não se sentir invasiva ou ridícula.
Eu ignorava estas sensações até ser esbofeteada por elas. Há momentos que simplesmente eu não sei o que fazer com elas, me atrapalho toda e pareço uma maluca. No fim das contas fica muito difícil discernir sobre o que está aparecendo e diferenciar seus medos e cuidados de suas intuições, principalmente quando se trata de pessoas que você ama. Junte isso a uma super proteção quase maternal, a bagunça está mais do que formada.
Decisão difícil esta a de calar ou falar. Eu entendo a minha mãe.
Só fico imaginando o que sente quando aquilo que ela pressentiu acontece e ela não fez nada que pudesse mudar, ou ajudar, ou alertar, sei lá. Escolher entre dois sentimentos desagradáveis é a pior coisa do mundo.
E essas sensações estão na veia da família, não há como fugir. E muitas vezes eu tenho medo, como uma amiga que disse uma vez que detestava sonhar porque seus sonhos aconteciam.
É mais uma pergunta para a minha listinha. Deus por que? Para que isso?
Eu ainda não sei o que vou fazer, espero encontrar uma resposta sensata.
Se bem que eu não consigo ser sensata quando sinto que um dos meus irá passar por alguma coisa difícil, meu primeiro ímpeto é o de proteger, mas pensando friamente "quem sou eu para achar que posso proteger alguém de alguma coisa que ele tem de passar?"
Quanta contradição cabe em mim? Viver é muito louco!
A minha mãe tem insights, intuições, premonições e outras coisas desse tipo e desde que eu percebi essa habilidade dela eu não entendia porque ela não avisava as pessoas.
Ninguém sabe o que vai realmente acontecer no futuro, ele pode mudar a qualquer momento, um detalhe e tudo muda. Hoje eu entendo melhor.
Talvez no decorrer de sua vida ela tenha passado por situações que a fizeram escolher calar para não se sentir invasiva ou ridícula.
Eu ignorava estas sensações até ser esbofeteada por elas. Há momentos que simplesmente eu não sei o que fazer com elas, me atrapalho toda e pareço uma maluca. No fim das contas fica muito difícil discernir sobre o que está aparecendo e diferenciar seus medos e cuidados de suas intuições, principalmente quando se trata de pessoas que você ama. Junte isso a uma super proteção quase maternal, a bagunça está mais do que formada.
Decisão difícil esta a de calar ou falar. Eu entendo a minha mãe.
Só fico imaginando o que sente quando aquilo que ela pressentiu acontece e ela não fez nada que pudesse mudar, ou ajudar, ou alertar, sei lá. Escolher entre dois sentimentos desagradáveis é a pior coisa do mundo.
E essas sensações estão na veia da família, não há como fugir. E muitas vezes eu tenho medo, como uma amiga que disse uma vez que detestava sonhar porque seus sonhos aconteciam.
É mais uma pergunta para a minha listinha. Deus por que? Para que isso?
Eu ainda não sei o que vou fazer, espero encontrar uma resposta sensata.
Se bem que eu não consigo ser sensata quando sinto que um dos meus irá passar por alguma coisa difícil, meu primeiro ímpeto é o de proteger, mas pensando friamente "quem sou eu para achar que posso proteger alguém de alguma coisa que ele tem de passar?"
Quanta contradição cabe em mim? Viver é muito louco!
Nós, os seres humanos e a incoerência - Julie e Julia, o filme, entre outras coisas
Num daqueles ímpetos de cinema, eu fui sem nem sequer saber o que iria assistir. Isso mudou minha vida hoje.
Meus dias não tem sido dos melhores. Não consegui bater a minha meta de vendas, apesar de ter trabalhado duro. Estou completamente insatisfeita no meu trabalho por conta de forças alheias a minha vontade.
Desde a semana passada uma cólica intermitente me persegue, estou a base de remédios, talvez conseqüência de uma TPM monstro que me assolou, talvez tudo isso ainda seja reverberações dessa TPM que não passa, talvez eu esteja descontente mesmo, talvez seja a lua, ou qualquer outra conjunção astral, quem sabe? O fato é que estive passando por dias não tão bons.
O ser humano é tão incoerente nas suas sensações! E eu me enquadro nisso, também sou um ser humano afinal.
Eu estava tão murcha que não conseguia nem aproveitar o som de uma música que eu gosto e que normalmente me faria dançar e cantar ao volante, mas não neste dia. E falando comigo mesma, cadê aquela pessoa que não pode ouvir uma música que já sai cantando e dançando?
Eu estava cansada, de saco cheio mesmo. Sabe quando o nível chega em pensar em largar tudo e ir vender qualquer coisa numa praia qualquer? Malditos hormônios, eu acho que são eles, não estou me reconhecendo nestes dias. Eu queria que alguém me salvasse de mim mesma, mas não tinha ninguém apto para a função.
Ir ao cinema foi como ouvir o conselho de um anjinho sussurrado em meu ouvido. O filme me salvou.
O filme escolhido foi Julie e Julia, só tinha esta opção no horário que chegamos, mas uma do meu anjinho. Ele estava bem ativo!
Um filme doce, leve, gostoso, saboroso como os pratos da culinária francesa que são apresentados ao longo dele. Uma viagem gastronômica sem dúvidas, com dicas e pratos lindíssimos. Um amigo me disse uma vez que cozinhar é como alquimia e é realmente, falar sobre cozinhar de forma tão suave e alegre foi uma maestria neste filme.
Não, não é um filme de culinária, é um filme sobre duas pessoas que adoram cozinhar e acabam fazendo disso a alegria para transformar suas vidas. Há também, claro, o relacionamento em um casamento, (no filme, perfeito)dois maridos apaixonados, generosos e felizes com suas esposas.
Não há drama de relacionamento, não há traição, não há desamor, não há separações. Há o bem estar em estar acompanhada de alguém que ama verdadeiramente e o quanto o apoio desse alguém pode deixar a vida tão mais saborosa.
Sai do cinema leve, com vontade de cozinhar, vontade de aprender a cozinhar de verdade e curiosa quanto a cozinha francesa.
Não precisaria nem dizer, mas, também queria um marido assim como o delas. Neste mundo tão maluco, cheio de gente tão incoerente e inconseqüente parece cada vez mais difícil encontrar alguém que deixe a vida mais doce, mais leve e saborosa!
Meus dias não tem sido dos melhores. Não consegui bater a minha meta de vendas, apesar de ter trabalhado duro. Estou completamente insatisfeita no meu trabalho por conta de forças alheias a minha vontade.
Desde a semana passada uma cólica intermitente me persegue, estou a base de remédios, talvez conseqüência de uma TPM monstro que me assolou, talvez tudo isso ainda seja reverberações dessa TPM que não passa, talvez eu esteja descontente mesmo, talvez seja a lua, ou qualquer outra conjunção astral, quem sabe? O fato é que estive passando por dias não tão bons.
O ser humano é tão incoerente nas suas sensações! E eu me enquadro nisso, também sou um ser humano afinal.
Eu estava tão murcha que não conseguia nem aproveitar o som de uma música que eu gosto e que normalmente me faria dançar e cantar ao volante, mas não neste dia. E falando comigo mesma, cadê aquela pessoa que não pode ouvir uma música que já sai cantando e dançando?
Eu estava cansada, de saco cheio mesmo. Sabe quando o nível chega em pensar em largar tudo e ir vender qualquer coisa numa praia qualquer? Malditos hormônios, eu acho que são eles, não estou me reconhecendo nestes dias. Eu queria que alguém me salvasse de mim mesma, mas não tinha ninguém apto para a função.
Ir ao cinema foi como ouvir o conselho de um anjinho sussurrado em meu ouvido. O filme me salvou.
O filme escolhido foi Julie e Julia, só tinha esta opção no horário que chegamos, mas uma do meu anjinho. Ele estava bem ativo!
Um filme doce, leve, gostoso, saboroso como os pratos da culinária francesa que são apresentados ao longo dele. Uma viagem gastronômica sem dúvidas, com dicas e pratos lindíssimos. Um amigo me disse uma vez que cozinhar é como alquimia e é realmente, falar sobre cozinhar de forma tão suave e alegre foi uma maestria neste filme.
Não, não é um filme de culinária, é um filme sobre duas pessoas que adoram cozinhar e acabam fazendo disso a alegria para transformar suas vidas. Há também, claro, o relacionamento em um casamento, (no filme, perfeito)dois maridos apaixonados, generosos e felizes com suas esposas.
Não há drama de relacionamento, não há traição, não há desamor, não há separações. Há o bem estar em estar acompanhada de alguém que ama verdadeiramente e o quanto o apoio desse alguém pode deixar a vida tão mais saborosa.
Sai do cinema leve, com vontade de cozinhar, vontade de aprender a cozinhar de verdade e curiosa quanto a cozinha francesa.
Não precisaria nem dizer, mas, também queria um marido assim como o delas. Neste mundo tão maluco, cheio de gente tão incoerente e inconseqüente parece cada vez mais difícil encontrar alguém que deixe a vida mais doce, mais leve e saborosa!
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