Separô toda a minha correria
Separô o joio do trigo e da padaria
Separô diante de mim quando minha tristeza era parte do dia
Separô Dona Beleza de Dona Maria
Separô o que não restava do que já não tinha
Separô diante minha palavra e se fez poesia
Separô pra ouvir meu protesto, meu gesto que - incerto -
talvez não faria
Separô o silêncio da dor me trazendo alegria
Separô pra pensar no que a gente faria
se não houvesse a poesia,
se não restasse farinha pro nosso pão!
Iria só até o fim
Daria tudo e mais um pouco de mim
Separa um tanto que o outro eu te dou
Separa a chuva pra continuar flor! (TM)
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Quanta mudança alcança o nosso ser
Posso ser assim, daqui a pouco não.
Quanta mudança alcança o nosso ser,
Posso ser assim daqui a pouco?
Se agregar não é segregar
Se agora for, foi-se a hora
Dispensar não é não pensar
Se saciou, foi-se embora
Quanta mudança....daqui a pouco....
Se lembrar não é celebrar
Dura-lhe a dor, quando aflora
Esquecer não é perdoar
Se consagrou, sangra agora
Tempo de dar colo, tempo de decolar
Tempo de dar colo, tempo de decolar
O que há é o que é
E o que será, nascerá
nasss...será?
Reciclar a palavra, o telhado e o porão
Reinventar tantas outras notas musicais
Escrever um pretexto, um prefácio, um refrão
Ser essência, muito mais
Ser essência muito mais
A porta aberta, o porto, a casa, o caos, o cais
Se lembrar de celebrar muito mais
Se lembrar de celebrar muito mais
A poesia prevalece, a essência , a paz, a ciência
Não acomodar com o que incomoda
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