Eu quero saber, mas não consigo ver


Tem algo na espreita, que me observa e as vezes sorri pra mim, mas eu não consigo ver o que é.
Estou me sentindo em constante atenção, atenção que não é minha. Eu não consigo ver o que está ali.
Eu sei que mais cedo ou mais tarde isso vai se revelar, então me divido entre calmaria e ansiedade.
Hoje eu não estou aqui, hoje estou voltando daquela viagem, aquela de trilhas lindas e deliciosos banhos de cachoeira.
Estou voltando pra casa e também é bom voltar para o meu conforto.
Não dá pra passar muito tempo viajando com a vida real aguardando sua volta.
Tudo tem seu tempo e seu deleite, por isso aproveitar intensamente é essencial.
Fiquei nostálgica, saudades do que ainda não veio, saudades de um sorriso que ainda não dei por um motivo que ainda não sei qual é.
A vida é sábia e tudo tem seu lugar, seu encaixe perfeito. É só relaxar e confiar.
Talvez o que esteja na espreita seja o que não deva ser revelado mesmo, quem sabe?
Não quero passar pela tempestade, não vou esperar ela chegar, um simples prelúdio de sua chegada já me desorientou. Cadê a minha bússola? Eu quero voltar pra casa.
A viagem foi bela e rica, mas eu não posso ficar, é impossível ficar. Eu quero a segurança do meu quarto, o conforto do meu travesseiro, o banho tranquilo do meu chuveiro.

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