Um adeus que nunca termina

Ontem foi o dia dela, a minha rainha, minha avó Iracema faria aniversário se ainda estivesse nesta terra. Se ainda estivesse aqui, com certeza teríamos festa. Se ainda estivesse aqui eu correria para dar um cheiro naquele pescoço com aroma de amor de vó.
Não dá para passar por esta data ilesa, 2 de fevereiro nunca mais será o mesmo. 
Cara, a ausência que a morte trás vem acompanhada de uma dor aguda, um vazio sem precedentes e uma saudade infinita, assim ao pé da letra, sem fim.
Não dá para comparar com mais nenhuma outra dor.

A gente acha que já sofreu muito por amor, por ciúme, por traição, por tomar um fora, eu preferiria passar por tudo isso mil vezes, do que estar sentindo agora esta saudade da minha avó, porque essa, meu amigo, não tem jeito, não passa e não há o que fazer, nunca mais.

Nunca mais correr para aquele colinho, nunca mais pedir oração, nunca mais ouvir aqueles conselhos cheios de sabedoria, nunca mais rir com ela, nunca mais ouvir a gargalhada dela no meio de uma história... nunca mais. Nunca mais a simplicidade certeira quando reclamávamos da vida.
Na presença dela a vida fazia mais sentido.
Você faz falta dona Iracema!
Pô, já faz um ano?!
Que saudade vó, que saudade!

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