Certa vez ouvi de um senhor muito sábio e que estava bem doente, que a vida havia lhe enviado aquela enfermidade para que ele aprendesse sobre dor.
Imaginei naquele dia, que aprender com a dor do outro deveria uma das coisas mais difícil de se fazer.
Desde então, exercito a observação e tento, sinceramente, não julgar o sofrimento do outro.
Quando a gente sofre, a nossa dor é a maior coisa do universo, não há outro sentimento que possa suplantar a dor em seu ápice.
Eu também sempre me questiono sobre o que é compaixão e como ela se manifesta em determinado acontecimento, nem sempre alcanço resposta, mas tenho aprendido sobre mim nestas observações em torno do sofrimento.
Eu me sinto impotente diante de tanta dor pelo mundo. As pessoas sofrem demais, mesmo aquelas (e talvez, principalmente) que distribuem mal estar.
Parece, as vezes, que o mundo é uma grande ferida em carne viva, qualquer movimento e tudo sangra dolorido.
Eu sou só uma pessoa comum, sem poderes paranormais, sem influência ou audiência. Sou um ser que também tem seus momentos de sofrimento e auto flagelação moral.
Embora em meu coração exista um desejo latente de sanar a dor, eu tenho a total consciência da minha falta de noção neste sentido. Cada um tem a sua história para carregar, eu sei.
Então, dentro da minha normalidade, eu envio sorrisos, vibrações, uma prece, um abraço a distância, apertado e amoroso. Me enche a alma de alegria quando consigo produzir um sorriso, um alívio, uma esperança;
Sou do tipo inconformada e apesar de muito procurar e questionar e experimentar ainda não obtive a resposta.
Por que precisa ser assim? Por que tanto sofrimento?
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