Recentemente assisti a um documentário sobre Jung que me pareceu simples, mas apesar de curto, honestamente representativo sobre Jung, Freud e a psicanálise.
Transcrevo abaixo as partes que achei mais interessante, mas recomendo que assistam aos vídeos.
Dr. Carl Gustav Jung, psicólogo suiço do começo do século XX, que percebeu e direcionou seu trabalho para o encontro de cada indíviduo consigo mesmo.
Independente dos costumes e conformidade da época, ele valorizou o que cada pessoa pensava e sentia em seu íntimo. "O que é como VOCÊ se sente?"
Jung dizia que todos deveríamos conhecer melhor a nós mesmos e as nossas motivações e se todos conseguíssemos olhar mais para esses aspectos aceitaríamos melhor as diferenças".
Em sua própria vida, Carl Jung embarcou em uma dolorosa jornada de auto-descobrimento e as lições que aprendeu forneceram inspiração para as gerações seguintes.
Jung se juntou a Freud e ficou no centro de uma revolução mundial da psicologia baseada no conceito de Freud de INCONSCIENTE.
Freud argumentou que as pessoas eram movidas por impulsos reprimidos, das quais nem tinham consciência.
Enquanto Freud era fechado e rígido, Jung era muito aberto e não fechava os olhos para nada.
As idéias sobre sexualidade de Freud eram muito perturbadoras para Jung. Enquanto Freud acreditava que que os impulsos sexuais eram a força principal por trás do comportamento humano, Jung acreditava que somos movidos por muitos outros fatores, como as crenças religiosas, a necessidade de aprovação e a sede de poder. Essa divergência causou a ruptura entre os dois.
Jung desenvolveu seu próprio processo de auto-análise ao se defrontar com a crise pessoal e profissional que a guerra e a ruptura com o conselho de psicologia ocasionou.
Se retirou em sua casa do lago e passou por um profundo processo de auto-análise, passou horas sozinho, gravando seus pensamentos, analisando seus sonhos e fazendo inúmeros desenhos tentando expressar as partes mais profundas do seu inconsciente. Passou assim, a criar seu próprio método de psicanálise.
Jung acreditava que Freud havia deixado de lado uma força influente em seu estudo, a história da civilização.
Assim Jung passou a estudar muitas culturas e religiões do mundo todo e observou que mesmo as mais distantes compartilhavam de idéias semelhantes e padrões de comportamento. Percebeu que culturas muitos distantes umas das outras contavam histórias muito similares sem nunca terem se comunicado.
Jung concluiu que nosso inconsciente não era influenciado apenas por nossas experiências individuais, mas também pelo coletivo de experiências de todas as pessoas. Essas idéias comuns eram passadas pela história, pela religião e pela cultura.
Ele chamou este conhecimento herdado de "Inconsciente Coletivo". É esse inconsciente coletivo que leva pessoas pelo mundo afora a adotarem padrões de comportamento semelhantes sem nem perceberem isso.
Esses padrões de compartamento ou arquétipos, como Jung os chamava, podem muitas vezes nos ajudar a categorizar outras pessoas de forma rápida.
Muitos de nós atuamos inconscientemente com esses papéis arquetípicos, a mãe cuidadora, o bom filho, a pessoa de sucesso, mas geralmente existe uma pessoa complexa e única dentro de nós, lutando para ser reconhecida.
Jung achava que para sermos realmente felizes deveríamos parar de tentar sermos quem achamos que deveríamos ser ou o que todos esperam que sejamos. E descobrir quem realmente somos.
Promover a individualidade tornou-se a base para o trabalho de Jung.
Ele definiu o processo de descoberta e categorização de personalidades de TIPOLOGIA. A tipologia ajuda muito a explicar as diferentes formas de se funcionar e também diz que não há problema em ser diferente.
Jung acreditava que se todos conseguissem aceitar suas diferenças haveria menos conflitos no mundo.
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