Durante uma fase turbulenta, onde os pensamentos mudam de direção como um barco lançado ao mar sem leme, é preciso saber a importância de se dar um tempo para respirar. Não estou falando do respirar do corpo. Estou me referindo ao respirar da alma, aquela que muitas vezes deixamos encoberta pelas camadas aparentes dos sorrisos encomendados.
A nossa alma precisa respirar para nos ajudar a encontrar o caminho quando o coração e a razão entram em conflitos que não levam a nada, apenas guerras frias num desacordo sem fim.
Hoje eu me sinto saindo de um nevoeiro asfixiante.
Sinto como se minha alma tivesse saido de um mergulho profundo, onde o ar já tinha acabado e eu precisei morrer por alguns minutos para acordar do outro lado.
Eu precisei de um tempo para respirar a alma e para que pudesse vê-la de frente novamente.
Hoje eu posso me olhar no espelho e me ver completa, corpo, alma, coração e mente. Não podemos esquecer que somos tantos dentro de um só.
Não podemos esquecer que ao nos deixarmos levar por um desses, os outros devem estar acordados sobre o caminho, para que não haja conflito, para que não possamos nos perder.
Meu coração está leve e depois de alguns dias de tempestade posso contemplar um lindo arco-iris.
A vida é um aprendizado incessante, mas é tão deliciosa que me faz lembrar o jardim da infância, uma escola de brincar, mas de brincar de coisa séria.
No fim pode ser isso mesmo, porque me sinto tão criança e tão boba nos meus grandes problemas depois que eles passam, que me fazem até cócegas.
Um céu azul de um dia ensolarado enche meu coração de risadas de crianças hoje e no fim eu estou lá com elas, tão criança como qualquer uma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Fique a vontade e entre na conversa!