Eu tive que viajar às pressas para dar meu último adeus à minha avó, ela faleceu aos 95 anos, estava cansadinha, já viveu muito, criou filhos, ajudou a criar netos, se alegrou com os bisnetos. Suponho que ela esteja feliz, partiu com a sensação de dever cumprido.
Eu não fiquei triste, não chorei, no meu coração senti que ela estava feliz agora. Quando nos vimos pela última vez ela me disse que já tinha vivido o bastante e que estava cansada, não que ela estivesse em depressão, nada disso, apenas uma constatação, afinal estava lúcida.
No enterro vi pessoas que não conheço, da minha própria familia, mas nunca tive contato algum, coisa estranha, mas talvez natural para muitos, que como eu não tiveram aquela família super unida.
Depois andei pela cidade onde cresci, onde vivi até os meus 16 anos. Vi o prédio onde fiz o pré-primário. Andei um pouco por aquelas ruas onde estive na minha infância brincando de esconder, de pega-pega, fiquei nostálgica.
Eu tive uma infância boa, uma adolescência não tão complicada, e portanto, feliz.
A morte é inexorável, mas a vida é do jeito que a gente faz!
Eu me lembro da minha avó bem, batalhadora, guerreira, brincalhona, sempre tinha uma piadinha para fazer.
Lembranças boas da infância, da adolescência e da minha avó, foi isso que eu fui encontrar, o resto foi detalhe, e isso foi o que realmente importou.
A vida é assim: cheia de suas lógicas peculiares!
ResponderExcluirNascer, crescer, se multiplicar e morrer.
Mas é finito?
Cada individuo tem sua crença pessoal...
Para mim não há término... em nossos corações, em nossa mente... o tempo apaga ou suaviza toda e qualquer lembrança que não seja boa e nós nos lembramos apenas dos momentos felizes...
Guardar momentos felizes em nossas corações nos faz bem!
Fique bem