Beija, beija, comigo não!

Eu estou começando a achar que realmente fiquei careta. Será?
Eu gosto muito de observar as pessoas, é uma mania. E tenho visto cada coisa...
Bem, talvez, eu esteja fora da noite por algum tempo, afinal estou solteira recentemente, mas mesmo assim, estou achando o mundo um tanto, nem sei como nomear.
Algumas mulheres até me constrangem com a forma de abordar um homem que as interessou, as vezes, me senti numa guerrilha no meio de um bar, uma festa.
Alguns rapazes, nem tão jovens assim, saindo para encher a cara e beijar a noite inteira, quantas bocas possível.
Veja a contradição, elas saem para encontrar um namorado, mas embarcam na onda dos caras que não querem achar nada além de uma noite de diversão, o resultado não pode ser outro, frustração para elas, uma a mais naquela noite para eles.
Eu não estou generalizando, estou relatando fatos que observei em alguns lugares que eu fui. 
E só para esclarecer eu não frequento balada de adolescente, afinal eu já sou uma trintona, procuro ir em lugares que estejam pessoas da mesma faixa.
O que eu percebo é que houve uma inversão total, o homem não precisa mais escolher e conquistar, ele simplesmente é fisgado. Ficou fácil demais!
E a demanda? Muita mulher solteira carente, disposta a se expor.
Os homens parecem sentir este cheiro no ar, ficam esperando a próxima.
Talvez eu esteja careta mesmo, porque não consigo me imaginar neste situação, hoje aos 32 anos, beijando um desconhecido. É muita intimidade para compartilhar assim, com esta facilidade, promiscuidade até, eu me arrisco em dizer.
Veja este diálogo que eu presenciei uma parte:
Ela - Não me pergunte sobre a minha vida se você não quer saber.
Ele - Ah, a gente se conheceu agora, eu perguntei por isso.
Ela - Perguntou por perguntar, mas na verdade não quer saber.
Ele - Você está indo muito profundo, é muita racionalidade para este momento, para quem bebeu como nós, quer dizer, eu estou bêbado, não sei se você está.
Ela - Olha, você não quer saber sobre mim, nem quer me conhecer, você quer se divertir comigo, então beleza vamos nos divertir. 
Ela levantou e o beijo ardentemente, como se fosse completamente apaixonada por aquele ser visivelmente bêbado e que muito provavelmente nem vai lembrar o nome dela no dia seguinte.
Achei que ela foi bem prática e cortou a enrolação do cara para ir direto ao assunto. 
Não a julgo, nem a ele. Cada um sabe de si.
Mas eu não me vejo nessa situação de jeito nenhum.
Quando um garoto me confunde com uma garotinha e me pede um beijo, eu me controlo para não ser grosseira, mas minha vontade é ... deixa pra lá.
Eu já fiz isso nos meus 20 e pouquinhos anos, acho que todo mundo passa por esta fase, mas hoje não dá, eu me sentiria ridícula. 
E, como eu me respeito acima de tudo, não embarco nessa nem depois de uma garrafa de vodka.
Se eu sou carente? Não mesmo, meus conflitos eu resolvo comigo mesma. 
Eu gosto de mim, me acho especial demais para me expor assim a um desconhecido qualquer.
E tem mais, bundinha que mamãe passou talquinho com tanto carinho não é para vagabundo qualquer colocar a mão, não mesmo!
Será que eu estou no século errado? Pode ser, mas eu estou bem feliz comigo mesma.
E, quando vejo uma amiga decepcionada porque criou expectativa de receber uma ligação do cara da noite anterior, acho melhor preparar uma taça de vinho, um filme engraçado e lhe dar um abração, porque amigo é isso ai, um colinho gostoso na hora certa.

Ame e liberte

Eu estava ouvindo Marisa Monte hoje e percebi na música dela uma idéia que compartilho. É a música "Pelo Tempo que Durar".

Amar sempre vale a pena, sempre mesmo. Aquela sensação de eternidade é maravilhosa, e ser amado na mesma intensidade então, ah que coisa boa!

Mas é uma sensação, ela pode passar, e se passar não se arrependa, ame e liberte. 

Viver um grande amor é privilégio para poucos e se foi bom, e se te fez crescer, se conhecer, se sentir a pessoa mais feliz e amada do universo... hummmm se arrepender de que? De ter vivido? 

Não, não se arrependa, agradeça a experiência. 

Há pessoas que vão passar a vida inteira sem saber o que é isso, sinta-se privilegiado. Valeu à pena.

O amor é um presente que a vida nos oferece para deixar a caminhada mais suave, pode durar um mês, um ano, quem pode saber? Mas é um presente, então agradeça. Ame e liberte.

Tudo se transforma, o sentimento, a outra pessoa, você mesmo. 

A felicidade é feita de momentos e quando estes momentos ficam raros na relação, é hora de refletir, consertar, se valer à pena, ou apagar tudo e recomeçar do zero com aquela pessoa, ou simplesmente com você mesmo. Mas ame e liberte.

Ame porque é essencial à vida e liberte porque a liberdade deve ser sua e do outro. Não existe nada que mantenha um relacionamento além da vontade de estar junto, é uma escolha acima de tudo. E que seja infinito, bom, intenso e te faça bem, enquanto dure (usando um pouco do Vinícius).

Eu não acredito no amor com luta e sofrimento. Se acabar é porque tinha que ser assim, e pronto, é sempre para o bem, para a evolução, para o renascimento.

O amor pode vir a qualquer tempo, acontece novamente e acredite, acontece mesmo. Esse negócio de amor eterno e que se não foi para sempre é porque não foi amor, é a mais pura mentira, idéia incutida pelo romantismo. Você pode acreditar se quiser, mas é uma ilusão e como toda ilusão, trás sofrimento.

O amor pode não ser eterno, mas com certeza é um encontro de almas para o bem, para a felicidade. Então ame e liberte. Liberte a si, mas não esqueça de mater o outro sempre livre também. Se tiver de ser, a vida se encarrega.

E para encerrar, a música que eu adoro. Ah, mas, veja bem, "passar pela vida com você" não quer dizer passar a vida inteira com você.


"Pelo tempo que durar (Marisa Monte e Adriana Calcanhoto)

Nada vai permanecer

No estado em que está

Eu só penso em ver você

Eu só quero te encontrar

Geleiras vão derreter

Estrelas vão se apagar

E eu pensando em ter você

Pelo tempo que durar

Coisas vão se transformar

Para desaparecer

E eu pensando em ficar

A vida a te transcorrer

E eu pensando em passar

Pela vida com você

Significados importantes

Algumas pessoas utilizam palavras sem nunca terem conhecido o verdadeiro significado delas, são palavras tão importantes, com significados tão especiais que os dicionários não conseguiriam expressar em todo seu explendor, porém podem dar uma noção sobre elas.
Como eu costumo tocar muito nestes assuntos aqui no blog, resolvi colocar alguns significados para que todos saibam pelo menos uma parte deste imenso aprender sobre a vida, seus sinais, suas consequências, suas reações, e talvez, quem sabe, um objetivo, uma meta, um novo pensar, um novo agir, um renascimento, uma quebra de paradigma. Afinal, falar sobre algo que não se conhece, não se sente ou não se sabe, seria pura hipocrisia.

Direto do dicionário:

hipocrisia Manifestação de fingidas virtudes, sentimentos bons, devoção religiosa, compaixão etc.; fingimento, falsidade.)

amizade (lat amicitate) 1 Sentimento de amigo; afeto que liga as pessoas. 2 Reciprocidade de afeto. 3 Benevolência. 4 Amor.

benevolência (lat benevolentia) 1 Qualidade do que é benévolo; boa vontade para com alguém. 2 Complacência, indulgência.

afeto (lat affectu) 1 Sentimento de afeição ou inclinação para alguém. 2 Amizade, paixão, simpatia. adj 1 Afeiçoado.

amor (lat amore) 1 Sentimento que impele as pessoas para o que se lhes afigura belo, digno ou grandioso. 2 Grande afeição de uma a outra pessoa de sexo contrário. 3 Afeição, grande amizade, ligação espiritual. 4 Objeto dessa afeição. 5 Benevolência, carinho, simpatia. 6 Tendência ou instinto que aproxima os animais para a reprodução. 7 Desejo sexual. 8 Ambição, cobiça: Amor do ganho. 9 Culto, veneração: Amor à legalidade, ao trabalho. 10 Caridade. 11 Coisa ou pessoa bonita, preciosa, bem apresentada. 12 Filos Tendência da alma para se apegar aos objetos. Antôn: aversão, ódio. sm pl 1 Namoro. 2 O objeto amado. 3 O tempo em que se ama.

leal (lat legale) 1 Conforme às leis da probidade e da honra. 2 Digno, honesto. 3 Franco, sincero.

probidade (lat probitate) 1 Qualidade de probo. 2 Integridade de caráter; retidão, honradez.

honra (der de honrar) 1 Sentimento que leva o homem a procurar merecer e manter a consideração pública. 2 Pundonor. 3 Consideração ou homenagem à virtude, ao talento, às boas qualidades humanas. 4 Probidade.

pundonor 1 Sentimento de dignidade; brio, decoro. 2 Cavalheirismo. 3 Denodo.

brio (célt brigos) 1 Sentimento da própria dignidade. 2 Ânimo esforçado. 3 Coragem, valentia. 4 Generosidade. 5 Galhardia, garbo.

honradez 1 Caráter ou qualidade de honrado, honesto. 2 Integridade de caráter.

dignidade (lat dignitate) 1 Modo de proceder que infunde respeito. 2 Elevação ou grandeza moral. 3 Honra. 4 Autoridade, gravidade. 5 Qualidade daquele ou daquilo que é nobre e grande. 6 Honraria. 7 Título ou cargo de graduação elevada. 8 Respeitabilidade. 9 Pundonor, seriedade. 10 Nobreza.

respeito (lat respectu) 1 Ação ou efeito de respeitar ou respeitar-se. 2 Aspecto ou lado por onde se encara uma questão; consideração, modo de ver, motivo, razão. 3 Apreço, atenção, consideração.

generoso (lat generosu) 1 Dotado de caráter nobre. 2 Que tem qualidades ou sentimentos nobres. 3 Que tem grandeza de alma. 4 Liberal, franco, benevolente. 5 Grandioso, sublime.

Na minha vida, na minhas escolhas, nas minhas relações, amor e amizade são sentimentos quase iguais, eu amo meus verdadeiros amigos com todas as forças do meu coração e da minha alma. A diferença se dá simplesmente ao amar um companheiro, um homem, meu parceiro, a diferença é tão somente o desejo, a paixão e o sexo que os amigos não compartilham. No mais não é amor e nem amizade se não tem afeto, lealdade, respeito, diginidade, honra e generosidade.
Claro que amamos e somos amigos de quem não pensa assim, mas isso é um problema desta pessoa com o que ela está escrevendo no livro da vida dela mesma.
Eu prefiro pensar que estou fazendo a minha parte, escrevendo o meu livro da vida com aquilo que acredito, na luz, no amor.
Como diz o Divaldo, quando você planta uma manga, deseje que dê bons frutos, mesmo que não seja você a comê-los. A manga tem um tempo longo entre o plantio e a colheita. E pode ser que você não coma da sua manga, mas comerá de outra mangueira que alguém já plantou antes.
O meu bom senso me impede de ser irresponsável com os sentimentos alheios, e por outro lado, me faz ser realista ao não esperar que a recíproca seja verdadeira. No entanto, quando há este retorno é muito gratificante, é quase uma surpresa e me deixa tão feliz.
O homem é uma caixinha de surpresas realmente.
É tão bom se sentir respeitada, querida, especial. Só não dá para deixar que isso vire uma lente, que faça a realidade ficar obscura.
Essa sensação é como o óculos para 3D, você somente deve utilizar para isso, porque assistir ao filme 3D só faz sentido com o óculos, porém se continuar com ele depois, na hora de seguir seu caminho, as imagens se distorcem ou passam desapercebidas e com certeza você não vai chegar onde queria, pode acabar perdido no percurso.

Aprendi a lição

É melhor cultivar o equilíbrio interior do que esperar que os outros ajam com bom senso em relação a você. Somente seu equilíbrio pode te proteger das ações irresponsáveis, egoístas ou impulsivas das pessoas, mesmo aquelas que são importantes para você.
Depositar confiança em quem não sabe o que é isso, é o mesmo que dar uma arma carregada nas mãos de uma criança, mais cedo ou mais tarde ela pode disparar contra você, ou ela mesma, sem ao menos se dar conta disso.
Cuidar de si sempre, se manter em equilíbrio, se manter no eixo, não permitir que os outros governem seu estado de espírito, porque ele é seu, então você mantém.
Consciência de que cuidar de si mesmo, dos seus sentimentos, seus pensamentos, seu humor, é sua obrigação, não transfira para os outros, para a vida, para as situações.
Quando você permite que o desequilíbrio do outro te retire do seu eixo, você está tomando para si algo que não é seu e que não te faz bem, então recuse, devolva para o dono.
Eu sei que é difícil, mas desenvolver esta consciência é o primeiro passo para este processo de autoconhecimento, auto-suficiência e auto-amor.
A escolha de ser feliz é acima de tudo, sua.
Esta foi e é a minha escolha.

Decepção, desapontamento, desilusão

Decepção, desapontamento, desilusão, no fim significa a mesma coisa, uma expectativa frustrada, um voto de confiança indevido, fé em alguém que não merecia.
Eu queria ser mais evoluída a ponto de não me entristecer quando alguém me desaponta, mas ainda não consegui.
Eu sou do tipo que confia, do tipo que acredita no outro. E, certamente me decepciono.
As pessoas não podem oferecer além do que possuem dentro de si, é simples.
Por mais que você tenha esperança que exista algo substancial, algo bom, algo especial que não deixe que a pessoa te magoe, no fim, você se decepciona.
Não é sempre, é quando se deixa levar por palavras, é quando a gente se deixa iludir.
Hoje eu estou triste, porque é muito díficil para mim enfrentar o lado negro do ser humano, principalmente quando esse ser foi especial. E eu digo foi, porque depois da decepção tudo muda.
Nestes ultimos tempos eu sofri duas decepções bem amargas com pessoas queridas, a sensação ruim passa, mas aquele sentimento especial que existia também muda. É inevitável.
Eu acho que a vida está querendo que eu aprenda esta lição definitivamente.
Não esperar que os outros façam como eu faria, não esperar demais. Não se deixar tão ingenua.
Olhar mais profundamente para a realidade, perceber a ilusão. E, talvez acreditar menos.
Como é difícil ser adulto.
E no fim prestar mais atenção às atitudes, porque são elas que realmente dizem quem a pessoa é, e certamente desconfiar um pouco de quem fala demais porque as palavras são como o vento.
Ainda bem que tudo passa ...

Bicho homem parte II - Todos nós

Hoje eu li um trecho de um livro do Dalai-Lama onde ele diz que; muito tem se falado sobre o ser humano, mas pouco se investiga realmente, e se, pararmos para analisar o que é o ser humano, não conseguimos descobrir.
Depois de ler isso, senti uma paz muito grande. Se ele, o Dalai-Lama, afirma que não conseguimos descobrir o que é o ser humano, quem sou eu para me sentir intrigada com este ser?
Este livro é daqueles que eu leio em doses homeopáticas, é curioso até, porque quando eu abro para continuar a leitura, geralmente é uma parte relevante para minhas viagens mentais.
Outra coisa que ele diz neste livro, que todos nós deveríamos gastar mais tempo olhando para nosso interior, um olhar mais profundo para dentro, nos voltar mais para nosso potencial interior, porque não estamos fazendo o bastante aqui.
Para mim significa que podemos ser infinitamente melhores do que somos hoje.
Melhorar a cada dia como ser humano deveria ser um compromisso nosso inquebrável, mas esquecemos disso o tempo todo. Qualquer coisa dispersa nossa atenção para fora de nós mesmos. O que será que tem lá dentro que nos negamos a enxergar? Ou será que é o tempo? Ou aquele programinha da TV que não dá para perder? Ou simplesmente a inércia? Preguiça?
Essa força que nos deixa estáticos, reagindo aos acontecimentos da vida, com o mínimo de esforço, sem qualquer reflexão.
A vida passa tão depressa, não dá para deixar pra lá e ir levando simplesmente.
Eu quero sentir que estou fazendo o bastante, por mim, pela vida, por este mundo, e por aqueles que estão ao meu redor.
Eu quero ser melhor hoje do que fui ontem, pelo menos eu irei tentar.

Divagando sobre o bicho homem

O ser humano é tão complexo, diferente e contraditório que não há com o que se comparar em toda a natureza.
Seria tão mais fácil se fosse tudo como é lá. Os animais se matam para se alimentar, o homem para se divertir. O animal procura uma fêmea para procriar, já o homem, por infinitos e incompreensíveis motivos, alguns nós sabemos, outros imaginamos e outros além nem sequer passam pela nossa cabeça.
E quando alguém, que você permitiu te conhecer tão profundamente, que sabe exatamente onde te tocar, te comover, te convencer, usa destas artimanhas, que você mesma mostrou, para conseguir o que quer. Que perigo!
A cabeça gira, o coração amolece. A perna fica bamba.
Razão, razão só ela pode ajudar. Afinal como diz aquela música do Marcelo D2 com o Zeca Pagadinho; "Deus fez a cabeça acima do coração para que os sentimentos não ultrapassem a razão".
Por que esta pessoa utiliza destas coisas tão intimas para chegar até você? Capricho, saudade, ego, posse, medo, quantas razões podem ser e ainda não ser nehuma delas?
Como entender o ser humano? Não dá!
Freud morreu tentando, entre tantos outros que também não conseguiram.
Eu estou desistindo, não há explicação. Há somente um vácuo deixado por aquela onda que te pegou completamente desprevenido e te carregou.
Embora fique bem intrigada, basta tentar entender o que vai aqui dentro de mim, o que já é bem difícil.
E encerro com uma frase minha, de hoje, uma sexta esperada, para um fim de semana desejado depois de uma semana de cão.
"Paz e amor, de dentro para fora e a vida sorri sem esforço".

Amores

Quando eu era uma adolescente de 13 anos, fui cortejada, paquerada e conquistada por um rapaz de 17 anos.
Eu estava naquela fase de namorico cor de rosa, sem qualquer malícia.
Ele me conquistou realmente, meu coração era dele, mas eu não sabia que o corpinho ele queria também.
Tivemos um namoro intenso, cheio de declarações de amor, encontros secretos, sim, porque naquela época se namorava escondido, e era uma delícia.
Na escola então, nossa que medo, fugia para dar um beijinho escondido.
Ele escrevia poemas para mim, me mandava bilhetes dentro de canetas, que pedia para alguém me entregar, era tudo tão mágico.
Um dia fomos namorar num lugar mais escondido, e foi ai que tudo mudou para mim.
Um beijo aqui, outro ali, a mão boba já começou a passear, eu tirava, ela passeava e eu tirava, até que eu a deixei passear um pouquinho e as coisas foram esquentando... ops o que era aquilo? Assustei-me com aquilo crescendo, nunca tinha visto, (calma ele estava vestido e eu também, afinal eu era uma criança virgem naquela época).
Nós estávamos em uma construção, sentados em algo parecido com um banco de praça, eu acho, não me lembro tão bem assim, ele me deitou e depois se deitou em cima de mim. O pobrezinho nem se deu conta que eu já estava quase gritando, mamãe socorro!
Só relembrando, nós estávamos vestidos, ok? Bem, aquele negócio rígido me assustou, naquela época eu era tão inocente, que saudade dessa ingenuidade.
Dois segundos depois que ele se deitou em cima de mim, eu comecei a chorar, lá se foi a minha ingenuidade e lógico a excitação do cara, que me olhou, branco, pálido de susto sem entender nada. Perguntou, “eu te machuquei?”
Foi ai que eu cai de cara na realidade pela primeira vez em relação aos homens. Eles sempre querem mais. E nunca entendem o que a gente quer, pelo menos não tão rápido assim.
Eu disse para ele chorando, “foi para isso que você me trouxe aqui? Eu sou virgem.”
Ele era um gatinho, lindo, meigo, romântico, mas tinha 17 anos e queria algo que eu não estava disposta e nem pronta para dar.
Bem se vê que naquela época eu já era tinhosa.
Estava apaixonadíssima, mas já tinha uma personalidade que é melhor nem classificar.
Eu queria que a minha primeira vez fosse especial, aliás, como qualquer garota gostaria. O meu primeiro amor juvenil foi este carinha de 17 anos, mas ele não soube e talvez nunca saiba, que ele teria conseguido, mas não numa construção, não daquele jeito.
Depois desse trauma ele nunca mais foi o mesmo comigo, o namorico acabou e ele foi procurar uma garota mais velha. O que eu não entendi na época, pois sofri muito, chorei dias, como adolescente que era, mas hoje eu compreendo perfeitamente.
Como você pode querer colher morangos num abacateiro, simplesmente não dá!