A gente tinha que ter essa matéria desde o jardim de infância, praticar a vulnerabilidade e expressar sentimentos e emoções, saber lidar com nossa incoerência, nossa instabilidade e nossas limitações. Tudo isso faria com que aceitássemos melhor a nós mesmos e aos outros.
Bendita terapia. Depois da terapia hoje tudo veio á tona, essa engasgado na garganta, essa tosse de quem tem algo entalado, esse grito com choro.
Estou tão cansada dessa sensação de impotência que hoje só sentei no sofá e chorei, chorei até gritar, até caírem todas as lágrimas, chorei compulsivamente até cansar. Não resolveu nada, mas deu um alívio.
Que tempos tristes vivemos como país, como grande comunidade brasileira, como sociedade. É de chorar mesmo.
E naquele momento não importou se eu estou bem, se eu tenho trabalho e alimento na geladeira e uma casa, um amor para compartilhar a vida. A única e dolorosa condição naquele momento era eu, a brasileira que acompanha a morte de 4.000 mil pessoas por dia, que tem 45 mil órfãos da pandemia...
Não está fácil...
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