Neruda

"Deixa-me livres as mãos
e o coração   deixa-me  livre!
Deixa que meus dedos corram
pelo caminho do teu corpo.

A paixão –sangue, fogo, beijos-
me incendeia em chamas trêmulas.
Ah, tu não sabes o que é isto!

É a tempestade dos meus sentidos
submetendo a selva sensível de meus nervos.
É a carne que grita com suas línguas ardentes!
É o incêndio !
E estás  aqui, mulher, como uma tábua intacta
agora que  voa toda a minha vida transformada em cinzas
para teu corpo cheio , como a noite, de astros!"

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