“Se houver paixão no amor, o amor se tornará o inferno. Se existir apego no amor, o amor será uma prisão. Se o amor não tiver paixão ele se tornará o paraíso. Se o amor não tiver apego então o amor, em si mesmo é divino.
O amor tem ambas as possibilidades.
Quando você remove a paixão e o apego do amor, quando o seu amor é puro, inocente, informal, quando você dá amor e não pede, quando o amor é somente uma doação, quando o amor é um imperador, não um mendigo; quando você fica feliz porque alguém aceitou o seu amor e você não negocia o amor, não pede nada em troca, você está liberando o pássaro do amor para o céu aberto: está fortalecendo as asas dele. E este pássaro pode seguir na jornada para o infinito.
O amor tem feito pessoas caírem e também tem feito pessoas elevarem-se. Depende do que você tem feito com o amor. O amor é um fenômeno muito misterioso. É uma porta – de um lado está o sofrimento, do outro lado está o êxtase; de um lado está o inferno, do outro lado o paraíso; de um lado o sansara, a roda da vida e da morte, do outro lado está a liberação. O amor é uma porta.
Se você só conheceu um amor cheio de paixão e apego, então quando Jesus diz ’Deus é amor’, você não será capaz de entender. Quando Sahajo começa a cantar canções de amor você ficará muito desconfortável:
Você também conheceu o amor – mas quando o conheceu achou somente um amor cheio de paixão e de apego. O seu amor não era realmente amor. Ele era somente uma cortina para esconder a paixão, apego e sexo. Do lado de fora você o chamava de amor, do lado de dentro era algo mais. Qual era o seu desejo quando estava amando uma mulher ou um homem? – seu anseio era sexual e o amor era somente uma decoração exterior.
Se você procurar profundamente dentro de si mesmo verá que o seu amor é somente uma palavra, as labaredas do desejo sexual estão queimando dentro dela. Mas não é aceitável expressar aquelas chamas para alguém diretamente, é necessário diplomacia. Então diz para a mulher da qual quer gozar o corpo que você ama a sua alma. Você nem mesmo conhece a sua própria alma, como pode conhecer a alma do outro? Mas as pessoas que estão cheias de cobiça pelo corpo falam sobre a alma. O desejo delas é gozar o corpo do outro mas elas falam sobre a beleza interior.”
Osho, Showering without Clouds, Capítulo #2
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