Então ficamos combinados assim, podemos tudo menos nos apaixonar.
E foi assim que eles começaram a namorar, como não apaixonados.
Não há quem duvide da delícia e do inferno de estar apaixonado (dependendo, claro a quem se destina a paixão).
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Relação boa mesmo, na minha humilde opinião errante, é aquela do amor, aquela que por uma razão inexplicável passou direto pela paixão e nem viu. Estas são raras, eu mesma só vi uma vez.
A paixão é tão incrivelmente ilusória e fascinante que, por mais que a gente saiba do perigo, muitas vezes nem dá tempo de correr. Falo isso com conhecimento de causa. Apaixonada eu não vejo nada e quero tudo. No entanto com a mesma intensidade que começa, ela pode terminar. Já houveram casos em que se tornou algo mais sólido, claro. Embora o mérito pela transformação tenha sido motivada e trabalhada pelo outro, eu não me considero uma pessoa volúvel, instável. Eu sou intensa. O problema disso é que esta intensidade aliada a um ego masculino acima da conta, faz com que o rapaz pense que eu faria qualquer coisa para estar com ele, que aquele sentimento é eterno, que ele não precisa fazer mais nada já que é o ser mais importante e especial do universo. Resultado trágico. Ninguém morre por amor. Nenhuma relação sobrevive sem disposição e atitudes mantenedoras. E paixão não segura nenhuma relação por muito tempo. Até os mais experientes derrapam no ego.
Aquela cegueira da paixão passa mais rápido na convivência, é o primeiro sinal do declínio. Pode ser também um sinal para fortalecer outros alicerces da relação, um deles que não a paixão, deve ser sólido, real, forte o bastante para segurar a onda quando a paixão passar.
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