Pensamentos desconexos

Da série "Coisas que ouço por ai", que na verdade, não são por ai...


Coisas que ouço por ai: Eu já ouvi tanto juramento que foi quebrado, tanta promessa que não foi cumprida, que hoje, a única coisa em que eu acredito invariavelmente, são atitudes. E mesmo assim, uma atitude no passado não sustenta a verdade eternamente, há que se agir de tempos em tempos com alguma coerência para que o sentido não se perca com o tempo.


 Amizade, confiança, afinidade e amor nascem espontaneamente, não adianta forçar, exigir, cobrar ou dar querendo receber em troca. Estes sentimentos não barganham, ou nascem ou não nascem. Sua expectativa em relação a eles é problema somente seu.


Você não precisa me entender, sequer precisa concordar comigo ou gostar de mim, mas sim respeitar as diferenças e não julgar o que não conhece, respeito é bom e todo mundo gosta!


 Grande parte do sofrimento é proporcional a importância que se dá a opinião alheia sobre questões que dizem respeito, exclusivamente, a si próprio!


O que toda mulher quer é ser uma das prioridades na vida do homem que ela ama.

A escolha nossa de cada dia

Cada um oferece aquilo que tem, mas somos nós e, apenas nós mesmos, que temos o poder de escolher aquilo que queremos perto da nossa vida.
Colher batatas numa amoreira não dá!

Pensando sobre a morte

A morte faz parte da vida, mas saber disso não nos impede de sofrer a perda, de sentir saudade e de chorar até que a tristeza se esvazie, até que ela se acomode em algum canto do nosso coração e nos permita sorrir novamente.

O amor em meio ao caos

Algumas vezes eu já ouvi que somos como o fundo do mar, apesar de chuvas, ventos, tufões que acontecem na superfície, o fundo do mar continua o mesmo, não se abala. Eu busco isso. Não sair do meu eixo por causa do externo, utiliza-lo como fonte de reflexão e aprendizado, mas não permitir que as oscilações exteriores me controlem, me dominem. Não se deixar levar pela tempestade, não é ignorar que ela esteja acontecendo, é dançar na chuva, quando a chuva vem, como canta o Marcelo Jenice.
Então, eu acredito que tudo que é de verdade tem esta característica, o que é de verdade não balança, não vacila, não se altera com o que é externo. É como um farol no meio de uma terrível tempestade, acaba por nos manter no caminho, visível a qualquer distância, iluminado e visível em meio a escuridão e nevoeiro .
Assim é o amor. Assim é a maturidade.
Não havia experimentado ainda,  isso em minha direção. Em meio a todo o sofrimento, o stress, a mudança que os acontecimentos exigiram, em meio ao caos e a dor, eu testemunhei e vivi que o que ele sente por mim não se altera. Em meio ao caos ele não perde a ternura, a doçura e o cuidado comigo, em meio a sua dor, as suas lágrimas e ao inexorável da vida, aquele sentimento ilumina tudo ao seu redor e a nossa conexão não perde, pelo contrário, só fortalece.
Foram dias muito difíceis e outros ainda estão por vir, no meio disso tudo, mesmo triste, ele continua doce e amável, gentil e disponível para mim, para nós, para o que temos um com o outro.
A tormenta passa e o que é de verdade permanece.
Tudo aquilo que a tempestade carrega, tudo o que é devastado, arrancado, destruído durante o vendaval, tudo que se moveu, era ilusão.
O que realmente existe é o que simplesmente é, não exige movimento, não produz oscilações, simplesmente é.
É como disse uma amiga, esta semana, me falando sobre ensinamentos do Lama Padma Samten em seu último retiro, alguma coisa neste sentido " o mundo real é onde seus olhos brilham".


                                                       Crédito: Robert Lam Para saber mais sobre a foto clique aqui.

Amar em tempo e distância

Amar é escolher estar junto, mesmo que seja para sofrer em companhia.
Quando alguém que a gente ama está sofrendo e não há nada que possa ser feito para amenizar aquele sentimento, a única coisa que a gente pode fazer é oferecer as mãos para que possa se apoiar, os ombros para que possa se recostar e o colo para que possa chorar. Não há mais nada, é deixar sofrer e estar junto.
E quando se está longe?
Amar na distância tem dessas. Você não pode fazer o mínimo para reconfortar a pessoa que te alegra o coração.
Eu sabia que iria passar por muitas coisas quando decidi me entregar a este sentimento, mas a impotência é algo que eu não estou, definitivamente, acostumada.
Respiro longamente, estou buscando meu centro para enviar o amor no raio de luz até aquele coração que eu tanto desejo perto de mim, assim, coração com coração, num abraço apertado, demoradamente apertado. Quero devolver a ele a paz que ele me deu desde que passou a me amar, nem que seja um pouquinho.
Quero colocar as minhas mãos entre as dele, quero sentir sua pulsação se acalmando com meu carinho.
Quero repousar sua cabeça em meu peito e ver seus olhos se fechando para adormecer enquanto acaricio seu cabelo.
Quero passar a mão pelo seu rosto e tentar  fazer um sorriso brotar em meio aquelas lágrimas, mesmo que seja um sorriso pequeno, de amor sendo amado.
É, o amor tem dessas coisas, amor em tempo de dor e na distância, é um amor latente, uivado, quente, prestes a ser derramado.

A dor do outro

Certa vez ouvi de um senhor muito sábio e que estava bem doente, que a vida havia lhe enviado aquela enfermidade para que ele aprendesse sobre dor.
Imaginei naquele dia, que aprender com a dor do outro deveria uma das coisas mais difícil de se fazer.
Desde então, exercito a observação e tento, sinceramente, não julgar o sofrimento do outro.
Quando a gente sofre, a nossa dor é a maior coisa do universo, não há outro sentimento que possa suplantar a dor em seu ápice.
Eu também sempre me questiono sobre o que é compaixão e como ela se manifesta em determinado acontecimento, nem sempre alcanço resposta, mas tenho aprendido sobre mim nestas observações em torno do sofrimento.
Eu me sinto impotente diante de tanta dor pelo mundo. As pessoas sofrem demais, mesmo aquelas (e talvez, principalmente) que distribuem mal estar.
Parece, as vezes, que o mundo é uma grande ferida em carne viva, qualquer movimento e tudo sangra dolorido.
Eu sou só uma pessoa comum, sem poderes paranormais, sem influência ou audiência. Sou um ser que também tem seus momentos de sofrimento e auto flagelação moral.
Embora em meu coração exista um desejo latente de sanar a dor, eu tenho a total consciência da minha falta de noção neste sentido. Cada um tem a sua história para carregar, eu sei.
Então, dentro da minha normalidade, eu envio sorrisos, vibrações, uma prece, um abraço a distância, apertado e amoroso. Me enche a alma de alegria quando consigo produzir um sorriso, um alívio, uma esperança;
Sou do tipo inconformada e apesar de muito procurar e questionar e experimentar ainda não obtive a resposta.
Por que precisa ser assim? Por que tanto sofrimento?