É tanta coisa na minha cabeça depois destes cinco dias que não sei por onde começar nem onde vai dar este post.
Estávamos numa casa 3 mulheres e 7 caras, alguns já conhecidos outros se conhecendo ali, a vida é muito dinâmica, ufa!
Deu pra ver de tudo. Uma casa com dez pessoas é quase como zoológico, espécies diferentes, aparentemente parecidas, mas diferentes, porém se olhar bem profundamente tem aspectos bem iguais.
Muitas vezes o que tem no outro e te incomoda é um reflexo daquilo que você tem, mas que fica por baixo do pano, coisas que seu inconsciente guarda para não ser tratado.
Deve haver um tanto mais de coragem para revirar o que se tem por dentro.
As vezes o que se vê em seus amigos em 5 dias juntos é mais do que se viu em anos de amizade e nem sempre são coisas admiráveis, aliás normalmente não são.
Ser humano é isso ai tudo junto, não há como separar a luz das trevas que habitam em todos nós, uma existe porque a outra está lá.
E vamos caminhando sem olhar muito pra aquilo que vimos, melhor mesmo é mirar no sorriso e lembrar do abraço ou daquela mão estendida no dia que você tropeçou. Deixemos cada um cuidando de seus próprios demônios.
Debatemos amizade entre homem e mulher, e confesso que fiquei acalorada com a discussão, não pelas idéias do interlocutor, mas pela forma como se comunicou, deixa pra lá, este tema é extenso demais pra um resuminho rápido.
Eu respeitei meus limites, estava doente e mesmo vendo todo mundo beber eu me contive até onde decidi ir. Me orgulhei de mim mesma.
Aliás falando em limites e decidir ir, me veio a mente outra coisa.
Eu fico estarrecida com a forma com que as pessoas não te enxergam. Será excesso de ego uma pessoa ver as suas reações como a si própria e não como você está vivenciando?
Ninguém olha pra você de verdade, olha pro seu próprio reflexo no espelho e acha que é você. Ego, orgulho, não sei, só sei que isso é triste.
Eu pedi uma roda de viola porque eu queria cantar mesmo rouca e cantando mal, porque eu adoro cantar e adoro violão e porque a vida é curta demais pra você deixar de fazer as coisas por receio de ser um mico. Eu paguei o mico com todo prazer, foi uma delícia!
Eu ouvi uma música feita para outra Paulinha, que me ofereceram e eu aceitei com todo carinho. Depois tiveram outras musiquinhas pra mim que eu adorei igualmente.
Meus amigos são o máximo!
No debate sobre o que é o amor ... ai Jesus, que difícil! Sobre sexo, ai ai ai...
Só para resumir o que eu pensei sobre ficar com uma pessoa atrás da outra.
Eu não sou um pedaço de carne, eu sou um ser humano, uma pessoa, um universo antes de qualquer coisa, pois na minha concepção antes de ser mulher eu sou uma alma e o sexo é a última coisa que é determinada quando estamos para vir para esta Terra.
Eu lamento muitíssimo pelas mocinhas que se deixam entregar assim tão superficialmente numa noite de folia, porque perde a especialidade, perde a dignidade em troca de que? Eu não sei.
Sinceramente, eu acho que sou especial demais para dividir minha intimidade com qualquer um, de qualquer jeito.
E na medida que vejo o mundo feminino caminhando cada vez mais para isso, para sermos modelos masculinos de mulher, caçadoras, devoradoras, fáceis, mais eu penso que não quero isso pra mim, nem pra uma filha, então eu ando na marcha ré só pra contrariar.
Porque sexo é uma delícia, mas amor é fundamental!
Eu já tive diversas experiências como essa: de somente conhecer realmente os amigos quando viajávamos juntos. Nessa convivência "forçada" passamos a construir ou destruir os laços de amizade. É nesse momento que enxergamos nitidamente as pessoas. Um mini BBB kkkk. Muito oportuna as suas considerações sobre a valorização do próprio corpo e mente.
ResponderExcluirbeijos