Eu estava me lembrando de um certo dia num restaurante peruano. Aquele dia era pra ser um dia normal, um almoço normal, em um restaurante normal, mas não foi. Ele queria me levar naquele restaurante há muito tempo, até tentamos ir outras vezes, mas estava sempre com uma fila gigante e acabávamos indo comer em outro lugar.
Sabe, as pessoas demonstram sentimentos de forma desconhecidas para nós mesmos. Por esta razão, eu acredito que para entendermos um gesto de amor é preciso estarmos abertos para acolher estes gestos.
Ao me lembrar de nós dois naquele restaurante uma coisa me marcou demais, ele estava satisfeito por estarmos ali, ele me olhava com olhos sorrindo, ele estava feliz por eu ter gostado da comida, realmente feliz. E especialmente, ele não estava com pressa, deveria, mas não estava. Eu me senti amada, com aquele olhar, com aquela falta de pressa, com aquela atenção toda voltada para mim num momento tão especial na vida dele. Eu me senti amada.
Sim, a comida estava ótima, mas aquele olhar... aquilo sim estava inesquecível!
Então, esta história é só para lembrar que as vezes as demonstrações de afeto podem ser bem diferentes daquilo que idealizamos, daquilo que conhecemos e daquilo que todos os filmes, livros e as mídias sociais nos fazem acreditar. O amor se manisfesta, muitas vezes, no desconhecido.
O que realmente importa está no olhar, bem lá no fundo, onde ele reflete o que vai no coração. No entanto, para ver, para enxergar de verdade o que está lá dentro só tem um jeito, é preciso estar presente, é preciso se conectar com o momento.
A distração é muito fácil, ela nos faz passar batido por tudo, inclusive por isso.
Coisas incríveis podem acontecer quando se está presente.
Eu recomendo!