Estou com saudade deste meu cantinho, mas ando sem tempo.
Hoje eu estou tão cansada que parece que toda a energia se foi, gota a gota, não restou nada.
Sinto que vou deitar para dormir e não vou acordar nunca mais, mas ai penso que isso é morrer. E é mesmo, definitivamente o sono eterno. E ai penso que não fiz meu testamento, tão poucas coisas, mas que são algumas e que devem ficar para alguém, mas quem e o que? A Eliane quer meus cds, e o resto? Quem vai ficar com os meus livros, minhas plantas?
Não escrevi tudo, nem meu testamento, então penso que não quero mais dormir, nem agora e nem pra sempre e quando vi já escrevi aqui.
Que saudade eu estava deste cantinho, agora tenho que ir.
Olhar diferente sob algo que já se viu, ouviu ou sentiu, é sempre bem vindo!
Eu já ouvi esta música mais de uma centena de vezes, mas hoje ela me disse algo diferente. E isso acontece o tempo todo na vida, passamos por coisas e pessoas que dependendo do nosso estado dizem isso ou aquilo para o nosso íntimo.
Estar atento é sempre bom, ouvir de verdade com os olhos e o coração abertos.
Leia esta letra e sinta a energia que sai dela.
Enjoy it.
Pense e dance
Barão Vermelho
Composição: Dé / Frejat / Guto Goffi
Penso como vai minha vida
Alimento todos os desejos
Exorcizo as minhas fantasias
Todo mundo tem um pouco de medo da vida
Pra que perder tempo desperdiçando emoções
Grilar com pequenas provocações?
Ataco se isso for preciso
Sou eu quem escolho e faço os meus inimigos
Saudações a quem tem coragem
Aos que tão aqui pra qualquer viagem
Não fique esperando a vida passar tão rápido
A felicidade é um estado imaginário
Não penso em tudo que já fiz
E não esqueço de quem um dia amei
Desprezo os dias cinzentos
Eu aproveito pra sonhar enquanto é tempo
Eu rasgo o couro com os dentes
Beijo uma flor sem machucar
As minhas verdades eu invento sem medo
Eu faço de tudo pelos meus desejos
Saudações a quem tem coragem
Aos que tão aqui pra qualquer viagem
Não fique esperando a vida passar tão rápido
A felicidade é um estado imaginário
Pense e dance
Pense
Pense e dance
O som do coração
Fui tocada pela força mágica dos milagres. Não teria como descrever com fidelidade as sensações que senti em cada poro do meu corpo, na minha mente, na minha alma, no meu coração.
Uma mistura de explosão sinfônica com as luzes coloridas dos fogos de artíficio.
Escrevo na ilusão de imortalizá-la, mas que doce ilusão.
Meu coração está tão cheio que parece que vai sair cantando de dentro do meu peito.
Fantástico, expetacular, divino.
A explosão em meu peito corre como fogo por dentro de mim até chegar em meus olhos e lágrimas de emoção escorrem pela minha pele. É a felicidade se tornando física através de lágrimas doces.
Obrigada, por este momento de graça, por este testemunho, por esta percepção que me leva direto ao paraíso dos homens na Terra.
Obrigada por me deixar ver que daqui também podemos acessar este paraíso.
É este poder que a arte tem sobre os homens, o poder de nos transportar para este lugar.
Sábado com Clarice e Fernando
Eu estava em um café na Vila Madalena, saboreando Clarice e Fernando enquanto esperava meu carro ficar pronto na oficina.
Que sabor tem estes dois, que delícia é lê-los, divertido e profundo, denso e reconfortante, ao menos para mim o é, pensamentos desconexos invadem minha mente a todo minuto, segundo, é rápido demais! E me sinto acolhida neste universo deles que também é assim.
Eu tinha acabado de ler uma frase de Clarice e me imergi em outro espaço, eu estava em outro café, que parecia aquele da Pinacoteca, olhando para aquelas árvores imensas e aquele jardim sem fim, ela disse " que as coisas são desconhecidas até que rebentam numa conhecida, a pessoa está só no mundo de modo que deve tomar certas providencias urgentes de silencio e meditação, já que não se sabe nem se pode agir, e que de vez em quando a gente pode receber este presente gratuito que é a palavra amiga de um amigo, e suponho que se há compensação e não vejo por que ela haveria de ser maior - esta já é grande e é mais do que se merece." Ah Clarice como são doces suas palavras!
E eu que estou na minha viagem, acordo por um segundo e a vejo entrar pela porta do café, linda, com aquele olhar, meu Deus não pode ser. Incrivelmente era uma mulher tão assustadoramente parecida com Clarice que me enfeitiçou e eu não consegui mais tirar os olhos, que situação. Não, eu não sou do tipo que paquera mulheres, aliás nem homens, eu definitivamente não sou do tipo que paquera alguém. Mas aquela mulher talvez tenha achado que sim, tão fixamente eu olhei para ela por alguns minutos, pelo menos até me dar conta de meu delírio.
Este livro me encantou de uma forma intensa e cala tão fundo dentro de mim que com palavras não consigo expressar minha felicidade em saboreá-lo. Presente inestimável de um amigo adorável, não o papel e a tinta, pois estes terei que devolver, o presente foi a apresentação, a sugestão de conhecê-los, como lhe sou grata meu fiel amigo e sempre o serei.
Terei que ficar com eles por algum tempo mais porque não consigo me afastar agora, irei reler cada palavra para gravá-las em minha alma, o papel e a tinta irei devolver, mas o que me tocou será meu para sempre, ler e reler até me sentir saciada, embriagada dessas tão profundas e intensas palavras.
O nome do livro é Cartas perto do coração (Fernando Sabino e Clarice Lispector), e apesar de, talvez, querer dizer perto do coração deles, acaba por penetrar no coração da gente.
E encerrando esta declaração de amor, citarei Fernando para não ser injusta com nenhum dos dois.
"A coisa é mais séria e afinal tudo redunda em puro egoísmo: a gente procura ajudar-se a si mesmo apenas, e usa todos os caminhos, incluisve os indiretos, de cinco ou seis destinos que a gente pode tocar com as mãos. Ninguém ajuda ninguém, e a verdade é que estamos sozinhos, cada um consigo mesmo. Não ajuda porque todo gesto, toda palavra, todo movimento desinteressado visando uma realidade fora da nossa é mais egoísta que o mais sórdido interesse. Porque nasce do orgulho e pressupõe um julgamento. Não nos entregamos a ninguém: absorvemos."
Há uma mulher em mim que grita, e outra que apazigua;
Há uma mulher em mim que pede colo, e outra que desfere gemidos;
Há uma mulher em mim que deseja, que ascende, que desvela, e outra que guarda os segredos inconfessáveis;
Há uma mulher em mim que bate, que morde, que arranha, e outra que acaricia;
Há uma mulher em mim que pede um tapa, e outra que pede um beijo na testa;
Há uma mulher em mim que fala palavras saborosas ao ouvido, e outra que chora;
Há uma mulher em mim que arde, arde e quer sempre mais dessa volúpia e a outra que diz que está na hora de ir.
E, eu respiro fundo, ascendo um cigarro, e vou embora sem olhar para trás.
O meu Outono
Dia 20 de Março é o Equinócio de Outono no hemisfério sul.
O outono, como a primavera, é uma estação de mudança; no entanto, enquanto a primavera tem cheiro de renovação e gosto de renascimento, o outono é uma época mais introspectiva, que nos chama a prepara-nos para o período mais escuro e frio do ano.
Antigamente, a transição das estações era uma parte importante da vida. Os equinócios e solstícios eram celebrados, não só por motivos religiosos, mas porque a vida diária era diretamente afetada pela natureza, pelo clima.O passar das estações perdeu significado e importância. O que é uma pena.
Uma pena porque com isso uma parte de nós se perdeu - principalmente para as mulheres, nós que somos bichinhos tão especiais. Essas celebrações nos ajudavam a conhecer e compreender os ciclos da vida, da natureza, de nosso próprio corpo e espírito.
Apesar da modernidade, ainda sentimos necessidade de ter esse conhecimento e essa compreensão, embora estejamos imersas no cotidiano de nossas próprias vidas, onde todos os dias, meses e anos são iguais - desprovistos de significado.
Nos entregamos à esse cotidiano, porque já não sabemos como celebrar de forma adequada, de forma a encher-nos a alma.
Sentimos a necessidade de celebrar, de marcar a passagem do ano, de encerrar um ciclo - mas não sabemos como.
Celebrações são (ou deveriam ser) ritos de passagem. Assinalam o final de um ciclo e o começo de outro, nos situam no contexto do todo, inserem nosso eu na vida.
As celebrações nos convidam a olhar para trás, para o ciclo que está finalizando, e descobrir o que aprendemos, quais foram nossos erros e nossos acertos; e nos dão informação sobre o próximo ciclo, sugerindo como deveremos agir, quais deverão ser nossos próximos passos.
Prestar atenção nos ciclos, entendê-los, honrá-los e celebrá-los é extremamente didático, nos ensina. Essas práticas restabelecem a conexão com nós mesmos, nos dão alegria, paz e tranqüilidade, a tranquilidade que eu, particularmente, considero o meu maior tesouro.
Recuperar essas tradições de passagem, esses ritos e celebrações, essa forma de contar o tempo, só depende de nós. Não precisa ser uma coisa fantasiosa, pode ser uma celebração interna, um rito de nós com nós mesmos.
Hoje eu entrei no meu outono, e ele já estava chegando a alguns dias, bem de mansinho, me dando sinais. Uma decisão importante que veio se apoderando de mim, como uma tempestade forte que vem para colocar tudo no seu devido lugar. A natureza é tão sábia!
Hora de arrumar a casa, hora de limpar a bagunça que eu mesma fiz, nos vários momentos de loucura que a minha menina sapeca tomou conta de mim.
Minha razão é meu porto seguro e, quando eu esqueço que ela está sempre lá, uma tempestade se forma para lembrar que o caminho confortável e seguro é aquele que me deixa em paz, tranqüila, serena.
O verão foi delicioso, cheio de aventuras apaixonantes, dias de sol e banhos de cachoeira, aprendizado, compreensão, mas o outono chegou e trouxe com ele a minha lucidez.
Hora de cuidar de mim, hora de cuidar das minhas coisas, hora de colocar cada coisa na sua devida gaveta, de estar só nesse meu mundinho caótico, muitas vezes contraditório e rico, mas que é meu e eu adoro.
Hoje eu estou celebrando, fazendo o meu ritual, me preparando para o novo ciclo e estou feliz e orgulhosa de mim, da minha força, do meu carinho por mim mesma, do meu cuidado com este mundo, que só eu sei a custa de que se ergueu.
Minha alma está repleta desse ar renovado do meu outono, enfim essa sou eu!
O outono, como a primavera, é uma estação de mudança; no entanto, enquanto a primavera tem cheiro de renovação e gosto de renascimento, o outono é uma época mais introspectiva, que nos chama a prepara-nos para o período mais escuro e frio do ano.
Antigamente, a transição das estações era uma parte importante da vida. Os equinócios e solstícios eram celebrados, não só por motivos religiosos, mas porque a vida diária era diretamente afetada pela natureza, pelo clima.O passar das estações perdeu significado e importância. O que é uma pena.
Uma pena porque com isso uma parte de nós se perdeu - principalmente para as mulheres, nós que somos bichinhos tão especiais. Essas celebrações nos ajudavam a conhecer e compreender os ciclos da vida, da natureza, de nosso próprio corpo e espírito.
Apesar da modernidade, ainda sentimos necessidade de ter esse conhecimento e essa compreensão, embora estejamos imersas no cotidiano de nossas próprias vidas, onde todos os dias, meses e anos são iguais - desprovistos de significado.
Nos entregamos à esse cotidiano, porque já não sabemos como celebrar de forma adequada, de forma a encher-nos a alma.
Sentimos a necessidade de celebrar, de marcar a passagem do ano, de encerrar um ciclo - mas não sabemos como.
Celebrações são (ou deveriam ser) ritos de passagem. Assinalam o final de um ciclo e o começo de outro, nos situam no contexto do todo, inserem nosso eu na vida.
As celebrações nos convidam a olhar para trás, para o ciclo que está finalizando, e descobrir o que aprendemos, quais foram nossos erros e nossos acertos; e nos dão informação sobre o próximo ciclo, sugerindo como deveremos agir, quais deverão ser nossos próximos passos.
Prestar atenção nos ciclos, entendê-los, honrá-los e celebrá-los é extremamente didático, nos ensina. Essas práticas restabelecem a conexão com nós mesmos, nos dão alegria, paz e tranqüilidade, a tranquilidade que eu, particularmente, considero o meu maior tesouro.
Recuperar essas tradições de passagem, esses ritos e celebrações, essa forma de contar o tempo, só depende de nós. Não precisa ser uma coisa fantasiosa, pode ser uma celebração interna, um rito de nós com nós mesmos.
Hoje eu entrei no meu outono, e ele já estava chegando a alguns dias, bem de mansinho, me dando sinais. Uma decisão importante que veio se apoderando de mim, como uma tempestade forte que vem para colocar tudo no seu devido lugar. A natureza é tão sábia!
Hora de arrumar a casa, hora de limpar a bagunça que eu mesma fiz, nos vários momentos de loucura que a minha menina sapeca tomou conta de mim.
Minha razão é meu porto seguro e, quando eu esqueço que ela está sempre lá, uma tempestade se forma para lembrar que o caminho confortável e seguro é aquele que me deixa em paz, tranqüila, serena.
O verão foi delicioso, cheio de aventuras apaixonantes, dias de sol e banhos de cachoeira, aprendizado, compreensão, mas o outono chegou e trouxe com ele a minha lucidez.
Hora de cuidar de mim, hora de cuidar das minhas coisas, hora de colocar cada coisa na sua devida gaveta, de estar só nesse meu mundinho caótico, muitas vezes contraditório e rico, mas que é meu e eu adoro.
Hoje eu estou celebrando, fazendo o meu ritual, me preparando para o novo ciclo e estou feliz e orgulhosa de mim, da minha força, do meu carinho por mim mesma, do meu cuidado com este mundo, que só eu sei a custa de que se ergueu.
Minha alma está repleta desse ar renovado do meu outono, enfim essa sou eu!
Escritores consagrados repudiam falsos textos que circulam na rede
Outro dia eu recebi um texto pela internet e fiquei surpresa, pois era do meu blog, com um título diferente e sem indicação de autoria.
Sinceramente, eu achei um absurdo.
Mas lendo a matéria abaixo percebi que existe um absurdo ainda maior, textos que são enviados sem verificação da autenticidade do autor causam muito mais embaraços.
Em minha opinião, autores consagrados não ficam mandando mensagens pela net, eles não precisam disso. Agora, se você leu um livro da pessoa e gostaria de dividir o conteúdo porque achou muito legal, simples, coloque o nome do autor e o nome do livro, assim quem receber vai saber que realmente existe o texto e se quiser se aprofundar na idéia basta comprar o livro.
E-mail com texto do Jabor, do Fernando Veríssimo, Mario Prata, se sai da minha caixa vai sem autoria, em 99,9% é perceptível que não é deles.
Veja abaixo a matéria.
Escritores consagrados repudiam falsos textos que circulam na rede
RAFAEL CAPANEMA
DA REPORTAGEM LOCAL Folha de S Paulo
O título do e-mail começa com "Enc: Fw: Fwd: En:", sugerindo que o material já frequentou um bocado de caixas de entrada.
O conteúdo pode ser um texto motivacional, uma história engraçadinha ou uma crítica virulenta ao governo. Mas o autor, quase sempre, é um escritor consagrado.
Bem, não exatamente.
Vítimas habituais da atribuição indevida de autoria de textos na internet, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector e Mario Quintana não podem mais se defender.
Mas Luis Fernando Verissimo, de tanto ver seu nome associado a textos que não escreveu -e de ser espinafrado e parabenizado por eles- já se manifestou mais de uma vez sobre o assunto.
"O incômodo, além dos eventuais xingamentos, é só a obrigação de saber o que responder em casos como o da senhora que declarou que odiava tudo que eu escrevia até ler, na internet, um texto meu que adorara, e que, claro, não era meu", escreveu em 2005 no jornal "Zero Hora". "Agradeci, modestamente. Admiradora nova a gente não rejeita, mesmo quando não merece."
O texto em questão é "Quase", escrito por Sarah Westphal, à época estudante de medicina em Florianópolis. Creditado a Verissimo, "Quase" chegou a ser traduzido e publicado na França em uma coletânea de escritores brasileiros.
Elson Barbosa, moderador de uma comunidade sobre o escritor no Orkut (www.orkut.com/Community.aspx?cmm=39826), compila textos falsos de Verissimo e, quando possível, identifica os verdadeiros autores.
Mas por que será que Verissimo é o campeão dos apócrifos da internet? "Talvez porque ele seja hoje o mais popular cronista brasileiro", sugere a jornalista Cora Rónai, que organizou "Caiu na rede" (ed. Agir), compilação de textos falsos lançada em 2006 (leia trechos em tinyurl.com/caiunarede). "Minha proposta de título para o livro, por sinal, era "Falsos Verissimos"."
Cora conta que Millôr Fernandes, com quem é casada, conforma-se com o fato de não ser possível controlar o que circula em seu nome na internet, "mas não consegue deixar de ficar indignado com a qualidade das coisas que atribuem a ele. "Mas é isso que pensam de mim?!", "Quer dizer que acham que eu escreveria uma babaquice dessas?!" e por aí vai."
Quem tem boca...
Pasquale Cipro Neto, colunista da Folha, afirma que sempre recebe elogios sobre textos que não escreveu -um deles creditado a um certo professor "Pascoale". "As pessoas ficam decepcionadas quando revelo que não sou eu o autor", diz.
Entre outros "ensinamentos", um Pasquale farsante explica na internet que "Quem tem boca vaia Roma", com o verbo vaiar, seria a formulação correta do ditado popular. "Eu nunca escrevi isso, não tenho nada a ver com isso. É uma bobagem monumental", afirma Pasquale, o verdadeiro.
"O pior é que as pessoas acreditam, não desconfiam de jeito nenhum", afirma o professor. "Acham que a internet é cartório e que, se está lá, está santificado."
Prisão perpétua
"Sou contra a prisão perpétua, mas sou a favor dela para quem escreve textos apócrifos na internet", escreveu Drauzio Varella em sua coluna na Folha, em 2005. A irritação se justifica: sob seu nome, circulam textos que difundem conceitos equivocados de medicina.
Um deles exalta o pensamento positivo como forma de evitar doenças. "É exatamente o oposto do que eu penso", afirma. "É uma sacanagem. Como é que colocam uma coisa dessas na minha boca?"
Outro "falso Drauzio" é "Porta do lado", que deriva de uma frase dita por ele em uma entrevista. "Pegaram essa frase e fizeram um texto babaca, uma coisa absurda", conta. "Corre [na internet] com a minha fotografia e com musiquinha, que é tudo o que eu odeio."
A despeito da alegada babaquice, da musiquinha e da autoria falsa, "Porta do lado" é bastante popular. "Acho que, de todos os textos que eu escrevi na vida, é o que mais faz sucesso", diverte-se.
Há cerca de três meses, Varella concedeu uma entrevista a uma rádio da Espanha. O locutor o apresentou recitando a seguinte frase, atribuída ao médico: "No mundo atual está se investindo cinco vezes mais em remédios para virilidade masculina e silicone para mulheres do que na cura do mal de Alzheimer. Daqui a alguns anos teremos velhas de seios grandes e velhos de pinto duro, mas que não se lembrarão para que servem."
Varella teve que esclarecer no ar que não é o autor. "Não tenho a menor ideia de quanto se investe na cura do Alzheimer. E jamais falaria uma grosseria dessas. Nem no botequim."
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/informat/fr2502200909.htm
Sinceramente, eu achei um absurdo.
Mas lendo a matéria abaixo percebi que existe um absurdo ainda maior, textos que são enviados sem verificação da autenticidade do autor causam muito mais embaraços.
Em minha opinião, autores consagrados não ficam mandando mensagens pela net, eles não precisam disso. Agora, se você leu um livro da pessoa e gostaria de dividir o conteúdo porque achou muito legal, simples, coloque o nome do autor e o nome do livro, assim quem receber vai saber que realmente existe o texto e se quiser se aprofundar na idéia basta comprar o livro.
E-mail com texto do Jabor, do Fernando Veríssimo, Mario Prata, se sai da minha caixa vai sem autoria, em 99,9% é perceptível que não é deles.
Veja abaixo a matéria.
Escritores consagrados repudiam falsos textos que circulam na rede
RAFAEL CAPANEMA
DA REPORTAGEM LOCAL Folha de S Paulo
O título do e-mail começa com "Enc: Fw: Fwd: En:", sugerindo que o material já frequentou um bocado de caixas de entrada.
O conteúdo pode ser um texto motivacional, uma história engraçadinha ou uma crítica virulenta ao governo. Mas o autor, quase sempre, é um escritor consagrado.
Bem, não exatamente.
Vítimas habituais da atribuição indevida de autoria de textos na internet, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector e Mario Quintana não podem mais se defender.
Mas Luis Fernando Verissimo, de tanto ver seu nome associado a textos que não escreveu -e de ser espinafrado e parabenizado por eles- já se manifestou mais de uma vez sobre o assunto.
"O incômodo, além dos eventuais xingamentos, é só a obrigação de saber o que responder em casos como o da senhora que declarou que odiava tudo que eu escrevia até ler, na internet, um texto meu que adorara, e que, claro, não era meu", escreveu em 2005 no jornal "Zero Hora". "Agradeci, modestamente. Admiradora nova a gente não rejeita, mesmo quando não merece."
O texto em questão é "Quase", escrito por Sarah Westphal, à época estudante de medicina em Florianópolis. Creditado a Verissimo, "Quase" chegou a ser traduzido e publicado na França em uma coletânea de escritores brasileiros.
Elson Barbosa, moderador de uma comunidade sobre o escritor no Orkut (www.orkut.com/Community.aspx?cmm=39826), compila textos falsos de Verissimo e, quando possível, identifica os verdadeiros autores.
Mas por que será que Verissimo é o campeão dos apócrifos da internet? "Talvez porque ele seja hoje o mais popular cronista brasileiro", sugere a jornalista Cora Rónai, que organizou "Caiu na rede" (ed. Agir), compilação de textos falsos lançada em 2006 (leia trechos em tinyurl.com/caiunarede). "Minha proposta de título para o livro, por sinal, era "Falsos Verissimos"."
Cora conta que Millôr Fernandes, com quem é casada, conforma-se com o fato de não ser possível controlar o que circula em seu nome na internet, "mas não consegue deixar de ficar indignado com a qualidade das coisas que atribuem a ele. "Mas é isso que pensam de mim?!", "Quer dizer que acham que eu escreveria uma babaquice dessas?!" e por aí vai."
Quem tem boca...
Pasquale Cipro Neto, colunista da Folha, afirma que sempre recebe elogios sobre textos que não escreveu -um deles creditado a um certo professor "Pascoale". "As pessoas ficam decepcionadas quando revelo que não sou eu o autor", diz.
Entre outros "ensinamentos", um Pasquale farsante explica na internet que "Quem tem boca vaia Roma", com o verbo vaiar, seria a formulação correta do ditado popular. "Eu nunca escrevi isso, não tenho nada a ver com isso. É uma bobagem monumental", afirma Pasquale, o verdadeiro.
"O pior é que as pessoas acreditam, não desconfiam de jeito nenhum", afirma o professor. "Acham que a internet é cartório e que, se está lá, está santificado."
Prisão perpétua
"Sou contra a prisão perpétua, mas sou a favor dela para quem escreve textos apócrifos na internet", escreveu Drauzio Varella em sua coluna na Folha, em 2005. A irritação se justifica: sob seu nome, circulam textos que difundem conceitos equivocados de medicina.
Um deles exalta o pensamento positivo como forma de evitar doenças. "É exatamente o oposto do que eu penso", afirma. "É uma sacanagem. Como é que colocam uma coisa dessas na minha boca?"
Outro "falso Drauzio" é "Porta do lado", que deriva de uma frase dita por ele em uma entrevista. "Pegaram essa frase e fizeram um texto babaca, uma coisa absurda", conta. "Corre [na internet] com a minha fotografia e com musiquinha, que é tudo o que eu odeio."
A despeito da alegada babaquice, da musiquinha e da autoria falsa, "Porta do lado" é bastante popular. "Acho que, de todos os textos que eu escrevi na vida, é o que mais faz sucesso", diverte-se.
Há cerca de três meses, Varella concedeu uma entrevista a uma rádio da Espanha. O locutor o apresentou recitando a seguinte frase, atribuída ao médico: "No mundo atual está se investindo cinco vezes mais em remédios para virilidade masculina e silicone para mulheres do que na cura do mal de Alzheimer. Daqui a alguns anos teremos velhas de seios grandes e velhos de pinto duro, mas que não se lembrarão para que servem."
Varella teve que esclarecer no ar que não é o autor. "Não tenho a menor ideia de quanto se investe na cura do Alzheimer. E jamais falaria uma grosseria dessas. Nem no botequim."
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/informat/fr2502200909.htm
Pensamentos desconexos
Eu sou assim, elétrica, desfocada, pilhada.
Minha bisavó era índia, morava numa oca.
Em dias cansativos eu gosto de tomar vinho para relaxar, acabei de derrubar o mouse no chão. É, eu tomei vinho hoje.
Ontem eu sonhei com baratas.
Meu trabalho é meu vício ultimamente, mas o twitter também.
Eu quero parar de fumar mas gosto de um cigarrinho em casa acompanhado de uma taça de vinho.
Eu gosto de escrever, mas quero aprender a tocar violão.
Adoro poesia, a música do Teatro Mágico parece poesia.
Meu amigo me chamou de doida, mas só porque eu liguei para ele pra saber se estava tudo bem, quem é doido afinal? Eu?
Eu tenho uma amiga no espelho e ela adora dançar comigo quando ninguém está vendo.
Minha casa tem fotos por todos os lados, menos no banheiro, porque a umidade faria mal para elas.
Minha dispensa está vazia, eu odeio fazer compras no supermercado, mas adoro passear na livraria, mesmo que não seja pra comprar nada.
Meu amigo me convidou pra ir na casa dele hoje para conhecer, mas eu nem sei onde é, esqueci de perguntar, ele mudou recentemente. Fica para a próxima.
Hoje eu vi um olhar interessante e pensei opa, aiiii não!
Meu telefone toca demais e eu as vezes me desligo do mundo totalmente, como hoje.
Eu adoro calcinhas, adoro.
Ontem eu passei na pizzaria só para dar um oi para a dona de lá, ela é uma fofa.
A pessoa que mais cuida de mim é a Cleusa, minha ajudante do lar, no dia que ela vai em casa, é o dia mais feliz de se chegar em casa, ela é tudo na minha vida.
Chocolate eu não gosto tanto, não sinto falta, mas salmão cru siiiimmm.
Eu gosto de cozinhar, mas não sei fazer comida só para mim, sempre faço a mais.
Outro dia escrevi uma poesia feliz, que fez brotar um sorriso nos lábios de alguém.
Eu gosto de sorrisos e eu tenho um que é coringa, serve para várias situações.
Quando eu era criança eu tinha um cão que chamava Boomer, mas tive muitos gatos que trazia da rua, escondido da minha mãe. Eu gosto de gatos, eles são independentes.
Eu gosto de sauna, banheira e massagem, tudo para relaxar meu corpo tenso.
Meu diretor me chama de Tainá, o Ed e a Li me chamam de índia Potira, acho que é por causa da minha bisavó.
Eu não sinto frio, é raro, sinto calor, sempre. E adoro pimenta.
O doce que eu mais gosto é sorvete.
Água de côco evita câimbra, então eu sempre bebo, mas também peço chá branco de lichia, que é bom pra tudo.
Pipoca! Era assim que a Clarice Lispector se expressava quando alguma coisa era legal. Adorei isso.
Pipoca!
Minha bisavó era índia, morava numa oca.
Em dias cansativos eu gosto de tomar vinho para relaxar, acabei de derrubar o mouse no chão. É, eu tomei vinho hoje.
Ontem eu sonhei com baratas.
Meu trabalho é meu vício ultimamente, mas o twitter também.
Eu quero parar de fumar mas gosto de um cigarrinho em casa acompanhado de uma taça de vinho.
Eu gosto de escrever, mas quero aprender a tocar violão.
Adoro poesia, a música do Teatro Mágico parece poesia.
Meu amigo me chamou de doida, mas só porque eu liguei para ele pra saber se estava tudo bem, quem é doido afinal? Eu?
Eu tenho uma amiga no espelho e ela adora dançar comigo quando ninguém está vendo.
Minha casa tem fotos por todos os lados, menos no banheiro, porque a umidade faria mal para elas.
Minha dispensa está vazia, eu odeio fazer compras no supermercado, mas adoro passear na livraria, mesmo que não seja pra comprar nada.
Meu amigo me convidou pra ir na casa dele hoje para conhecer, mas eu nem sei onde é, esqueci de perguntar, ele mudou recentemente. Fica para a próxima.
Hoje eu vi um olhar interessante e pensei opa, aiiii não!
Meu telefone toca demais e eu as vezes me desligo do mundo totalmente, como hoje.
Eu adoro calcinhas, adoro.
Ontem eu passei na pizzaria só para dar um oi para a dona de lá, ela é uma fofa.
A pessoa que mais cuida de mim é a Cleusa, minha ajudante do lar, no dia que ela vai em casa, é o dia mais feliz de se chegar em casa, ela é tudo na minha vida.
Chocolate eu não gosto tanto, não sinto falta, mas salmão cru siiiimmm.
Eu gosto de cozinhar, mas não sei fazer comida só para mim, sempre faço a mais.
Outro dia escrevi uma poesia feliz, que fez brotar um sorriso nos lábios de alguém.
Eu gosto de sorrisos e eu tenho um que é coringa, serve para várias situações.
Quando eu era criança eu tinha um cão que chamava Boomer, mas tive muitos gatos que trazia da rua, escondido da minha mãe. Eu gosto de gatos, eles são independentes.
Eu gosto de sauna, banheira e massagem, tudo para relaxar meu corpo tenso.
Meu diretor me chama de Tainá, o Ed e a Li me chamam de índia Potira, acho que é por causa da minha bisavó.
Eu não sinto frio, é raro, sinto calor, sempre. E adoro pimenta.
O doce que eu mais gosto é sorvete.
Água de côco evita câimbra, então eu sempre bebo, mas também peço chá branco de lichia, que é bom pra tudo.
Pipoca! Era assim que a Clarice Lispector se expressava quando alguma coisa era legal. Adorei isso.
Pipoca!
Eu quero
Eu quero uma casa, com quintal, jardim e que fique num vilarejo, como aquele da Marisa Monte e que tenha uma varanda, como aquela do Teatro Mágico.
Desejo utópico de um dia de sonho, talvez seja a lua cheia, quem sabe?
Que vontade de plantar flores para depois de vê-las florir, colhê-las para enfeitar algum lugar, quem sabe um coração precisando de um sorriso.
Vou começar devagarinho, um vazo, uma flor, carinho, cuidado e deixar por conta da natureza, também faz parte.
Um vazo, uma flor e depois um quintal, assim, uma coisinha de cada vez, que é para não ter confusão.
E a natureza vai fazendo sua parte, que bela parte! Ela sempre faz...
Desejo utópico de um dia de sonho, talvez seja a lua cheia, quem sabe?
Que vontade de plantar flores para depois de vê-las florir, colhê-las para enfeitar algum lugar, quem sabe um coração precisando de um sorriso.
Vou começar devagarinho, um vazo, uma flor, carinho, cuidado e deixar por conta da natureza, também faz parte.
Um vazo, uma flor e depois um quintal, assim, uma coisinha de cada vez, que é para não ter confusão.
E a natureza vai fazendo sua parte, que bela parte! Ela sempre faz...
Stress, o que e isso que devora?
Hoje eu estava num pico de stress que assola, atormenta, tira do eixo, me atingiu.
No pico daquela emoção eu ouvi um som, era o meu coração acelerado, desretimado acelerando a minha respiração ofegante, cansada, no limite.
Pedi forças para não atacar nenhum inocente, se é que existe algum, e acalmei minha alma sorvendo uma bela canção.
Eis que veio a calma e abrasou aquele vendaval.
Um cálice de vinho acompanhado de Fernando e Clarice e tudo ficou melhor.
Como a vida é sábia e coloca a nosso dispor a colheita de um fruto bom!
Obrigada, obrigada, obrigada
No pico daquela emoção eu ouvi um som, era o meu coração acelerado, desretimado acelerando a minha respiração ofegante, cansada, no limite.
Pedi forças para não atacar nenhum inocente, se é que existe algum, e acalmei minha alma sorvendo uma bela canção.
Eis que veio a calma e abrasou aquele vendaval.
Um cálice de vinho acompanhado de Fernando e Clarice e tudo ficou melhor.
Como a vida é sábia e coloca a nosso dispor a colheita de um fruto bom!
Obrigada, obrigada, obrigada
Tempo, tempo
Tempo, tempo por que corre tanto de mim?
Tempo, tempo passa mais devagar!
Quero só mais um pouquinho
Tempo para escrever uma poesia, um e-mail para um amigo, um telefonena para quem me espera;
Tempo me ajuda só um pouquinho?
Caminha comigo, no meu passo, só para eu te ver como um companheiro.
Tempo por que judia tanto de mim?
Eu estou correndo e nunca sobra um tantinho!
Tempo seja meu amigo e desacelera pra eu poder dormir.
Tempo que eu nunca mais vi passar assim de mansinho.
Tempo, tempo quero só mais um pouquinho de ti!
Tempo, tempo passa mais devagar!
Quero só mais um pouquinho
Tempo para escrever uma poesia, um e-mail para um amigo, um telefonena para quem me espera;
Tempo me ajuda só um pouquinho?
Caminha comigo, no meu passo, só para eu te ver como um companheiro.
Tempo por que judia tanto de mim?
Eu estou correndo e nunca sobra um tantinho!
Tempo seja meu amigo e desacelera pra eu poder dormir.
Tempo que eu nunca mais vi passar assim de mansinho.
Tempo, tempo quero só mais um pouquinho de ti!
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